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Mensagem: Em 05/05/2009 estive em Francisco Sá, minha querida e linda Cidade de meus tempos de menino. Lá travei reencontro com meu passado, revendo suas bem traçadas e arborizadas naturalmente, com um verde musgo de infinita beleza. Palmilhei seus empedrados iniciando minha caminhada pela avenida principal onde se encontra o busto de Feliciano Oliveira, grande vulto político, até chegar a sua mais importante Praça Jacinto Silveira, o grande fundador desta metrópole fincada no serrado do norte de meu querido estado de Minas Gerais, pai do maior escritor e divulgador dos costumes regionais o inesquecível Geraldo Tito Silveira, escritor maior de minha preferência cujo passado tento conhecer melhor através de seus lindos e escassos livros e através de alguns de igual forma difíceis fragmentos literários. Na Praça Jacinto Silveira, o fundador, se localiza também a igreja matriz do lugar onde entrei e fiz lindas fotos e o Hotel Amaralina. Andando um pouquinho mais, qual não foi a minha surpresa ao dar-me de cara com a Rua Padre Augusto. Para quem não sabe, o Padre Augusto, a quem esta Rua homenageia e que por quase toda sua vida, exerceu seu sacerdócio em prol dos menos favorecidos, principalmente crianças, na antiga Brejo das Almas, hoje Francisco Sá, é ninguém menos que o Grande Padre Augusto Prudêncio da Silva, ou simplesmente “O Padre Velho”, assim nominado por Geraldo Tito Silveira em seu livro de idêntico titulo. Nasceu em 31/07/1956, em Montes Claros, MG, e falecido em 17/03/1931, de um câncer na garganta, em Montes Claros. Sobre todos os temas abordados pelo autor no citado livro o que mais chama a atenção são os poderes mediúnicos do qual diz ter sido este Padre dotado. São surpreendentes as narrativas dos fatos “do outro mundo” a ele atribuídos principalmente se levarmos em consideração a época tão remota em que isto ocorreu. Mais adiante cheguei a Rua “hoje alameda” mas naqueles tempos de minha infância distante, há 50 na os atrás, uma movimentada Rua onde havia a “Pensão da Dona Quino”, em cuja Rua paravam todos os ônibus “ou jardineiras” que vinham da região de Salinas. A Dona Quinó a quem vi pela última vez era àquela época, 1962, uma senhora de meia idade, um pouco gorda, com um coração tão bondoso, que acolhia, em sua Pensão, viajantes com ou sem dinheiro. Desci até próximo a “Cana Brava”, onde fui registrado e com grandes reminiscências entranhadas no fundo do recôndito percebi que nada ou quase nada mudou. Francisco Sá, com os seus “brejos das almas” para mim que vivo há 40 anos em São Paulo, consegue conciliar nos dias atuais o afã de promissora e progressiva cidade sintonizada com a atualidade sem perder suas características de antanho. Ainda se consegue ver em seus açougues, peças de carnes de sol penduradas em forquilha colocadas, estrategicamente na frente do estabelecimento. Recentemente tive o privilégio de estabelecer contato com um nobre da tradicional família Silveira de Brejo das Almas, residente em Montes Claros, nada menos que filho do escritor Geraldo Tito, ou seja, o Sr. Jorge Silveira, pessoa da mais alta e elevada amabilidade a quem com toda honra adiciono em meu circulo de amizades. Francisco Sá, minha terra, com seus brejos das almas, meu povo, minha gente, família Silveira, aquele abraço e um até breve. Com carinho e amor que não se apagam. Enoque Alves Rodrigues.
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