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Mensagem: Nordeste será a China do Brasil, diz Unger - Girleno Alencar Da sucursal - Montes Claros - O ministro Roberto Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, negou ontem a tarde, em Montes Claros, que o programa “O desenvolvimento do Nordeste como projeto nacional”, de sua responsabilidade, seja uma forma de inserir a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), na região nordestina, como parte da sua estratégia eleitoral. Unger ministrou uma palestra no auditório do Conselho Regional de Odontologia, em Montes Claros, para vários prefeitos e lideranças rurais, empresariais e políticas e criticou o modelo da economia de Minas Gerais, salientando que ela está fincada em setores fortes, enquanto outros estão sem a mesma força. O ministro riu demais quando a Imprensa perguntou sobre seu projeto servir para a campanha de Dilma Rousseff. Ele enfatizou que o que elaborou foi um projeto de Estado e que a utilização eleitoral dele solaparia sua moral. Também lamentou a crise atual do Senado como influência do dinheiro na política e a solução é o financiamento das eleições. As entidades empresariais do Norte de Minas, lideradas pela Federação das Indústrias do Estado (Fiemg-Norte) e Associação Comercial e Industrial de Montes Claros, entregaram ao ministro o pleito para a criação da Zona de Processamento de Exportação e do Porto Seco em Montes Claros, além de mudanças na política de incentivos fiscais para atrair mais investidores. Os prefeitos Valmir Morais (Patis) e Luiz Tadeu Leite (Montes Claros) pediram a recriação do escritório da Sudene em Montes Claros. A secretária estadual Elbe Brandão, da pasta de Desenvolvimento do Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e Mucuri, comunicou que Minas Gerais está criando o Fundo de Desenvolvimento da Área Mineira da Sudene e precisa da aprovação do Fundo Nacional do Nordeste para permitir as obras. Ela pediu a criação da Universidade Federal do Norte de Minas e que o Departamento Nacional de Propriedades Mineiras faça um planejamento das reservas minerais da região. Na sua palestra, Mangabeira Unger criticou os projetos sociais como forma de fortalecimento da economia e apontou o fomento do desenvolvimento do Nordeste, Centro-Oeste e região Amazônica como necessidade urgente. O ministro citou que a classe média brasileira está fragilizada, seguindo a cultura deste segmento dos países ricos. A seu ver, a classe média estaria desencantada com a política. Ele citou que a solução para o Brasil passa pelo Nordeste e que se sente aflito, pois tem apenas até o final deste ano para executar o projeto. Unger lamentou que o Nordeste esteja 50 anos atrasado e sustentou que esta região tem de acabar com os dois modelos, de “pobrismo e são paulino”, onde o primeiro tenta estimular as ações artesanais e o outro, os mega-projetos. Unger afirmou ainda que o Nordeste pode ser a China do Brasil, no bom ou mal sentido. Segundo ele, se explorar apenas a mão-de-obra barata, o Nordeste se nivela aos chineses, mas se buscar a industrialização, cumpre as metas chinesas. Ele propôs que o Brasil use uma política de benefício para quem faz a preservação das áreas degradadas e que amplie tributos a quem degrade, pois salienta que o país não precisa desmatar um centímetro de sua área atual para a atividade produtiva, bastando recuperar o que está degradado.
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