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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°35256
De: Lara Data: Quinta 15/5/2008 10:31:56
Cidade: Brasilia  País: Brasil

Soube por informação aqui em Brasilia DF que o nosso querido Padre Ivan Clementino voltou para Montes Claros, alguem sabe informar em que paroquia ele esta celebrando. Um abraço a todos os muralistas.

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Mensagem N°35255
De: Walc y Data: Quinta 15/5/2008 10:30:35
Cidade: Montes Claros

A Copasa e a Cemig são empresas ricas do estado por explorar a população. Em Montes Claros, uma residência sem consumo nenhum de energia elétrica e de água, isto é, de consumo zero, precisa pagar, por mês, 39 reais e 24 centavos para a Cemig e 20 reais e 75centavos para a Copasa. Não precisa nem dizer que os políticos e os seus apadrinhados vivem dependurados nestas estatais.(...)

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Mensagem N°35227
De: Luiz de Paula Data: Quarta 14/5/2008 11:31:45
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 11)


A TINTA SARDINHA E AS BELAS
ASSINATURAS

Sempre tive todos os sentidos muito aguçados, notadamente o olfato.
Quando entrei para a Escola Rural Mixta de Várzea da Palma, aos seis anos e meio de idade, captava no ar o cheiro da tinta Sardinha. Era a tinta de escrever que todos os alunos usavam. Vinha em vidros redondos, achatados. Custava 300 réis, cada vidro.
Eu gostava do cheiro da tinta. E gostava também do ranger da pena MALLAT no 12, no papel, quando se escrevia.
Queria aprender depressa a escrever o meu nome. Para fazer como o ferreiro Tertuliano Silva e o professor particular José Maria Guimarães.
Eles alisavam o papel sobre a mesa, molhavam a pena no tinteiro e a seguir executavam dois a três volteios com a mão e feito isso assinavam caprichadamente os seus nomes, com as maiúsculas enfeitadas de bonitos floreados.
Sabiam escrever bonito, aqueles dois...
A fábrica da tinta distribuía um folheto que trazia esta quadrinha:
Não chores assim,
não chores maninha,
que dou-te um vidro
de tinta Sardinha.

PASSATEMPOS

Não havia rádio nem televisão. Outros eram os passatempos domésticos.
Em nossa casa havia violão, viola e sanfona de oito baixos. Baralhos e tabuleiros de damas. E cartelas e pedras para o jogo de víspora. De vez em quando apareciam quebra-cabeças de arame ou de madeira.
Os jogos mais praticados no baralho eram o jogo de burro, truco, douradinha, vinte e um, sete e meio.
Todos se utilizavam desses passatempos, de modo que cedo comecei a me divertir no violão.
Naquele tempo, o bonito era conhecer muitos floreados e não ritmos, como hoje. Lembro-me de dois floreados que aprendi primeiro, ambos em sol maior. Da primeira posição para a segunda e voltando da segunda para a primeira. Para memorizá-los criei letras para ambos. “A rosa nasceu do galho”, para o primeiro e “o nosso amor verdadeiro”, para o segundo. Ao relembrar essas passagens do início de minha infância me detenho na segunda frase - o nosso amor verdadeiro. Que significado teria para um menino de 6 a 7 anos a palavra amor? E porque fui buscá-la para ilustrar aqueles floreios do violão? E porque “verdadeiro”? Já teria àquele tempo intuição maior do significado do amor, e da existência de amores verdadeiros e falsos?
Mais tarde, com dez anos e meio de idade, quando passei um ano em Pirapora, para fazer o 4o ano primário, gostava de acompanhar a banda de música pelas ruas, em datas festivas, ouvindo a execução de seus dobrados. Como não tinha a quem perguntar, eu punha nome e letras no que ouvia. Letras sem nexo, representativas do que aquelas melodias desconhecidas despertavam em mim. Ainda me lembro de uma dessas melodias. A letra que criei era assim:

Guarda como um tesouro,
guarda como um tesouro.
Guarda como um tesouro,
o tesouro carioca.
Parará-tá-tá - Bum!

UTENSÍLIOS, FERRAMENTAS, CRIAÇÕES ETC
EXISTENTES EM NOSSA CASA

DIVERSOS
Oratórios com santos, estampas de santos, pilão e mão-de-pilão, retratos da família e de parentes, peneiras de arame e fibra, barris e tambores para água, lata tipo querosene, latas para leite, gancho tridente com corda para retirar latas e outros objetos que caíssem nas cisternas, tacha de torrar café, gamelas para amassar biscoitos e pães, tachas para assar quitandas, forno com porta dando para o interior da cozinha, vassouras de varrer casa, de varrer quintal e de limpar telhado por dentro, lanterna de mão, lampiões belga, lamparinas a querosene e azeite, máquina de moer carne, guarda-chuvas, galochas, além dos móveis e utensílios comuns de copa, cozinha, dormitórios e sala de visitas.
E mais: canastras, espreguiçadeiras, cofre Bergamini, escadas, brochas, pincéis, selas, cangalhas, arreios de carroça, cabides de parede e de pé, bacias de rosto e de banho, lavatório, jarras e bacias esmaltadas, quadros de paisagem nas paredes da sala de fora, reproduções de quadros de generais da primeira guerra mundial, relógio em forma de 8, de bater horas e quartos de hora, relógio despertador, termômetro Casella, vidro de tirar ventosa, ferro de acertar casco de animais para assentar ferraduras (puxavante). Bacias grandes, para banho, e menores para lavar os pés. E bacias de rosto, com jarro e lavatório metálico, em cada quarto, pois não havia água canalizada nem pias. Laços de couro e cordas de uso na pecuária, e cordas de pular.

FERRAMENTAS
Machado, serrote, martelo, turquês, alicate, chaves de fenda, pua, seguetas, nível, compasso, esquadro, metro e fita métrica, escala, fio de prumo, enxada, enxadão, picareta, alavanca (lebanca), lima e limatão, grosa, arranca-prego, pregos, chaula ou pá, parafusos, funis, machadinha de marcar madeira, fogareiro com ventoinha, tipo forja, para queimar veneno (arsênico e enxofre) e injetar fumaça venenosa em formigueiros.

ANIMAIS DOMÉSTICOS E PÁSSAROS
Cachorros, gatos, papagaios, passarinhos (bicudo, patativo, pintassilgo, curió, canário), sagui e quatí, galos e galinhas, cocás, patos, perus, cabras e cabritos, porcos no chiqueiro, vaca para leite.

LIVROS
Chernoviz, Bíblia, Dicionário de Jayme Seguiér, Os Sertões, O Guarany, Iracema, O Mistério da Estrada do Sintra, Os Miseráveis, Manual del Curtidor.

PARA O LAZER
Baralhos (novo para gente grande e velho para as crianças), sanfona, violão, viola, tabuleiro de jogo de damas, espingarda cartucheira e Flaubert, revólver, facão, anzóis, carrinho de mão, carrocinha de mão.

JOGOS DE BARALHO
Jogos de baralho: burro, truco, batalha, sete e meio, vinte e um, douradinha e douradão, estenderê e estenderê de monte, fedor, bisca, pôquer, dominó, paciência.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35221
De: ISADORA Data: Quarta 14/5/2008 08:11:50
Cidade: Motntes Claros  País: Brasil

Acidente de trânsito matou um policial militar na manhã desta quarta-feira, próximo a rua Melo Viana.Quem souber de mais informações, poste aqui.

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Mensagem N°35210
De: Petrônio Braz Data: Terça 13/5/2008 16:53:46
Cidade: Montes Claros/MG

Isto não é democracia

Fui professor durante belos vinte anos e tenho orgulho dessa passagem, para mim histórica, de minha vida. Hoje não me disporia a exercer esta sublime profissão.
Assisti aos noticiários televisionados de hoje, o terremoto na China e outras notícias. Da Globo passei para o Fala Brasil e encontrei reportagens terrificantes sobre a situação dos professores em algumas capitais deste País. Ao vivo professores sendo espancados por aluno ou grupo de alunos, em plena sala de aula. Grupos de alunos, dominando áreas dentro da escola para uso de drogas. Isto, para meu entendimento, é inadmissível. Um aluno de quatorze anos levanta-se da cadeira e dá um soco na professora, em plena sala de aula.
A explicação dos menos avisados vem rápida: droga.
Não é somente pelo possível uso de drogas que tem ocorrido a desrespeito à autoridade do professor nas escolas, principalmente nas públicas, é pelo desrespeito ao princípio de autoridade.
Não apenas porque fui professor, em tempos outros, mas porque a classe de professores é a que deve merecer maior respeito em nossa comunidade dita civilizada, apesar dos salários recebidos, que saiu em defesa da classe.
Fatos como esses têm sido presenciados em razão de entendimentos diversificados do que seja uma democracia (leia liberdade).
Em qualquer sociedade humana (sem falarmos nas formigas ou nas abelhas) deve existir um vínculo de subordinação, através de escalões sucessivos, que define os limites de autoridade, de superior a subalterno, sem o que se perde o controle da própria sociedade, estabelecendo-se o primado da anarquia.
Não se pode negar que tais abusos, que se vão tornando permanentes, têm sua origem primeira nos postulados da atual Constituição brasileira. No texto constitucional existem acentuadas limitações à atuação da autoridade, posto que escrita, votada e posteriormente entregue aos brasileiros como sua lei maior, como uma reação legislativa contra o regime militar anteriormente vigente. Nela, na Constituição, destacam-se direitos, com exaltação dos interesses sociais e coletivos, sem considerar as obrigações e os deveres sociais e cívicos, que se exige de todo indivíduo, que vive em sociedade.
Na esteira da Constituição, leis ordinárias e resoluções normativas têm sido editadas excluindo o princípio da autoridade, principalmente nas escolas.
Não seria necessário voltarmos aos bons tempos da palmatória, tempos que me trazem agradáveis recordações, quando éramos levados a bater (com a palmatória) em um colega que não acertava a tabuada. Era um castigo que não magoava, mas incentivava. Mas é imperioso que o princípio da autoridade seja restabelecido.
Hoje nada, ou quase nada, se pode fazer para conter a elevação da desordem dentro das escolas. Em tempos outros havia o instituto da expulsão, da extinção do mau elemento do convívio escolar. Se o criminoso deve ser preso (afastado da sociedade) como deseja toda a sociedade (lembremos do caso Isabella), por que o mau aluno, que pratica ilícitos nas escolas, não pode dela ser afastado como ato punitivo, ouvido o conselho escolar?
Não me animaria, hoje, a ser professor, especialmente nas escolas de primeiro e segundo graus, porque não tenho vocação para mártir, para o sacrifício ou o sofrimento por um trabalho.
A primeira educação deve nascer na família, o que nem sempre acontece. Em seguida vem a escola que instrui, mas não está podendo educar.
Estamos efetivamente vivendo tempos difíceis.

