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Mensagem: Pessoa que trabalha no cemitério (o mais antigo) de M. Claros, mas que não é funcionário da prefeitura, me contou: os rapazes e moças de preto que estão promovendo orgias no cemitério do Bonfim não se intimidam nem com a polícia. São sempre vistos entre as tumbas, com garrafas de bebida forte. Às vezes, são apanhados fazendo sexo sobre as sepulturas. Eles entram pela porta, quando não saltam os muros. Tem esta preferência, de beber e fazer sexo nos jazigos, por um tipo qualquer de desajuste ou apenas para afrontar as pessoas. São auxiliados pela escuridão interna, já que o cemitério dispõe de pouca ou quase nenhuma iluminação. Há alguns semanas, ao surpreender um casal nessas condições, o meu amigo reprendeu os dois. Ouviu, então:
- Fica na sua, que ficamos na nossa!
Mas não é este o único problema da nossa afrontada cidade dos mortos. Meninos que ficam ´olhando´ carros durante os enterros estão também soltando araras na praça, cheias de cerol. Há poucos dias, uma mulher que visitava sepultura de parente quase teve o pescoço cortado pela linha de cerol, que caiu entre as tumbas. O vandalismo, com efeito, não respeita sequer os antepassados. Triste sinal dos tempos, de desmoronamento de todos os valores. Até onde iremos?

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