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Mensagem: Ainda que os nossos seresteiros tivessem sido acossados pelos carros, entre a casa de doutor Hermes de Paula e o Café Galo, ainda que entre a poesia e a doce noite erguessem os apressados motores uma muralha, um paredão, penhascos de não-sentir, ainda assim ontem foi um belíssimo anoitecer - quando desce a noite sobre o nosso Amor. Todos cantando, cantando, - cantando pelas ruas, fazendo deter a pressa, as máquinas, para homenagear o pai de nossa cultura. Era de ver a emoção, santa, de dona Fina, na cadeira de rodas, seguindo na frente, abrindo alas na noite (que era de aniversário do bardo João Chaves, nos seus 124 anos). Desviava de ônibus, desviava de bicicletas, desviava de motos, de gente apressada desviava, alguns sem alma, mas sem nunca deixar de cantar. Foi das últimas a sair da reconquistada praça da Matriz, já de madrugada. Dilúculo que re-cantou a noite lírica da Montes Claros única e lírica, despertada de si, integral. Que se restaure o reino dos sonhos, de Hermes Augusto, de Paula.
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