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Mensagem N°35188
De: Augusto Vieira Data: Terça 13/5/2008 12:29:10
Cidade: Belo Horizonte

ADEUS, FREI LAMBAS!

Deixou-nos, em 11 de maio de 2008, o Desembargador Lamberto de Oliveira Sant’Ana. Conheci-o no final dos anos 50, do século próximo passado, seminarista em Montes Claros. Era filho de “seu” Lourenço Sant’Ana e de D. Zelita, que residiam no primeiro andar de um prédio da rua Dr. Santos. “Seu” Lourenço, soteropolitano, adotou nossa aldeia e nela trabalhou por longos anos. Foi, dentre outras atividades, concessionário da SIMCA, cuja sede era no mesmo edifício, de sua propriedade, em que abrigava a família. O casal teve dois filhos. Lamberto, que nasceu em Pedra Azul, a “Fortaleza do Vale”, e Osmane, nosso querido e saudoso “Binha”.
A partir dos anos 60, seríamos três vezes colegas: na Faculdade de Direito da UFMG (eu calouro dele), na advocacia e na magistratura. Na faculdade lutamos contra a ditadura. Quando foi editado o AI-1, ele foi patrocinador de um dos mais sutis protestos que o movimento estudantil mineiro já conheceu. Estávamos, à noite, no edifício Arcângelo Malleta e recebemos a notícia. Começamos a vaiar. Entraram no prédio vários policiais, civis e militares, para impedir a manifestação. Lamberto, que todos já chamavam de “Frei Lambas”, por sua sabedoria, bondade e profunda religiosidade, ao perceber a entrada deles, se levantou e pediu a todos que permanecessem em seus lugares, em absoluto silêncio. Foi imediatamente obedecido. Quando os policiais se retiraram, sem graça, ele começou a estalar os dedos de uma das mãos, o polegar no médio, no que foi acompanhado por quase todas as pessoas que, àquela hora, lotavam os bares e corredores do prédio. Os policiais retornaram, ferozes, mas ficaram sem ação: como proibir tanta gente de estalar os dedos?
Lamberto colou grau de bacharel em Direito, inscreveu-se na OAB e retornou a Montes Claros, onde exerceu honrosa advocacia. Decorridos cerca de quatro anos cheguei eu e ele, pouco tempo depois, seria aprovado no concurso para Juiz de Direito. Resolveu assumir e passou-me vários casos de seu escritório, que era no Edifício Ciosa, na Praça Dr. Carlos. Em 1982 também fiz o mesmo concurso e ingressei na magistratura. Ele já era Juiz da Comarca de Curvelo. Em meu primeiro livro, Estórias do Bala, registrei um fato de sua passagem por essa comarca. Num julgamento do Tribunal do Júri, ele perguntou ao réu:
— O senhor atirou na vítima?
— Não atirei não, dotô, é que eu tava cum revolve na cintura, ele disparou, a bala bateu numa pedra, ripicou e furou a testa do vítimo.
— O senhor está pensando que bala de revólver é aquele gás fedorento, que sai pelo ânus, desce pela boca da calça e reflete no nariz?
O réu acabou confessando, tranqüilo, a autoria do crime ao paciente e sacerdotal magistrado.
Quando fui promovido para Belo Horizonte, em 1992, ele ali já se encontrava. Para minha alegria, ainda trabalhamos, bom tempo, no Fórum Lafayette, ele sumariante do I Tribunal do Júri e eu na 6ª Vara Criminal. Sempre nos visitávamos em nossos gabinetes e relembrávamos nossa querida aldeia, nossos parentes e amigos. Eu me aposentei e ele foi promovido a Juiz do Tribunal de Alçada. Com a fusão dos tribunais, assumiu o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça, que exerceu, por longos anos, com dedicação e brilhantismo, até aposentar-se compulsoriamente, aos 70 anos de idade.
Lamberto deixou viúva D. Lia de Oliveira Santana, sua dedicada esposa, mãe de seus três filhos, Leonardo (dentista), Luciano (advogado) e Alisieux (economista e advogada). Deixou seis netos. A viagem precoce desse grande amigo, que foi um dos maiores latinistas que conheci, de caligrafia perfeita, entristeceu e plantou imensa saudade nos corações de muitas pessoas, porque ele foi um homem alegre, culto, virtuoso e extremamente solidário. Fará muita falta a todos nós.
Lambertus, requiescat in pacem!

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Mensagem N°35183
De: Vilela Data: Terça 13/5/2008 11:21:50
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Que saudade da Montes Claros de pouco tempo atrás, pacata, tranquila e acolhedora... Ontem em mais um episódio da violência uma perseguição policial como em filmes, muitas viaturas da polícia civil em alta velocidade pela Rua João Souto no centro por voltas das 15:00 horas. Estamos com medo... nós, norte mineiros, precisamos descobrir uma forma de viver melhor, e só há um modo, resgatar valores! Valores culturais, sociais, éticos, familiares e religiosos. Precisamos nos unir minha gente, em busca de valores, para podermos viver e ver nossos filhos e netos viverem bem também.

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Mensagem N°35162
De: Wanda Data: Segunda 12/5/2008 22:58:24
Cidade: Montes Claros

A mensagem 35135, de "organizadores", fala por si. Não há necessidade de acrescentar nada. Leiam-na e depois releiam. É o perfeito retrato deste Brasil que assusta e espanta.

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Mensagem N°35156
De: Marilza Neves Cangussu Data: Segunda 12/5/2008 17:53:44
Cidade: Imperatriz/MA

Titulo da notícia: Corpo quase intacto de padre Santo Pio é retirado da sepultura e ficará exposto na Itália até outubro
E-mail: lizacang@yahoo.com.br
Comentário: Sou devota de São Pio desde 1994, através dos livros de Vassula Hyden, A Verdadeira Vida em Deus, onde Jesus dizia a ela que, Pe. Pio era um dos maiores Santos da Igreja Católica. Daí fui buscar conhecê-lo e me tornei sua devota. Inclusive já estive em San Giovane Rotondo, cidade dos milagres do Pe. Pio, e onde ele passou os ultimos anos de sua vida.

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Mensagem N°35141
De: Alencar Data: Segunda 12/5/2008 13:08:20
Cidade: Moc.

Alguns promotores de "eventos" e tambem alguns organizadores de "festas" confunde democracia com algo parecido como "pode fazer tudo". Estão alugando clubes, sitios ou residencias, onde promovem verdadeiras orgias regadas a drogas e alcool, este negocio que só entra de maior é só fachada, quem paga entra. É comum dentro e fora destas "festas" acontecer brigas dentro e fora do recinto, por causa de abuso das drogas ou alcool. Entendemos que festa é confraternização entre amigos e parentes. As festas que tem acontecido ultimamente tem simplesmente como objetivo dos organizadores arrecadar $$$, os demais vão para se embriagarem ou se drogarem.

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Mensagem N°35133
De: Gilberto Data: Segunda 12/5/2008 10:52:25
Cidade: Montes Claros

Um absurdo!!! ao passar sexta-feira a noite pela praça Dr. Carlos, notei que a unica iluminação desta praça vem da claridade dos painéis de publicidade instalados no Shopping Popular. Pergunto quem recorrer???

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Mensagem N°35124
De: Eujácio Data: Segunda 12/5/2008 08:04:02
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

para o Paulo, mensagem 35119. Muito obrigado pela informação. Neste dia, logo após o acontecido, tinha um senhor assitindo o jogo com a esposa e a filha, ele levantou e exclamou: "nunca mais venho a um estádio de futebol com minha família." Por isto que não esqueço deste jogo.

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Mensagem N°35117
De: José Prates Data: Domingo 11/5/2008 14:55:44
Cidade: RIO DE JANEIRO RJ

MULHER AVIADORA

José Prates

Outro dia, falávamos da mulher motorista de ônibus, a primeira de Montes Claros. Claro que não foi a primeira cidade a ter uma motorista dirigindo coletivo e, também, com certeza, não será a última, porque é uma conseqüência da emancipação social da mulher. Foi novidade? Na cidade, foi. Tomara que daqui a anos, quando muitas mulheres estarão ao volante de coletivos circulando pela cidade, a pioneira seja lembrada com orgulho pela classe, porque não foi um fato de somenos importância. Foi o uso por aquela mulher, da liberdade de opção de vida, direito adquirido na luta silenciosa de todas pela independência, cortando as amarras da dependência que eliminavam o uso da vontade própria.
Também, não foi de somenos importância, mas, a história não registrou e todo mundo esqueceu, uma mulher aviadora, brevetada pelo aeroclube montesclarense, num dos anos quarenta, creio que quarenta e quatro. Foi logo no início do aerocube, quando veio o primeiro “teco-teco” para treinamento dos alunos inscritos. A história não registrou o fato porque aquele tempo era outro. Na década de quarenta, uma mulher da sociedade matricular-se no aeroclube, e como aluna usar traje masculino, era um atentado à moral feminina e feria os bons costumes. Bons costumes que significavam a aceitação mansa e tranqüila, pela mulher, da condição única de dona de casa, prendada e obediente, com a função precípua de procriar.
Vamos do princípio. Foi nessa década que teve início a construção do trecho ferroviário Montes Claros a Monte Azul, levando muita gente do Rio de Janeiro para Montes Claros que nessa ocasião, já era a cidade mais importante do norte de Minas. Com essa gente veio a Comissão de Construção constituída pelo Ministério, composta de engenheiros da Estrada, sob a chefia do Dr. Demostenes Rockert, que ficou conhecido como Dr. Roque e o seu substituto eventual, o sub-chefe Dr.Othon de Souza Novais, conhecido como Dr. Novais. De todos os engenheiros que vieram do Rio, apenas o Dr. Novais trouxe a família, ou melhor, a esposa Dona Eny Novais, uma jovem, bonita, talentosa, falando fluentemente o francês. Segundo contaram, viveu durante alguns anos em Paris onde estudou e lá conheceu o Dr. Novais quando ali fazia pós-graduação. Na França, Dona Eny adquiriu, incorporou e trouxe consigo o costume da mulher francesa que há muito emancipara. Costume que aqui não era aceito pela sociedade, nem pela Igreja. Mas, a mulher do engenheir, que vio d Rio e Janeiro, foi aceita pela sociedade local, sem restrições. No princípio foi tudo muito bem. As novas amigas ouviam atentas as histórias contadas por Dona Eny, sobre a beleza de Paris, a cidade luz. A coisa começou a mudar quando ela fez a matrícula no aeroclube, com o consentimento formal do marido. Foi um reboliço no meio social. “E o marido consentiu!” Era constrangedor para as mulheres de então que perguntavam: “Onde já se viu uma mulher sozinha, no meio de tanto homem?”. Outras, porem, aceitavam com tranqüilidade porque “ela é mulher moderna, criada na capital”. Sem dar importância aos comentários, D. Eny prosseguiu no curso e o seu vôo “solo” não demorou. Logo, brevetou-se. Não sei se foi a primeira do Brasil, mas, com certeza, foi a primeira de Montes Claros. A sociedade foi-lhe afastando, até que ela resolveu regressar ao Rio de Janeiro. Dr. Novais ficou e permaneceu na Comissão até o final da construção, em 1948, com a inauguração da Estação de Monte Azul..
Muitos anos depois, em 1960, encontrei Dr. Novais no Rio, como diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil. Perguntei pela esposa, a resposta foi lacônica: “vai bem”. E... nada mais foi perguntado.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°35114
De: Antonio Carlos Data: Domingo 11/5/2008 10:40:55
Cidade: M.Claros

Longa vida ao Mestre Oswaldo Antunes, Jornalista de raça,e com um cerebro superfino bem dotado de sensibilidade democratica e exemplo para os mais jovens.A mensagem "a menina Dilma" do dia 8.05.08 n° 35031, é uma testemunha de honestidade intelectual, que é uma "mercadoria" que começa a faltar pelo mundo a fora. Sou honrado de ser um seu leitor. E uns dos motivos principais que estimulam conectar o Montesclaros.com é o de ter a possibilidade de ler coisas inteligentes e que induzem à meditaçao sobre a negatividade do efimero hoje espalhado nesse mundo superficial.

