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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Olhei ao redor e acabo de ver um pé de Ipê, amarelo, todo florido. Imediatamente, busquei na memória a linda música da professora Dulce Sarmento que associa a floração do Ipê amarelo à chegada dos Catopês, que já ruflam seus tamborins e caixas nas cercanias da cidade. A música diz alguma coisa assim: ´...o Ipê d´oiro´ chama o catopê, enquanto que o Ipê roxo, que flore depois, ´fica assim ... de saudade de você, catopê´. (Peço ajuda de quem sabe, para relembrar a letra...). Mas não é apenas a floração do Ipê, nas suas duas cores, que chama, clama e reclama pela cultura de Montes Claros, para nossa festa mais importante. Festa popular que caminha para os 200 anos. Agora, mais compreendida pela população, graças aos meios de comunicação, entre outros, que ajudam a cidade a entender o que fazem aqueles homens, quase todos de cor, dançando e cantando nas ruas, a revelarem belíssimamente que temos um das culturas mais importantes do culturalmente importante estado de Minas Gerais. Também o calor, o calor destes dias finais de julho, em pleno Inverno, acorda nos nossos corações a vontade de ver, rever, os Catopês, Marujos e Caboclinhos. É a festa ancestral, profunda, daquelas que calam fundo, e acendem inexplicável calor nas almas. Pena que o Festival paralelo, oficial, prefeitural, há muito tempo invista em outras coisas, em outras atrações divergentes, ao contrário de divulgar e espalhar a tradição arraigada. Por que, por exemplo, não tocam as músicas de dona Dulce Sarmento, este ícone da nossa musicalidade? Por que não explicar aos adultos, jovens e crianças o signficado de tudo? Festa de Catopês é alegria, mas para varar milênios precisa de informação de boa qualidade. Ajudem, ajudem, ajudem. Não creiam que seja bizarrice aquela dança colorida, que interrompe o centro e pendura lágrimas nos olhos de quem vê. Não, não é. Ali vai a alma de um povo, a nossa alma.

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