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Mensagem: 30/08/08 - 8h07 - ´Nos últimos tempos, aquele santo lugar era utilizado até para culto ao satanismo. As paredes estavam pintadas de vermelho sangue, desenhadas e grafitadas com figuras demoníacas e frases indizíveis´

Sobre esta assunto - reconstrução da igrejinha de São Marcos, que é ilustrativa sob muitos aspectos - ontem fiquei sabendo de um detalhe relevante. Ouvi-o de pessoa muito querida, que se aproxima dos 90 anos; ela revelou que ainda na sua mocidade participou de excursão, a pé, até a igrejinha, montada no topo dos montes claros. Foram todos, rapazes e moças, e até crianças, em alegre peregrinação sob a liderança benfazeja, alta, altiva, do nosso cônego Hermano, mais conhecido como padre Dudu. A fervorosa devoção deixou a igreja da Matriz, atravessou as ruas da cidade, tomou o rumo da agora belicosa e traficante vila Oliveira, alçou os cimos montesclarenses, viajou por verdejantes campinas até a velha ermida, pequena no tamanho e exuberante na sua autoridade solitária; todos passaram um fim de semana de devoção e contemplação, e que se repetiu em muitas ocasiões nas primeiras décadas do século XX. É sim, histórica, e muito histórica, a capelinha que motoqueiros e jipeiros, em ótima hora, estão reerguendo, num passo exemplar. Reerguendo e assumindo o compromisso de velarem por ela, fisicamente, assim como ela vela por nós, os pecadores.
E que Deus se apiede desses monstrinhos que fazem invocações satânicas num lugar de preces e devoções, ainda que não seja as suas - pois não devem ter nenhuma, além do vício. Aliás, estamos perdendo todas as medidas. É comum ver em porta de nossas principais igrejas, mas na porta mesmo, no umbral, pessoas de preto pesado, de alto a baixo, ingerindo bebidas fortes, e talvez outras coisas, num ritual de agressões, a si e aos outros, em horas soturnas. De nenhuma forma democracia é isto que querem exibir, numa afronta geral. Tristes tempos.

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