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Mensagem N°35112
De: Wanderlino Arruda Data: Domingo 11/5/2008 07:57:31
Cidade: M. Claros

MINHA MÃE, MEU TESOURO

Amarás e servirás incessantemente,
todos os dias da tua vida,
eis o teu poder, a tua convicção,
o teu trabalho santificado.

Teus gestos serão movimentos de encanto,
busca de paz, homenagens sinceras a Deus
por ter permitido a vida a ti mesma
e a teu filho, a tua filha, a todos os teus filhos,
pedaços ou amplitudes do teu corpo e da tua alma...

Amarás, mãe, os minutos e os segundos
e tempo não te faltará para os mais santos carinhos
com que envolverás o fruto do teu amor.

E maternidade, mãe,
não precisa que seja do teu próprio ventre,
célula da tua célula,
porque ser mãe é passar pelo caminho da vida,
oferecendo dádivas do amor e da fé,
o melhor que exista no coração.

Ser mãe é passar com rastro fulgurante
em cendal de estrelas,
envolvendo em luz as trajetórias
dos seres que lhes são entregues
para cuidado e burilamento.

Ser mãe é sofrer amorosamente,
é sorrir na complacência,
é sonhar com a esperança.
Nenhuma tarefa é mais dignificante
do que a de mãe,
pois, em sua vida, dificuldade é ensino,
problema é lição, sofrimento é bênção,
tudo é alicerce divino na construção do bem.

Ser mãe é transmudar-se em bálsamo
e bom entendimento.
É ter a vida dos anjos,
é esparzir misericórdia
em nome do que há de mais sagrado no amor.
Ser mãe é curar o cansaço,
é amenizar a própria existência.

Filhos de todo o mundo, reverenciai as vossas mães.
Elas são seres insubstituíveis,
tesouros inestimáveis, maravilhas da criação.
A elas, jóias do mais fino labor de Deus,
o nosso amor!

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Mensagem N°35108
De: Eujácio Data: Sábado 10/5/2008 19:10:41
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Dia desses surgiu uma polêmica num papo de boteco. Certa vez, o jogador Nelinho(Atlético/Cruzeiro), veio jogar em Moc. Alguém da torcida soltou um foguete que caiu perto do Nelinho e este imediatamente fez um gesto obceno para a torcida. Nesta partida, em qual time jogava o Nelinho? Quem souber me responda por favor.

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Mensagem N°35101
De: Hermes Data: Sábado 10/5/2008 10:54:27
Cidade: Montes Claros

Quem for ao centro de Montes Claros agora, é bom que venha com protetores de ouvido, o que tem de carro de som e locutores nas portas das lojas é suficiente para estourar os timpanos de qualquer um.

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Mensagem N°35099
De: Luiz de Paula Data: Sábado 10/5/2008 10:24:06
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 10)

CHEIRO DE LUZ ACESA

Minha mãe tinha ido a Pirapora fazer o batizado de meu irmão Cassimiro. Com ela fora a D. Carlota Rosa Teixeira, professora da Escola Mista de Várzea da Palma. Ela ia ser a madrinha do meu irmão. E com ambas fomos eu e meu irmão Vicente.
Hospedamo-nos no Hotel Maia, em um quarto dos fundos, com janela para uma rua lateral.
Na ocasião eu tinha 6 anos e era a primeira vez que conhecia uma cidade.
Estava deslumbrado. Caminhava nas ruas olhando para todos os lados, embevecido com o que via, tropeçando nas botinas novas e arrastado pelo braço por minha mãe que não se cansava de admoestar-me: “anda depressa, menino. Se você não caminhar direito eu nunca mais vou trazer você aqui”.
E lá ia eu, calado, aos tropeções, registrando e admirando tudo quanto via.

À noite conheci a luz elétrica.
Havia uma lâmpada pendente do teto, sobre a cama, com apagador fixo, em forma de borboleta, no encaixe da própria lâmpada. Vi quando minha mãe a acendeu assim que começou a escurecer. Em seguida ela saiu para jantar, no refeitório do hotel, prometendo trazer comida para mim e o Vicente, quando voltasse.
Tão logo ela saiu, eu fiquei de pé, sobre a cama, e torci a borboleta do apagador da lâmpada. A lâmpada apagou-se. Torci outra vez: acendeu. Que trem bonito e mágico! Fascinante! E me encantou tanto que eu sentia o cheiro da luz acesa. Apagava, ia-se embora o cheiro. Acendia, voltava o cheiro. Como era bonito aquele aramezinho, todo de luz, dentro da lâmpada, parecendo uma porção de letras M emendadas. Foi uma noite gloriosa. Nem Edson, talvez, tenha se extasiado tanto com seu invento.
No outro dia minha mãe saiu cedo, com a Dona Carlota, para fazer compras.
Desde a tarde anterior eu havia visto, pela janela, numa padaria, do outro lado da rua, um balcão onde estava exposta grande variedade de roscas, doces e biscoitos.
Sempre tive muito aguçados os sentidos, especialmente os do olfato, do paladar e da visão. A exposição daquelas guloseimas despertou em mim uma vontade enorme de vê-las de perto e de comprá-las.
Eu possuía um tostão, que a Dona Carlota me dera na viagem, para que eu ficasse quieto em meu lugar, ao lado de minha mãe.
Aproveitando a ausência de minha mãe, saí do quarto, percorri o corredor até a porta da rua, saí, dobrei a esquina, atravessei a rua lateral e entrei na padaria. Êta cheiro bom, só de coisas boas. Eu nunca estivera em um lugar tão agradável como aquele. Olhei através dos vidros do balcão e lá estavam caramelos coloridos das mais variadas formas, recobertos de açúcar cristal. Coisas nunca vistas. Me lembrei da história de João e Maria na Casa de Chocolate.
Do outro lado do balcão, assentada em uma cadeira de balanço, com alto espaldar de palhinha, estava uma senhora clara e gorda, muito rosada, entretida a fazer “crochet” (naquele tempo não se falava em “tricot”.)
Fiquei meio abobalhado, sem coragem de interrompê-la. Ela tinha um perfil simpático, que o uso de óculos não prejudicava. Eu queria chamá-la todavia o acanhamento me tolhia a ação. Mas o dinheiro sempre nos dá muita força. Animado com o calor do tostão que eu apertava na mão canhota, criei coragem e chamei:
- Ôi, Dona. De que preço é esses biscoitos? - E apontei uns biscoitos de polvilho arrumados num potinho.
Ela fez, com muita agilidade, mais alguns pontos em seu trabalho, depois levantou os olhos, viu-me e respondeu:
- Dois por um tostão.
- A senhora dá de três? - Foi minha segunda pergunta.
Aí ela concedeu-me uma atenção maior. Virou-se na cadeira, encarou-me com mais vagar e por sua vez perguntou-me:
- Menino, de onde você é ?
- De Várzea da Palma, respondi.
E ela, voltando-se para o seu “crochet” e dando o assunto por encerrado:
- Bem me parece...

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35097
De: Jurandir Data: Sábado 10/5/2008 09:17:57
Cidade: M. Claros

"...Makro ocupará terreno de 68 mil metros quadrados. A área construída será de 8 mil metros. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até a segunda quinzena do mês de julho, com previsão de inauguração para o dia 30 daquele mês."
Recebi esta notícia com alegria e, como eu, acho que todo mundo. Contudo, fui ao local e não vi sinal nenhum de obra. Pela envergadura do empreendimento acho que é difícil inaugurá-lo dia 30 de julho, como anuncia a propaganda da prefeitura. Esperemos, para conferir. (...)

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Mensagem N°35095
De: Raphael Reys Data: Sábado 10/5/2008 06:49:13
Cidade: Moc - Mg  País: Br

EFEBOS E RITOS INICIÁTICOS DE ALCOVA
Nos românticos 1957, próximo às festividades do nosso Centenário, surgia na rua Ceará, no bairro Morrinhos, uma dama da noite, a notável Sá Eliza.
A garotada fazia fila à sua porta aguardando a vez de receber os seus préstimos de alcova. Ela muito criteriosa, negociava com cada menino, pessoalmente.
Antes de entrar no pórtico do seu oráculo de lascívia, o menino dizia o quanto tinha de dinheiro no bolso. Pura formalidade, pois normalmente era aceita a quantia disponível.
Pululava pela cidade um verdadeiro batalhão de efebos comedores ( no mau sentido) de galinhas caipiras. Apanhavam as penosas quase sempre no quintal do vizinho, e, à força, satisfaziam os seus instintos carnais. Como sempre matavam o galináceo.
A vinda de Sá Eliza aliviou o prejuízo dos criadores domésticos de bípedes.
Sempre à tarde, para não chamar à atenção dos comissários Altinin e Zé Idálio, a galera mirim deitava e rolava.
Na boate Maracangália, também conhecida como Cabaré de Anália, tinha a Baixinha, uma profissional especializada em primeira vez, cujo quarto de serviços ficava na parte externa da boate e logo à entrada, ela também operava sob a luz do sol. Lá, a fila formava-se no passeio em frente, já que estavam no Centro.
A piscina da Praça de Esportes freqüentava a Maria Fumaça, oriunda do subúrbio e que ao entrar nas águas da piscina provocava uma verdadeira corrida de garotos que, com seu consentimento, apalpavam as suas partes íntimas. Ela adorava se ver cercada de pequenos intumescidos!
Na Avenida Ovídio de Abreu, no Centro, havia um conjunto de barracos com tetos de palha e barro, que serviam de abrigo, e local de serviço às profissionais do sexo oriundas de outras terras e que, por aqui, não haviam conseguido a devida licença policial para operar como dama da noite.
Era tudo controlado pelo delegado que as acompanhava evitando a passagem de caloteiras pela urbe. Lá nesse conjunto levantavam o capital necessário para voltarem as suas origens campesinas!
A profissional especializada em meninos era a Lurdinha, que dado à sua pouca experiência nas artes de Vênus, e sendo ainda orgástica, quando se tratava de um menino simpático ela entrava no platô e dava o maior esparro gritando: Eu estou morrendo! Mata-me meu amor!
Muito garoto iniciante desconhecendo, o arroubo do fator genésico feminino corria pela avenida apavorado vestido apenas de cuecas Torre, botão de pressão. Embrenhavam-se pelas matas do bairro São José, com a bermuda na mão e o suspensório arrastando uma ponta pelo chão, fugindo de um possível crime de morte!...
Para curar o efebo assustado executava-se a terapia curraleira. Nele, mesmo gaguejando de medo, aplicava-se uma pancada na cabeça com uma colher de pau. A colher rachava e voltava o paciente ao ritmo sinusal.
Foi aí que o cavaleiro da verve, o nosso Zé Amorim, sentenciou: Ela gritava tão alto que caía manga verde do pé. Puro tratamento de choque com raízes e qualidade tupiniquins!

