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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Meu querido Raphael Reys.Foi um prazer imenso, uma felicidade enorme e deu-me uma saudade maior ainda ao ler e ouvir o que você escreveu sobre o meu Pai, Joanir Maurício.Realmente um artista ´de primeira´.Aquilo tudo que vc disse,com toda modéstia à parte, ainda foi pouco para definir o ´Véio Joanir´. Pessoa boníssima, justa, franca,honesta, ´mintiroso´ só quando contava os ´causos´ das pescarias e das caçadas que faziam êle e o ´Felixburgo´ Dr Félix Pimenta, e de um coração enorme, muito maior do que o cano do ´38´ que ele carregava sempre na cintura como companheiro de todas as horas e que fez com que o ´Véio´ ficasse com o corpo meio ´empenado´ pro lado direito (pra poder tentar esconder a ponta do cano do 38 que insistia em aparecer na borda do paletó que êle usava quando mais moço).´Sanfona´ (Acordeon 80 baixos Scandally-acho que é assim...), violão, cavaquinho, bandolim, piano, órgão (teclado),enfim, qualquer instrumento musical que fosse a êle apresentado, êle começava a tocar, dedilhar, soprar, apertar, e daí a pouco êle estava tocando ´Saudades de Matão, Saudades de Ouro Preto, Fascinação, Bonequinha Linda (música que fez D. Stella minha mãe se apaixonar por êle numa das milhares de serenatas que êle sempre fazia e viveram casados quase 50 anos)´, enfim um repertório enorme de canções que sempre tocava.A ´80 baixos´ era a sua maior ´arma´ e maior companheira, ´sem nunca beber nem um gole,nem mesmo da Maluqinha,pinga gostosa que êle fabricou durante muitos anos com meu avô o Velho João Maurício.Dedilhava divinamente bem a Sanfona, mesmo sem nunca ter assistido a sequer uma aula de música e só ter frequentado a escola até o ´4º ano primário´ como êle sempre dizia. A gente vai falando, vai escrevendo, vai lembrando e a saudade enche os nossos olhos de lágrimas, de saudades daquêle tempo. Tenho 52 anos de idade, sou Médico e lembro-me claramente de quando o ´Véio´ Joanir conheceu Sivuca. Foi na Praça da Matriz, uns três ou quatro anos antes do Véio nos deixar aqui em Outubro de 2000, bem de frente à casa de Tia Nilda (irmã do meu Pai que morava naquêle sobradinho ´alaranjado´ lá da Praça da Matriz). Estávamos Eu, Êle, o Dr Alencar (Dr. Francisco Alencar Carneiro, ´advogado de fama´ como meu Pai o chamava, amigo-irmão dêle, também artista nato que nos deixou o Grupo de Serestas Minas Gerais), e o ´Chico Midubin´ (Laércio Francisco de Oliveira, outro amigo-irmão dêle, uma verdadeira ´Enciclopédia´ com 95 anos de idade, vivo até hoje e que sabe todas as estórias e toda a história da nossa Montes Claros desde o Arraial das Formigas´). O Véio Joanir olhou, escutou, ouviu bem o Sivuca com todos aquêles sons, gritinhos e grunhidos que ele usava em suas apresentações, admirando bem o show com aquêle ´chapelão azul´ que o meu Pai usava sempre enterrado na cabeça, olhou para o Dr. Alencar que admirava o show com os braços cruzados e os óculos quadrados lá na ponta do nariz, olhou pro Chico Midubin que assistia com um sorriso assim meio maroto nos lábios com seu olhar desconfiado, e disse: ´Vão `bora cumpadre que isso aí eu faço...´ Foi realmente o que aconteceu no ´encontro´ de Joanir Maurício e Sivuca, DUAS FERAS DO ACORDEON. Valeu muito a sua intenção de homenagear e relembrar meu Pai. Uma felicidade enorme, um respeito maior ainda, e um agradecimento profundo por suas palavras e pela sua lembrança do nosso ´Véio´, que nos encheu de orgulho, saudades e gratidão. Nosso abraço amigo e a certeza de que tenho uma grande vontade de encontrar você e te agradecer pessoalmente.

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