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Mensagem: USINA DE BIO-DIESEL COMO FATOR DE INTEGRAÇÃO SOCIALJOSE PRATES A usina do bio-diesel em Montes Claros que, numa merecida homenagem tomou o nome de Usina Darcy Ribeiro, foi o alvo de diversos artigos no “moc.com” alguns contra outros a favor, como é natural numa cidade como esta que teve um desenvolvimento extraordinário na área econômica com a industrialização, mas, que não perdeu a vocação político-patidária que lhe tornou famosa, com lugar de destaque no Estado. Adriano Souto faz em seu artigo publicado aqui, um comentário adequado sobre as criticas recebidas pelo projeto sem, contudo, entrar no mérito da questão bio-diesel que é vasto e atraente. As pessoas da minha idade ou pouco mais novas, lembram da mamona no seu tempo de criança quando o seu óleo era extraído de maneira artesanal, em casa mesmo, para tomar como purgante, nos casos de prisão de ventre e as crianças o tomavam de seis em seis meses “pra lavar o intestino”, como diziam as vovós. Planta nativa, não era cultivada a propósito. Numa ou noutra casa de quintal grande, havia um pé de mamona, como havia a mangueira ou a jaboticabeira com rede armada em baixo pra fuga do calor. Hoje é outra coisa. Descobriu-se o seu potencial fora do simples purgante para saúde dos meninos: o biodiesel. E é esse biodiesel, que pode “resgatar a pobreza do semi-árido”, fixando o homem ao campo, como disse o Presidente da Republica Luiz Inácio da Silva Lula, o Lula nordestino, castigado pela seca, carente de políticas sérias de desenvolvimento da região; o Lula que conhece o problema do semi-árido porque sofreu na carne os efeitos desse problema. Agora como Presidente quer resgatar a dignidade do nordestino dando-lhe condições de viver condignamente no seu próprio lugar de origem. A visão do Presidente na pretensão do empreendimento é oferecer ao nordestino a condição de subsistência digna em sua própria terra, o que neutraliza qualquer argumento contrário ao biodiesel no semi-árido. Pra dizer a verdade, não vimos no “moc.com” nada que fosse radicalmente contra. Desde 2005, a cultura da mamona vem recebendo apoio maciço do governo, prevendo que em 1910 seja atingida uma área de 2,74 milhões de hectares, com a geração de 1,36 milhões de emprego e a substituição de 5% do diesel importado. O programa que se desenvolve a passos largos, tem como base a produção da mamona na agricultura familiar articulada em pequenas células em torno de cooperativas que vão administrar as culturas e produção industrial, fornecendo para grandes distribuidores. Nesse procedimento que beneficia milhares de famílias, além do próprio país como um todo, é um sistema de reforma agrária sustentável, sem lutas e sem traumas, que inclui moradias, escolas, postos de saúde e creches, coisa há muito sonhada e só agora posta em prática com a implantação do biodiesel. O governo garantiu que tem o compromisso de levar esse produto a um papel fundamental e relevante no programa de inclusão social que tomou vulto neste governo. Pelo que estamos assistindo hoje nas discussões de programas bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, vemos o empenho de nosso Presidente na inclusão do etanol e biodiesel nesses programas, com proposta de associação dos dois países na instalação de fabricas nos países pobres em dificuldades. O que estamos vendo com relação ao bio-diesel, instalando usinas no semi-arido nordestino e norte de Minas Gerais, como é o caso de Montes Claros, é o interesse pela fixação do homem ao campo com a cultura da mamona na chamada agricultura familiar. É uma medida inteligente, de grande alcance, que pode beneficiar não só o nordestino desamparado, mas o país como um todo.Essa providencia, entretanto, que é necessária para o desenvolvimento do nordeste, causa certa apreensão na indústria e principalmente na agricultura do sul e sudeste que temem a ausência do retirante nordestino que constitui a força da mão de obra nessa parte do país. Entretanto com a mecanização da lavoura, principalmente o corte de cana que ontem empregava centenas de trabalhadores e hoje não emprega mais que cinco pessoas, mostra como será o futuro da agricultura em termos de mão de obra. A cultura da mamona pode absorver esses trabalhadores desempregados. (José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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