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Mensagem N°35086
De: Márcia Vieira Data: Sexta 9/5/2008 21:55:00
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Morreu hoje no Rio de Janeiro, o jornalista Paulo Alberto Monteiro de Barros, mais conhecido como Artur da Távola. O jornalista também se destacou na política, como senador, deputado federal e deputado estadual. Entre 64 e 68, cassado pelo regime militar, viveu na Bolívia e no Chile. Trabalhou como cronista do jornal O Globo, O Dia, e Última Hora, mas sem dúvida, suas crônicas inesquecíveis ficaram registradas na extinta revista Manchete, onde Távola se popularizou. Ele costumava dizer: “Intelectual não lê o que eu escrevo, porque eu tenho muita preocupação de escrever para o grande público. E eu escrevo crônica, que é considerado um gênero menor. Não é, mas foi caracterizado assim”. O jornalista estava com 72 anos e faleceu em decorrência de problemas cardíacos, em sua casa, no bairro do Leblon. Era pai do ator André Barros, da Rede Globo, que na novela “Celebridade” interpretou um jornalista.

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Mensagem N°35083
De: Pedro Eduardo Data: Sexta 9/5/2008 18:26:42
Cidade: Montes Claros

Fiquei sabendo por alto que já estaria autorizado o corte de uma linda árvore, guapuruvu, que na época de flora dá lindas flores amarelas. Este guapuruvu está situado na Rua José Maria de Alckmim. Não entendi o motivo do corte! Alguém poderia se pronunciar a respeito disso. Vamos fazer uma mobilização para que esta não seja cortada. Aquela árvore parece ser centenária.

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Mensagem N°35081
De: Jorge Silveira Data: Sexta 9/5/2008 17:53:47
Cidade: Montes Claros

Difícil entender a matemática do governo no caso do aumento dos combustíveis. Segundo a equipe econômica, o governo diminuiu o valor da CIDE sobre a gasolina e o álcool para evitar um aumento da inflação, que já começa a incomodar. Entretanto, autorizou um aumento de cerca de 10% para o óleo diesel. Ora, todo mundo sabe que o Brasil é movido pelo transporte rodoviário e caminhão usa é óleo diesel. Nas cidades, o transporte coletivo também usa é óleo diesel. Imagina-se então que vamos ter um custo maior dos fretes, que será repassado para os produtos. E o povo logo, logo vai pagar mais também pelas passagens dos transportes coletivos. Enquanto isso, o governo vai financiar quem anda de veículo particular.Mais inteligente teria sido subir a gasolina e o álcool, diminuindo o número de veículos particulares nas ruas, e subsidiar o óleo diesel, barateando o custo dos fretes e do transporte coletivo. Esta equação parece óbvia, mas num governo populista como este, o importante é sempre agir de forma a agradar a maioria. Ainda que mais tarde todos venham a pagar o preço da demagogia.Mas aí, é só jogar a culpa nas "zelites". E o presidente Lula dizer que não sabia de nada.

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Mensagem N°35066
De: Waldyr Senna Data: Sexta 9/5/2008 13:00:44
Cidade: Montes Claros/MG

Punição pelo voto

Waldyr Senna Batista

A denominação – Escola do legislativo – sugere estabelecimento de ensino com salas de aula, carteiras, quadro verde, retroprojetores, multimídia e professores. Mas não é. Trata-se de extensão da Câmara municipal de Montes Claros, montada segundo modelos que funcionam em outras grandes cidades, cuja definição é: “... espaço de formação profissional, de reflexão democrática e de criação, sistematização e difusão do conhecimento técnico, especializado na área legislativa”.
A definição ajuda pouco. O presidente da Câmara, Coriolano Ribeiro, procura trocar em miúdos: “O papel que a Escola do legislativo tem é o de buscar (...) a conscientização política. E isso se consegue através da qualidade, da informação consciente e da formação da verdadeira cidadania”. E acrescenta: “Queremos essa interatividade: o poder público e o cidadão, como um todo, na consolidação de uma sociedade certamente melhor do que vivemos hoje”.
Também adiantou quase nada. Mas ele insiste: “Ou seja, finalmente estamos em plenas condições de receber e atender à população com informações que ajudem na consolidação dessa política de cidadania e conscientização. É um trabalho de todos que integram a Câmara municipal, servidores e vereadores”.
Seria uma espécie de “banco de dados” ( no bom sentido, com licença da ministra Dilma Roussef) ? Pode ser. O vereador detalha: “A escola oferece à população um acervo público com variadas informações, onde as pessoas têm acesso a documentos históricos”. Ela contará com o que se denomina CAC--Centro de apoio ao cidadão, via um telecentro cuja operação terá o apoio do Ministério das comunicações e a parceria de outras entidades, entre elas a Unimontes. O CAC permitirá o atendimento de alunos de escolas públicas e particulares. Uma cartilha será lançada nesta semana contando a história do legislativo local, de forma a mostrar sua importância “na busca de uma sociedade melhor”.
O projeto da escola ensaia seus primeiros passos e vem completar o roteiro traçado pelo atual presidente da Câmara, desde o início do seu mandato, com cursos de capacitação e reciclagem de servidores. A escola é franqueada aos legislativos dos demais municípios norte-mineiros, segundo informa Macreydes Valéria Caldeira, sua diretora.
Quanto aos vereadores, embora eles também possam usá-la na forma de assessoramento técnico e participação em cursos, há quem duvide de que eles venham a utilizar esses meios. A maioria dos vereadores gosta mesmo é de iniciativas que lhe garanta voto, sendo desprezível o quesito de preparo técnico. Os que adotam tal conduta deveriam rever esse conceito, levando em conta que, mais do que os servidores, a imagem do Legislativo é a que eles projetam. E, convenhamos, nos últimos tempos ela não tem sido das melhores.
Aliás, na semana passada, a Câmara local sofreu mais um baque, com repercussão negativa na grande mídia. Despacho do juiz Richardison Xavier Brant, da 2ª Vara da Fazenda Pública, determinou o seqüestro de bens de três vereadores e de três ex-vereadores, acusados de terem utilizado indevidamente o reembolso de despesas realizadas em período de recesso. Esse novo escândalo soma-se ao da chamada “operação pombo correio”, desfechada em 2005 pela polícia federal, pelo fato de vereadores terem usado notas frias de posto da ECT para obtenção de dinheiro da mesma rubrica. Seis deles foram algemados em casa e conduzidos à prisão, uma violência considerada abusiva, já que nem inquérito existia. O caso de agora é mais grave, pois trata-se de decisão judicial, que só pode ser revista em instância superior e a ela não cabe o rótulo de abusiva.
É claro que a Escola do legislativo, se existisse antes, não teria evitado o que se pode denominar de desvio de conduta desses vereadores. O remédio mais apropriado para esses casos é o voto, e isso está nas mãos do eleitor.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°35048
De: Francine Data: Quinta 8/5/2008 20:15:02
Cidade: São Paulo

Querem saber por que as redes de TV têm um só assunto nestes dias, o caso Isabella? É fácil. Percorram todos os jornais, todos os sites, leiam as revistas, tudo, remexam em toda parte e verão que a pasmaceira é geral, total. A política, isolada nas cúpulas, já não prende a atenção de ninguém, antes entedia, pois não traz mais qualquer tipo de esperança. Então, o assunto único passa a ser o caso Isabella, pisado e repisado, ou o que lhe suceder. Examinem bem. Já vivemos tempos melhores.

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Mensagem N°35040
De: Wanderlino Arruda Data: Quinta 8/5/2008 15:58:53
Cidade: Montes Claros

