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Mensagem: ´Seg 02/02/15 - 13h - M. Claros teve o janeiro mais seco dos últimos 110 anos´ A seca em Montes Claros, e na região, é severa, mas não é inédita. É cíclica. De 1934 a 1940, a região viveu o período de estiagem mais grave desde o início dos anos 1900 até hoje. Foram seis anos de pouca chuva, com a seguinte quantidade em milímetros: 1934 - 434,1 milímetros 1935 - 779,2 milímetros 1936 - 171,2 milímetros 1937 - 586,3 milímetros 1938 - 479,0 milímetros 1939 - 283,0 milímetros 1940 - 548,4 milímetros Parecia que as chuvas não mais retornariam, quando, em 1941, o município recebeu 1.557 milímetros de chuva, repetidos pelos dois anos seguintes. A chuva havia voltado aos números de 1933, com seus 1.443 milímetros de chuva. O janeiro atual parece ter sido o pior de chuvas de que se tem notícias, desde o princípio do Século 20. Mas ocorreram outros: 1910 - 22 milímetros 1922 - 15,9 milímetros 1938 - 2,5 milímetros 1951 - 26,8 milímetros 1956 - 19,4 milímetros 1963 - 10,2 milímetros 1971 - 28,7 milímetros 1996 - 24,3 milímetros 2010 - 27,8 milímetros. A máxima chuva nos meses de janeiro - ao longo de 110 anos - ficou em 894 milímetros, em 1961. A mínima quantidade de chuva foi de 2,5 milímetros, em 1938. Ao longo dos últimos 110 anos, ocorreram anos de abundantes chuvas: de 1911 a 1914 - acima de mil milímetros de 1916 a 1919 - acima de mil milímetros de 1929 a 1930 - acima de mil milímetros de 1941 a 1943 - acima de 1400 milímetros 1945 2.216,6 milímetros de 1946 a 1949 - acima de mil milímetros de 1952 a 1953 - acima de 1400 milímetros de 1956 a 1957 - acima de 2000 milímetros 1960 2.763 milímetros de 1964 a 1965 - acima de 2000 milímetros de 1972 a 1974 - acima de 1000 milímetros de 1976 a 1979 - acima de 1000 milímetros de 1994 a 1995 - acima de 1000 milímetros de 1997 a 1998 - acima de 1000 milímetros de 2004 a 2006 - acima de 1200 milímetros de 2008 a 2011 - acima de 1000 milímetros *** Ainda não há números oficiais do janeiro que acabou, mas tudo indica que tenha sido ainda pior do que o janeiro de 1938, com seus 2,5 milímetros, pelo menos na área urbana. Os números sugerem que as chuvas vêm diminuindo, mas não autorizam supor que estejam irremediavelmente indo embora. Depende dos cuidados de toda a população. É preciso que os órgãos públicos que atuam na área divulguem os dados e os interpretem didaticamente para todos, ensinando como cada um deve proceder para impedir que um dia a chuva - a Irmã Chuva - desapareça de vez.

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