GODOFREDO GUEDES

Godofredo Guedes, em várias décadas, foi o artista mais completo de Montes Claros: na pintura e no desenho publicitário. Na pintura, com figuras humanas fictícias e reais, paisagens urbanas e campestres, marinhas; no desenho publicitário, em portas, carrocerias de caminhões e paredes de estabelecimentos comerciais. Sua maior produção era a de letreiros em muros, placas, faixas e cartazes.
Um bom exemplo de qualidade. Tudo que Godofredo fez foi com a busca de um acabamento perfeito, principalmente nas cores, que ele não admitia não fossem reais. Enquanto não achava a cor exata de cada detalhe, não descansava. Vi-o muitas vezes gastando horas preciosas na busca de uma tonalidade, seja nas cores primárias ou nas secundárias. Ele produzia as suas próprias tintas, com exceção do verde. Seus azuis eram realmente maravilhosos, principalmente o celeste e o turquesa.
Creio que foi a pintura e o desenho o foco real de toda a sua vida. O estúdio ao lado de sua casa de morada, na Rua Rui Barbosa, tinha um vendaval de tintas que iam do chão ao teto. Praticamente todo o seu tempo era empregado na produção de telas e molduras para os quadros, assim como dos suportes para a confecção das placas.
A música – composição e execução – era mais uma forma de diletantismo a que o intelectual Godofredo Guedes se via ligado nos momentos de ócio. Foi músico profissional somente nos tempos de juventude, no Clube Minas Gerais, famoso cassino que ficava na esquina das ruas Carlos Gomes com Visconde de Ouro Preto, no centro de Montes Claros. Muitas das músicas cantadas pelo filho Beto Guedes eram composições antigas, acredito criadas ainda quando morava na Bahia.
Meu convívio com Godofredo foi a partir de 1974, quando de meu início na pintura. Era raro o dia que eu deixava de ir à sua casa para ficar sentado numa banqueta ao lado da sua. Passava longas horas, ouvindo-o e vendo o seu trabalho, suas explicações sobre cores e luzes, sobre a importância dos reflexos e das sombras. Ele gostava muito de mim e eu gostava muito dele, sendo grande a nossa afinidade em assuntos históricos e geográficos, principalmente na geografia humana. Godô era um homem culto, interessado em tudo que representasse conhecimento e marcasse progresso. Conhecedor profundo de formas e perspectivas, seus modelos – pessoas e coisas – faziam parte do seu próprio sentido de vida.
Dizia-me sempre que fui o seu único aluno de pintura, pois nem aos seus filhos e netos ensinava sua arte e seu ofício. Para ele a vida de artista era muito triste, economicamente pouco valorizada, sem sentido para quem precisasse vencer na vida. Dava muito prestígio, muita fantasia num sentido cultural, mas pouquíssimo dinheiro para a feira semanal de D. Júlia, sua mulher. Ele só não era infeliz, porque adorava ser um criador de belezas, vibrava com a própria habilidade nas tintas e nos pincéis. A mim me ensinava porque sabia que eu era independente financeiramente, e não precisava do dinheiro que a pintura pudesse me proporcionar, assim como acontecia também com Konstantin Christoff e com Samuel Figueira.
Muitas e muitas vezes contava-me sobre suas experiências como pintor em Belo Horizonte, expositor na Feira de Artes dos domingos, principalmente da alegria dos montes-clarenses quando viam seus quadros das igrejinhas dos Morrinhos e da Avenida Cel. Prates. Outro quatro seu que fazia o maior sucesso era o Palhacinho, que todo mundo achava ser o único comprador, mas que ele já havia pintado mais de novecentos. O êxito maior dos quadros da igrejinha do início da Cel. Prates era por dois motivos: primeiro porque ela não existia mais; segundo porque fora o local de batismo e de casamento de uma grande maioria. Uma lembrança mais grata a todos os corações.
Em verdade, foi Godofredo Guedes – cidadão e artista – um homem de admirável mérito, uma figura histórica exemplar, um ser realmente inesquecível. Dou graças a Deus por ter, de perto e por muito tempo, convivido com ele.

Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Mensagem N°35031
De: Oswaldo Antunes Data: Quinta 8/5/2008 11:48:00
Cidade: Montes Claros

A MENINA DILMA

Oswaldo Antunes

O que comoveu e chamou a atenção dos que viram/ouviram e não se esquecerão do detalhe, não foi a poderosa ministra da casa civil do governo. Foi “a menina de 19 anos que, torturada, mentiu para não entregar companheiros e que, quando falou, exibiu o coração e a bravura”. Lembro-me bem de como assustavam os porões da ditadura nos anos de chumbo. Ao ser chamado perante um agente policial para dar esclarecimentos a propósito de noticias sobre mau gasto do dinheiro publico, fiquei, na mesa de interrogatório, em frente a uma metralhadora engatilhada. Depois, em Juiz de Fora, no tribunal militar, o interrogador pressionou com ameaças para saber quem havia feito a noticia simples, mas significativa, do espancamento de um sepultador de indigentes por soldados armados. Foi preciso, sim, coração e coragem para sofrer as conseqüências de não entregar os companheiros, tentando valer-me dos direitos que a lei assegurava mas a ignorância negava.

Quando, não faz muito tempo, foi sepultado em Montes Claros o torturado homem do povo Porfírio Francisco de Sousa, me lembrei de Bertold Brecht a propósito dos que lutam sem esperança de vitória. Uns lutam apenas um dia e podem ser considerados bons. Mas os que mantêm o espírito de luta a vida inteira, esses são imprescindíveis. Sem eles não teria havido, na ditadura armada, a luta clandestina contra a injustiça. Como não teria funcionado a lúcida, corajosa e desconhecida liderança legitimamente popular, na defesa de idéias sociais que, embora negadas, contribuíram para o reconhecimento de muitas injustiças.

É fácil verberar aparecendo no noticiário e na TV Senado, com as mordomias asseguradas. Difícil é viver e lutar anonimamente. É tentar, sem que a mídia saiba, acabar com o analfabetismo político que impede as pessoas de ouvir, falar e participar. É estar, até o último minuto, junto ao analfabeto político que morre de fome sem saber as razões do custo de vida; do pobre que, calado, engole o preço do feijão, da farinha, do remédio e das decisões políticas; dos que, com uma simples humanidade aparentemente conformada, lutam contra a injustiça; e por intuição buscam sentido para a vida.

O depoimento mostrou a coragem dos torturados. Ali estava também uma afirmação de impossibilidade de legitima defesa contra a tortura. Apareceu, ainda, o símbolo da integração masculino/feminino que, no poder, não esqueceu a utopia necessária às conquistas e capaz de levar ao patíbulo. A ministra mostrou, com veemente clareza, o significado de uma dignidade que vem sendo esquecida, a das vítimas. Mostrou que o valor de ser digno falta nos escaninhos da política, apesar de ser suporte da grandeza. Alguns senadores que tiveram a intenção de agredir foram vistos abaixando a cabeça com respeito. Vale lembrar a frase “compreender é perdoar” quando urge o resgate da consciência política contra a violência.

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Mensagem N°35022
De: Yasmin Data: Quinta 8/5/2008 08:41:03
Cidade: M. Claros

Definitivamente, as redes de TV passaram a tratar a tragédia da menina Isabelle como um espetáculo. A população já percebe o excesso, e sente.

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Mensagem N°35018
De: Luiz de Paula Data: Quarta 7/5/2008 21:57:17
Cidade: M. Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 9)

Minha mãe era uma mulher de gênio bondoso, paciente e trabalhadora. De estatura mediana e atitudes singelas, sempre trabalhou muito na cozinha, para atender ao pessoal de casa, “camaradas” da “Fazenda do Espinho” e hóspedes, que eram freqüentes.
Nos primeiros anos não havia pensão no lugar e a nossa casa tornara-se a hospedaria oficial e gratuita das pessoas que vinham de Montes Claros e de outras localidades do Norte de Minas, para apanharem o trem da Central.
Com tanto serviço, não sobrava tempo à minha mãe, senão de quando em quando, para dar um grito ou, se estivéssemos mais próximos, sapecar um beliscão em qualquer dos 6 (seis) selvagens que tinha em casa. Depois crescemos para oito.
Fomos criados soltos, pois meu pai tinha mais em que se ocupar na loja, na Fazenda, na extração e compra de madeiras, na compra e venda de porcos, algodão, peles silvestres, mel etc.
As porcadas eram conduzidas ao Rio das Velhas, a um quilômetro de distância, duas vezes por dia. Isso era uma festa para nós.
Devo esclarecer que o pensamento de meu pai, ao transferir-se de Montes Claros para Várzea, então ponta dos trilhos da ferrovia, era trabalhar pesado ali, durante algum tempo, ganhar dinheiro e seguir em frente, para uma boa cidade, onde pudesse criar os filhos com conforto e saúde. Pensava em São Paulo. Mas as coisas não aconteceram como ele desejava. O prosseguimento dos trilhos, de Buenópolis em direção a Montes Claros reduziu o movimento comercial de Várzea com o Norte do Estado. Como meu pai havia aplicado parte de seu capital em imóveis, ficou difícil apurar com rapidez o dinheiro imobilizado.
Registre-se que a queda da produção motivada pela epidemia da Gripe Espanhola (1918/1919) na qual morreram correntistas devedores da firma Paula & Irmão, endividaram-na pesadamente.
Com o pai absorvido por trabalhos redobrados, para recompor a economia da firma, nós, os filhos, que já éramos criados com bastante liberdade, ficamos ainda mais soltos.
Fazíamos o que queríamos e quando queríamos, apanhando de vez em quando uma boa surra, quando nosso pai tinha tempo para isso.
O Geraldo, irmão mais velho, era exceção, trabalhando firme ao lado do pai.
Sofríamos todas as agruras que perseguem os meninos da roça. Durante o frio, maltratavam-nos as dores de dentes. Recordo-me de nossa mãe, sempre boa e paciente, levantando-se no meio da noite e esquentando azeite doce na chama da lamparina a querosene para tratar da dor de ouvidos do caçula, enquanto alguns de nós a puxávamos pela saia, gritando com dores de dentes. Ela, pacientemente, colocava no ouvido do caçula o algodão embebido em azeite doce aquecido, acalmava-lhe o choro e o recolocava no berço. E se voltava para nós.
- Qual é o dente que está doendo?
- É este aqui, do canto, dizíamos apontando o local.
Ela apanhava novo capucho de algodão, embebia-o em azeite doce e besuntava nossa gengiva e a área da bochecha próxima ao local dolorido e colocava na cavidade exposta uma bolinha de algodão embebido em ácido fênico ou creosoto. E dava a cada um de nós um tostão. Quando havia essa raridade.
Passado o período do frio e das dores de ouvido e de dentes, de maio a julho, vinha o fim do estio, de agosto a setembro/outubro. Era o tempo dos bichos de pé, dos carrapatos e rodoleiros. Era também o melhor tempo para caçadas e pescarias. Nós espalhávamos pelos matos e beiras de córregos. Havia ocasião em que nossa mãe só nos via à noite. Comíamos qualquer coisa e íamos dormir. E nossa mãe, terminada a labuta diária, aproveitava nosso sono para nos lavar os pés e extirpar os bichos. Nessa última operação, o instrumento era um alfinete de fraldas, com a ponta aquecida ao rubro na chama da lamparina e resfriado a sopros. Muitas e muitas vezes, eu que nessa fase era o mais novo entre os maiores, acordava estremunhado, sentindo os dois pés suspensos, enquanto minha mãe ia descobrindo os bichos de pé embaixo das unhas, entre os artelhos, na sola dos pés, e no tendão de Aquiles, a guisa de esporas. Eu resmungava qualquer coisa e vencido pelo cansaço das andanças do dia, mergulhava de novo no sono, para acordar no dia seguinte, com os pés furados e manchados de iodo.
Seguia-se o tempo das chuvas. Novamente o frio e dores de dentes. E tiririca, nos calcanhares, e frieiras, entre os dedos dos pés, apanhadas nas enxurradas e doendo e sangrando em contato com o ar. As tiriricas eram lixadas com a parte áspera dos cacos de telha e as frieiras eram tratadas com aplicações de creolina. Mas só desapareciam ao cessarem as chuvas, em março/abril. Perseguiam-nos, também nessa ocasião, os brotos, nome que se dava as nascidas ou pequenos abscessos que irrompiam nas pernas e braços em conseqüência do consumo imoderado de mangas, pequis e outros frutos considerados “quentes”, pelo vulgo. Alguns desses brotos inflamavam e evoluíam para perebas e feridas, que tratávamos com água de cozimento de cascas de pau santo e barbatimão (adstringentes, ricos em tanino) e para cicatrizar aplicávamos carvão moído de caule de embaúba.
As chuvas terminavam em março para abril e em maio voltava o tempo de frio, com as dores de dentes.
Durante o ano sofríamos as doenças comuns às crianças. O sarampo, tratado com chá de “jasmim de cachorro”, ou seja excremento de cachorro ressecado e envelhecido sob a ação do tempo. Caxumba, tratada com aplicação tópica de massa formada com compressa de casa de marimbondos. Catapora, curava-se com o tempo. Cobreiro ou cobrelo (herpes-zoster), sofri certa ocasião. A região das virilhas, entre as pernas, abriu-se em chagas ardentes, de um lado e outro, aos 5 para 6 anos de idade. Não suportava o contato da calça. Minha mãe costurou para mim, em sua velha máquina Singer, de oito gavetas, uma camisola, que eu vestia constrangido pelos apupos dos irmãos. Fui tratado com “simpatia” aplicada pela velha Regina, mulher do José Bruno, empregado de meu pai. Só a muito custo, e em face das dores que sentia, permiti que ela visse o local da doença. Para o tratamento ela requisitou uma faca virgem (o que me causou justificadas desconfianças) ou seja faca retirada da loja, que ela apertava de um lado e outro de minhas virilhas, enquanto balbuciava uma reza apropriada. Em seguida passou sobre as chagas três galhinhos de arruda, que atirou para trás, por sobre os ombros, mandando depois que verificássemos como ficaram murchos, bom sinal para a cura. E mais: sarna, coqueluche, impingem (impetigo), dermatose contagiosa que se tratava com esfregaço de pólvora negra transformada em pasta com suco de limão. Lombrigas: tratadas com óleo de Santa Maria (óleo de mastruço). Os resfriados e conseqüentes defluxos nos perseguiam constantemente.
Para cicatrização das feridas, se falhava o pó de carvão de embaúba, meu pai preparava um pó infalível à base de iodofórmio, sulfato de quinino, pós de Joanes e mercúrio.
Nossos cabelos cresciam muito. De vez em quando nosso pai nos levava ao quintal e um a um nos mandava sentar no tôpo de um barril vazio e pelava nossas cabeças com máquina zero, enquanto os outros corriam pelo quintal, em cavalos de pau, ou carreavam com bois de ossos ou de mangas verdes.
O dia pior de nossa vida era o dia de tomar lombrigueiro. Meu pai consultava a folhinha, marcava a fase da lua em quarto minguante e nos anunciava: tal dia não tomem café pela manhã porque vai ser dia de lombrigueiro. Não nos adiantava apelar. Tomava-se o lombrigueiro em cápsulas de óleo de santa maria (mastruço) e algumas horas após, um purgativo salino.


(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35002
De: Wilson Data: Quarta 7/5/2008 10:59:45
Cidade: M. Claros

Foi balela, puro despiste, a informação de que o novo cadeião de Montes Claros (que consumiu mais dinheiro do que aprisão de segurança máxima de Francisco Sá) contribuiria para desativar a antiga cadeia. Não desativou, pelo contrário. O novo cadeião já está quase cheio, enquanto a velha cadeia já "hospeda" quase 200 presos. Do total, 11 são de Manga e 99 de Contagem, depois dos 77 de Santa Luzia. (...)

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Mensagem N°34992
De: Web Outros Data: Quarta 7/5/2008 09:36:25
Cidade: Belo Horizonte

O baluarte que cai

Manoel Hygino (Hoje em Dia)

Tenho duas coisas a contar; uma boa e outra ruim. Que dizer primeiro? Dúvida cruel, mas indesviável. Com resposta também imprescindível. Vamos à notícia benfazeja. Reivaldo Canela lança o primeiro livro. O inaugural? Suponho que sim, não conheço outro anterior.
O autor escreve bem, vem de longa e bem afortunada experiência nos jornais, pertenceu e pertence a grêmios literários, tem estirpe, vem conquistando manifestações favoráveis dos leitores, sobretudo os norte-mineiros, dos quais nasceu e junto aos quais convive.
‘Menino Pescador‘ é autobiográfico, valorizado pela fiel descrição de sítios e personagens, da flora e fauna de extensa e sofrida região. Sente-se o cheiro das flores e a cor das plumas das aves. Por conhecer esses quase mistérios, que escapam ao visitante desinteressado, ama o que vê e sente.
No berço, aprendeu a entender a significação da família, que se vai desagregando modernamente ao sabor do vento. A violência reinante é testemunho do esgarçamento do tecido social. Os pais viveram bem e tiveram filhos, soberanos até nos nomes: Reivaldo, Reinine, Reinilson, Reinice e Reinilde.
O alter ego de Reivaldo é Nivaldo, mas tudo flui da fonte ascendente, de Cândido Canela, o maior poeta sertanejo do Norte de Minas, e de Laurinda, casados a despeito das divergências políticas antigas. Viveram e foram felizes aqui e, depois, quando se mudaram para dimensões mais altas.
É espelho de uma época em que as pessoas do interior, desesperançadas dos poderes públicos, mantinham-se fiéis a tradições, lutando para sobreviver honestamente e deixar exemplo de probidade aos filhos. Recorda-se um período bravo, mas mais decente, quando se brigava por valores sociais e humanos maiores, e cuidava de preservar o meio ambiente, sem preocupação de campanhas e slogans, porque se sentiu o sertão se desfigurar, destruído por muitos e perniciosos interesses.
Nessas páginas que li, revigorei-me com o halo do sertão em que também nasci, e em que, quando a Justiça pública falhava, se lutava, ainda que impropriamente, para fazer prevalecer o bom e o digno entre os homens. Nozinho Canela, serventuário público, autêntico, defendia pela imprensa e na tribuna da edilidade o patrimônio maior que os avós legaram ao bem comum.
‘Menino Pescador‘ é uma demonstração da solidez de cultura de um povo. Nada faz esmorecer essa gente, de que Reivaldo Canela é porta-voz e que tão bem descreve os pássaros, as árvores, os peixes, a bonança da chuva e a inclemência das longas estiagens.
Enfatiza a importância da célula familiar para que a sociedade não se perca nos desvãos ínvios de uma época materializada e consumista, fomentada pelos meios de comunicação e incrementada ao desvario por perigosos agentes, como as drogas e toda ilegalidade a elas associada.
Em resumo, esse livro diz que não é difícil ser honesto e coerente, que é possível ser feliz e contribuir para a felicidade alheia.
Afora as belas lembranças da terra sertaneja e de sua gente, há muito a se aproveitar no trabalho do autor, inclusive sua boa poesia. Não são as veredas de Rosa. Mas é o cerrado, das terras mais fracas e ácidas, zona do pau torto, mas que - se intocado, se respeitado - é vivo e vibrante. Tem beleza e tem vigor.
A segunda notícia é a má. A casa da praça Honorato Alves, em que viveram Cândido e Laurinda, onde criaram filhos e netos, vai ser demolida para ceder espaço a um fruto do progresso. Cai uma baluarte do sertanismo em Minas Gerais.

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Mensagem N°34984
De: Daniel Data: Quarta 7/5/2008 07:26:39
Cidade: Montes Claros

Li nesse mural a reclamanção de cidadãos que queriam apenas descansar enquanto a cidade era tomada pelo barulho do Carnamontes. Na ocasião um leitor falava das providências jurídicas de cunho coletivo que estava tomando para fazer valer o cumprimento da LEI!! Gostaria de saber como aderir a este movimento e juntar minha assinatura! Nada contra o evento! Tudo contra o local realizado e a forma truculenta como se gasta o dinheiro público!!!

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Mensagem N°34983
De: Petrônio Braz Data: Quarta 7/5/2008 07:12:56
Cidade: Montes Claros/MG

Ainda a transposição

A convite do prof. Luiz Giovani Santa Rosa estive ontem na Casa do Rotariano, em Montes Claros, onde proferir palestra sobre a transposição das águas do rio São Francisco, ou melhor, sobre o Programa de desenvolvimento sustentável do semi-árido, projetado para atendimento às vitais necessidades dos nordestinos.
Recebi, hoje, do acadêmico Manoel Hygino dos Santos, do HOJE em Dia, um e-mail pedindo-me os tópicos principais da palestra.
Existem aqueles que são a favor e os que são contra o projeto de transposição das águas do rio São Francisco, já em fase inicial de execução. Os que são a favor do projeto, não devem ter gostado. Os que são contra, aplaudiram. Essa dicotomia entre o bem e o mal, o sim e o não, Deus e o Demônio, existe deste os tempos de Adão e Eva.
Em princípio poderíamos dizer que nós mineiros nada teríamos a ganhar ou a perder com a transposição, posto que as águas do rio já terão cumprido o seu papel em Minas. Todavia, procurei enfocar o fato de ser Minas Gerais o Estado fornecedor de setenta e cinco por cento das águas, que descem para a calha do rio e, no entanto, há menos de um quilômetro do rio, nas duas margens, o norte-mineiro passa fome e tem sede, tanto que, todos os anos os Municípios decretam situação de emergência ou estado de calamidade pública, por falta de água, e nenhum projeto é conhecido com vista a minorar esta situação.
Nós fornecemos as águas que descem, sem serem aproveitadas no seu nascedouro pelos mineiros, por carência de ação administrativa responsável. Não só os nordestinos têm necessidade de água no período das secas, também o norte-mineiro carece do precioso líquido.
O rio São Francisco corta terras de cinco Estados, todavia, com exceção da região do Alto-médio São Francisco (acima de Pirapora), as populações ribeirinhas, drenadas pelo rio, vivem em estado de pobreza quase absoluta.
Embora tenham sido apresentados projetos com vistas à revitalização do rio São Francisco, em Minas Gerais, são em verdade micro-projetos, sem a força convincente de uma ação séria nesse sentido. Minas Gerais precisa de um macro-projeto de revitalização, de uma ação positiva, não só com vistas à despoluição de nossos rios, mas principalmente com a revitalização de todos os afluentes do ex-grande Rio. Revitalizar é fazer renascer, dar nova vida.
Mesmo em si considerando que nada temos a ver com a transposição das águas do rio, depois que elas deixam o território de nosso Estado, como brasileiros temos o direito de analisar, também, os lados positivos e negativos do Projeto de transposição, embora não se saiba, com efetividade, qual o Projeto que está sendo executado, já que o original foi alterado várias vezes, não se tendo conhecimento do que está efetivamente sendo implantado. O Projeto apresentado nas audiências públicas foi modificado.
Sabe-se que a energia gasta com o processo de bombeamento da água, para abastecimento dos dois canais, somada à energia que deixará de ser produzida pelo complexo de Paulo Afonso, comprometerá a energia gerada pela Usina de Sobradinho.
Não se levou em conta, com objetividade, a questão da evaporação, sem considerarmos o fato da evaporação no curso do rio até Sobradinho. Somente no lago da Represa de Sobradinho, a evaporação corresponde ao volume de água lançado no rio São Francisco pelo rio Corrente.
A infiltração, como outro fator importante, absorverá grande quantidade da água bombeada. Os terrenos das áreas de caatinga são de natureza sedimentar, com alta capacidade de infiltração.
É fato notório, e disto todo mundo tem conhecimento, que a água é o maior fator de atração humana. Numa região semi-árida, vai ser impossível o controle do deslocamento das populações vizinhas para as margens dos canais. Isto provocará o esgotamento da água antes de chegar ao seu destino.
Por outro lado, o prazo previsto para a execução das obras é de vinte anos, a um custo inicial estimado em sete bilhões de reais. Historicamente, no Brasil, nenhum governo conclui obra por outro iniciada, ainda mais sendo polêmica como é o caso da transposição.
Está nascendo, no Nordeste, uma nova Transamazônica, de uma nova Perimetral Norte, uma nova Ferrovia do Aço.

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Mensagem N°34980
De: Gilson Data: Terça 6/5/2008 20:56:14
Cidade: Moc

Para Gerson-Mens.34922-Seria consideravél sua colocação se na placa do referido veículo não houvesse as inscrições em letras garrafais"Gabinete do Prefeito", portanto, não se pode justificar o injustificavél, o minímo que se exige é respeito pela coisa pública.

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Mensagem N°34977
De: Prefeitura Data: Terça 6/5/2008 20:03:56
Cidade: Montes Claros

(...)O Grupo Makro, maior atacadista do Brasil, anunciou na manhã desta terça-feira, 6, o início de suas atividades em Montes Claros. A direção da empresa esteve reunida no gabinete do prefeito Athos Avelino, quando fez o anúncio oficial da instalação de um supermercado, que funcionará na avenida Governador Magalhães Pinto, 3.789, no bairro Planalto, nas proximidades do aeroporto, onde era sediada a FUJI - indústria de componentes eletrônicos, fechada devido à perda dos incentivos da Sudene. Estão sendo investidos R$ 15 milhões na nova unidade da Makro, com a geração de 250 empregos diretos e indiretos..
Estiveram presentes ao encontro com o prefeito os diretores do Grupo Makro José Luiz Posseti, André Luiz Santoro, Roberto Ribeiro, além do engenheiro responsável pela construção, Oswaldo Bombasei, e do futuro gerente da unidade local, Adeir de Jesus. De acordo com José Luiz Posseti, o Makro ocupará terreno de 68 mil metros quadrados. A área construída será de 8 mil metros. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até a segunda quinzena do mês de julho, com previsão de inauguração para o dia 30 daquele mês.
Segundo Posseti, a unidade montes-clarense terá como foco o pequeno e médio comerciantes, tendo o grupo resolvido se instalar em Montes Claros por conta de sua importância econômica e ao fato de a cidade ser pólo regional. Levantamento feito pela empresa apontou que Montes Claros absorve demanda de comerciantes num raio de 350 quilômetros de distância. A previsão é de que 70% das vendas sejam feitas para comerciantes locais e 30% para cidades da região. “Resolvemos nos instalar aqui tendo em vista a importância de Montes Claros e do reconhecimento da sua potencialidade econômica regional”, explicou Posseti, revelando que Montes Claros ganhou a disputa concorrendo com cidades como Feira de Santana, na Bahia.
Atualmente, a Makro tem 57 lojas no Brasil e até o final do ano mais 8 unidades serão inauguradas. A companhia tem 52 restaurantes e 25 postos de combustíveis. O Brasil representa 60% das vendas do Grupo na América do Sul. A Makro também está presente na Argentina, Colômbia e Venezuela. No total, são 2 milhões de clientes. As vendas com cartões representam 14% do faturamento. (...)

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Mensagem N°34971
De: Natália Data: Terça 6/5/2008 17:29:14
Cidade: SP

O promotor público pediu a prisão dos Nardoni, pai e madrasta, acusados da morte da menina Isabella. Agora, só depende do juiz decretar ou não a prisão.

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Mensagem N°34969
De: José Fernando Data: Terça 6/5/2008 17:17:28
Cidade: BH

Os travestis que complicaram Ronaldo, o fenômenos, agora descomplicaram: apareceram de surpresa na delegacia e voltaram atrás em tudo. Disseram que inventaram a história para "subir na vida". O terceiro travesti - e que não é Andréia, que hoje voltou atrás na acusação - ainda vai falar. De maneira que não houve nada daquilo que antes foi notícia exaustiva no rádio, na tv e também na capa da Veja. Pura ilusão de ótica ou invenção da imprensa. (...)

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Mensagem N°34963
De: Gilberto Data: Terça 6/5/2008 15:24:08
Cidade: Sete Lagoas

Não é só em Moc que a coisa está feia. Hoje de madrugada invadiram um hospital de Sete Lagoas para matar um homem internado. Dois pistoleiros saltaram o muro e mataram com sete tiros Jeferson Márcio Lopes, de 22 anos, que estava com mais 5 doentes no quarto. A vítima havia escapado de um atentado sábado e foi internada com 4 tiros. Nesta madrugada, morreu no escuro do quarto - e os demais internados disseram que não viram nada. Há acerto de drogas no meio, suspeita a polícia.

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Mensagem N°34941
De: Marlene Silveira Data: Segunda 5/5/2008 23:22:50
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O carnamontes gerou cerca de mil empregos informais. Depois de 04 noites sem dormir vou ficar outra noite sem dormir por causa deste "barulho". Acredito que esta informação foi dada em plena ressaca, pois causa coceira enm nossos ouvidos.

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Mensagem N°34939
De: Getúlio Caires Data: Segunda 5/5/2008 22:55:39
Cidade: M. Claros

Nome: Getúlio Caires
E-mail: gcaires@bol.com.br
Mensagem: Refiro-me à mensagem do colunista José Prates sobre "Janaúba Sessentona", pois,vivi também em Janaúba naquela saudosa época. Lembro ao José Prates que o motor de luz que fornecia energia para a cidade era desligado às 10 hs e não às 12, o mesmo ficava numa oficina naquela pracinha da Igreja ao lado da casa do Sr. Catulé, e quem tomava conta do motor era o Sr. Onofre que era também quem operava o cinema existente naquela época de propriedade do Sr. Veraldino (Cine Primavera). Permita-me o sr.Prates fazer uma correção, Moisés Lacerda apenas tinha uma loja de tecidos e quem comprava, algodão, milho, mamona, etc. além dos já citados pelo José Prates (Veraldino Silva e Sr. Virgílio Souza e Silva) era Marcolino Barbosa, que era correspondentes bancários de alguns Bancos (Mineiro da Produção, Lavoura, Ind.e Comércio, Banco do Brasil), pois seria muito luxo ter agência bancária na Janaúba de então. Por fim quero lembrar o nome do Interventor para fazer jus a tão digna pessoa, Sr. Álvaro.

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Mensagem N°34935
De: Walter Data: Segunda 5/5/2008 21:37:29
Cidade: Montes Claros/MG

Moradores do aglomerado da vila Mauricéia estão invadindo um loteamento que fica em frente a av. Oldemar Santos bem em frente aos seus barracos que estes ficam embaixo da rede de alta tensão da cemig. A varios anos eles moram ali e sempre se ouviu falar de todos os prefeitos que entram na prefeitura é que irão construir casas em outros locais pra eles e nada só campanha eleitoral. Agora desde a semana passada eles estão limpando o terreno e já demarcaram cada um seus lotes e dezenas de barracos já estão em pé, e até hj não vi ninguém da prefeitura para pelo menos averiguar o que está acontecendo, a policia militar esteve no local no dia que eles começaram depois disso todos os dias os barracos aumentam. Será que ninguém da prefeitura ou até mesmo o dono do loteamento irá ver o que esta acontecendo? Ou será mais uma favela em Montes Claros...

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Mensagem N°34927
De: Jorge Silveira Data: Segunda 5/5/2008 18:17:05
Cidade: Montes Claros

Esta indagação feita pelo sr. Eduardo, mensagem 34.921, à prefeitura municipal, sobre a destinação de 600 mil reais para a realização do Carnamontes, deveria ser feita pelos nossos dignos vereadores, pois a eles cabe fiscalizar as ações do executivo. Como até hoje não houve resposta à indagação, feita há quase 30 dias atrás - e agora repetida - supõe-se que seja verdadeira. E neste caso, o município estaria destinando recursos públicos para um evento onde os lucros são destinados para empresas privadas. Meio esquisito, não? Já que a prefeitura não se digna responder a dúvida de um cidadão-contribuinte, aqueles poucos vereadores independentes deveriam cobrar de forma oficial uma resposta do sr. prefeito. Até por educação, qualquer cidadão deveria ser tratado com maior respeito pela municipalidade, pois afinal é a população que paga os salários do prefeito e de seus assessores. E é um direito de qualquer cidadão solicitar esclarecimentos sobre a destinação dos recursos da municipalidade. E é obrigação da prefeitura prestar contas à população. Quem prega tanta transparência na publicidade oficial, não precisaria nem ser cobrado naquilo que deveria ser um hábito do sr. prefeito e assessores: prestar contas de seus atos aos contribuintes. Quem exerce cargo público precisa estar consciente, sempre, que seu patrão é o cidadão, que paga impostos e sustenta o governo, seja federal, estadual ou municipal.

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Mensagem N°34921
De: Eduardo Data: Segunda 5/5/2008 17:10:17
Cidade: M. Claros

A prefeitura até agora não confirmou (nem negou) que destinou 600 mil reais da população para o carnamontes, evento realizado em área pública (avenida e praça) destinado a gerar lucro para empresas particulares. Seria bom que também confirmasse que pagou à PM pelo eficiente policiamento no local. Por fim, gostaríamos de saber quem ficará com o lucro, e qual foi ele.Sei que o negócio de venda de cervejas foi altamente lucrativos. (...) Agradecemos antecipadamente.

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Mensagem N°34909
De: Jorge Silveira Data: Segunda 5/5/2008 12:58:44
Cidade: Montes Claros

Atendendo o pedido do cronista montes-clarense José Prates, radicado hoje no Rio de Janeiro, a quem leio sempre com prazer, algumas pequenas informações sobre Janaúba, que completa 60 anos de emancipação político-administrativa agora em 2008. A cidade cresceu tanto, a partir da década de 80, com a implantação do Projeto de Irrigação do Gorutuba, que, provavelmente, o cronista José Prates não conseguirá mais reconhecê-la. Janaúba deve ser hoje o terceiro maior município da região, em população e em arrecadação, só perdendo para Montes Claros e Pirapora. Aquela Janaúba que José Prates conheceu não existe mais. Transformou-se quase numa pequena metrópole, grande produtora de frutas, especialmente banana, e bonito pólo turístico, com a barragem do Bico da Pedra, construída pela Codevasf, empresa pública federal com sede em Montes Claros. Janaúba tem também uma das pecuárias mais fortes da região e sua exposição agropecuária só perde na região para a de Montes Claros. Como pode notar, caro cronista José Prates, assim como ocorreu com a nossa querida Montes Claros, também Janaúba foi descaracterizada pelo progresso. Não existe mais o bucólico povoado surgido com a Estação da Central do Brasil e que se resumia em algumas pequenas ruas que desaguavam na Praça Dr.Roquete Azevedo (se não estou enganado, este é o nome da Praça). Janaúba é hoje uma cidade de médio porte, progressista e forte na agricultura, na pecuária e no comércio. E abriga um grande frigorífico, antigo Frigodias, hoje Independência, que abate 1.100 cabeças de gado por dia. Esta a Janaúba que você verá hoje, caso resolva retornar para revê-la.

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Mensagem N°34908
De: PM Data: Segunda 5/5/2008 12:31:17
Cidade: M. Claros

Todo o esforço desprendido pelos policiais militares do 10º Batalhão, nos dias 02 e 03 de Maio, foram revertidos em um Carnamontes tranqüilo. O Comando do 10º Batalhão da Polícia Militar avaliou de maneira positiva o resultado dos dois dias de festa que reuniu aproximadamente 80 mil foliões de Montes Claros, cidades vizinhas e até de outros estados, no mega circuito instalado na Praça dos Jatobás.
Com a parceria da Polícia Civil, apoio do 55º Batalhão de Infantaria, do 7º Batalhão de Bombeiros Militares, da Guarda Municipal, do Samu, e seguranças da rede privada, o 10º Batalhão garantiu a segurança do evento empregando mais de 200 policiais militares, 29 viaturas, equipes de Bike Patrulhas, câmeras de monitoramento e a cobertura imprescindível da aeronave, Pégasus 08. Tudo isso, sem prejuízo do restante da cidade onde foi mantido o policiamento motorizado, à pé e Bikes efetuando a “Operação Presença”.
Mesmo em face do extraordinário número de pessoas presentes nos dois dias do Carnamontes, a Polícia Militar conduziu apenas 21 pessoas, registrou 38 ocorrências, 17 delas relacionadas a crime contra o patrimônio e apenas 01 registro de lesão corporal.
O sucesso na manutenção da ordem durante o evento repercutiu positivamente em toda a região e foi alvo de elogios de toda a comunidade, que parabenizaram o trabalho da Polícia Militar e seus parceiros. Montes Claros, 05 de Maio de 2008.

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Mensagem N°34905
De: Luiz Ribeiro Data: Segunda 5/5/2008 12:12:27
Cidade: Montes Claros/MG

Em relação a mensagem 34.895,de Inácio Clemente Ruas, por favor, pode repassar o e seu e-mail ou telefone, para que eu possa fazer contato, a fim de produzir uma reportagem. Meu contato: luizribeiromoc@hotmail.com

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Mensagem N°34903
De: Jorge Silveira Data: Segunda 5/5/2008 11:32:03
Cidade: Montes Claros

Quem é atleticano da velha-guarda sabe que o atual time do Atlético é um dos piores dos últimos 50 anos. Não pode nem ser chamado de time: é um amontoado de jogadores de segunda categoria (com raríssimas exceções). O presidente Ziza Valadares, que já foi um jogador medíocre, deveria se envergonhar e formar um elenco capaz de representar bem as tradições do Clube Atlético Mineiro. Não queremos nenhum Reinaldo, ou Cerezzo, ou Zé do Monte, ou Dario. Nem mesmo Eder, Marcelo, Ubaldo, João Leite, Luizinho ou Mário de Castro. Mas os atleticanos merecem um time que pelo menos não nos faça passar vergonha. Se não é capaz de dar este mínimo aos torcedores, o presidente Ziza Valadares deveria ter um pouco que fosse de dignidade e renunciar ao cargo, entregando o clube a quem tivesse competência para honrar as cores do Atlético.A continuar como está, o Atlético corre todos os riscos de cair novamente para a segunda divisão. E olha que o campeonato brasileiro começa já na próxima semana. Será que estes caras que estão lá mandando no Atlético não têm vergonha na cara?

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Mensagem N°34901
De: Hudson Data: Segunda 5/5/2008 10:57:30
Cidade: M. Claros

Dia desses, estava na porta de um barzinho próximo da minha casa fazendo churrasco e com o volume do som do carro um pouco alto, passou uma viatura, pediu para que abaixassemos o som pois estava incomodando os vizinhos, caso contrário, a secretaria do meio abiente iria medir o volume do som e apreender o carro com o equipamento de som, e prontamente abaixamos o som, perguntamos se houve alguma reclamação dos vizinhos, me responderam que não, más como a lei existe eles estavam cumprindo, antes mesmo das reclamações. Fica agora a minha pergunta: Por que a lei só serve para uns e para outros não? Cadê a secretaria do meio ambiente, que não resolve nada mesmo diante de tantas reclamações? Acho que precisamos de uma respota. Foi assim no ano passado, este ano e podem esperar, se não for feito nada, será também no ano que vem. O que existe é um jogo de interesses por parte de organizadores, e nós ficamos a mercê de uma secretaria que cria as leis más não tem interesse de executá-las quando tem gente grande envolvida.

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Mensagem N°34896
De: Bebel e Vinny Data: Segunda 5/5/2008 10:00:39
Cidade: Goteborg/s

Nome: Bebel e Vinny
E-mail: belallopes@yahoo.com.br
Telefone: (38) 32153039
Cidade/UF: Goteborg/s
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Mensagem N°34891
De: José Prates Data: Segunda 5/5/2008 09:23:40
Cidade: RIO DE JANEIRO RJ

JANAÚBA SESSENTONA

José Prates

Da esplanada da estação cheia de casas de ferroviários, até a Praça da Igreja, onde ficava a maioria das residências e o comércio resumido a duas ou três lojas que vendia “de um tudo”, tinha que percorrer uma estrada poeirenta, com cerca de arame de um lado, separando a estrada de ferro e do outro lado, uma casa aqui, outra ali entrando numa rua que começava a nascer, saindo da praça. Fora a mansão do Dr. Maurício, dentista de profissão que chegou com a construção da estrada e se firmou ali, tornando-se político mais tarde, não havia mais nada, nem pra lá nem pra cá. Só mato rasteiro, numa área vazia até o rio Gorutuba, caudaloso, onde a garotada ao final da tarde, ia dar um mergulho, pulando da ribanceira.. Do outro lado da ferrovia, pouco distante da praça, um amontoado de casas em ruas estreitas, cheia de bares e botequins com iluminação a carbureto que a moçada chamava de “fovôco”. Era ali que o jovem solteiro, sem compromisso, ia divertir-se à noite, nos bares com cadeiras nas calçadas, com as “mundanas” disponíveis que se ofereciam como mercadoria em feira livre.
Luz elétrica somente depois das seis horas da tarde até a meia noite, tempo que funcionava o motor a diesel, que não me lembro onde ficava. Era um povoado que crescia rápido com muita gente que vinha de fora. Mesmo assim, todo mundo conhecia todo mundo a ponto de dar bom dia ou boa tarde ao se cruzarem na rua e os homens, reverentes, tiravam o chapéu à passagem de uma mulher.
Era um distrito do município de Francisco Sá. Um distrito que crescia pelo trabalho e apoio de pessoas como o Dr. Mauricio de Azevedo, Antonino Catolé, Veraldino Conrado da Silva, Péricles de Oliveira, Moisés Bento Lacerda e alguns outros que buscavam com muito esforço, o progresso daquele povoado. Todos vieram com a estrada de ferro, trabalhando na sua construção e ali ficaram integrando a população que começou a crescer.
A economia básica era a agricultura, destacando-se milho e algodão. Compradores desses produtos, três eram os principais: “seu” Veraldino, Moisés e “seu” Virgílio. Tinham seus armazéns próprios que enchiam desses produtos para despacharem em vagões lotados, para lugares distantes, como Belo Horizonte, Rio e São Paulo, onde estavam as firmas compradoras..
O trem, mixto de carga e passageiro, vindo de Montes Claros, era diário. Apenas uma parada de uma hora, prosseguindo pra Monte Azul, final da linha. “Na hora do trem”, a plataforma da estação estava sempre cheia e festiva. Muitos que esperavam quem chegava e muitos que se despediam dos que partiam. A locomotiva Maria fumaça soltava seu grito na entrada da reta de chegada e o guarda-chave corria de bandeira na mão, pra liberar o sinal. O trem entrava devagar, arquejante, com o sino repicando como saudação aos que lhe esperavam.
Mais gente foi chegando, mais meninos nascendo e o número de crianças foi aumentando de ano a ano. Com tanta criança, veio a primeira escola estadual de ensino primário, instalada na praça, num prédio com quatro salas, construído pra esse fim. Foi dirigida pela professora D. Lourdes Maia esposa de “seu” Veraldino.
O povoado crescia rápido. Com o crescimento, veio o Posto Policial com três soldados e um cabo; a delegacia tinha uma cela que vivia aberta, e pelo que sei, nunca foi usada.. O cartório de registro civil com o escrivão Odethon B. Cavalcante, não demorou a vir e com ele o Juiz de Paz, fazedor de casamentos. O correio instalou-se na rua nova que saia da praça rumo à estação de trem. O primeiro Hotel instalou-se, também, na praça e era freqüentado por viajantes que por ali passavam com freqüência, vindos a negócio.
Havia vida social. Eram os bailes domingueiros no clube ou nas noites de sábado no salão do hotel. A juventude comparecia em massa, dançando agarradinho, ao som da sanfona de “Zé pé pro mato”, sob os olhares fiscalizadores das mães das donzelas. Bebida alcoólica, só para “os mais velhos”. À meia noite, a sirene avisava que a luz ia apagar. O baile acabava.
Ao final de 1948, o distrito foi emancipado e criado o município de Janaúba.
Dias depois era fundada a cidade de Janaúba, em solenidade festiva no salão do clube, com a presença do Dr. José Esteves, Deputado Federal pelo PR e fazendeiro na região; Dr. .Antonio Pimenta, Deputado Estadual pelo PSD e o Dr. Plínio Ribeiro candidato a Deputado Federal pelo PSD, juntamente com representantes locais como Antonino Catulé, Veraldino Silva, Dr. Maurício Azevedo e eu, com meus 22 anos; um menino de sete anos, eu não me lembro o nome, representou os filhos da terra. A ata de fundação da cidade foi lavrada por Odethon Cavlcante e assinada por todos os presentes. Uma salva de vinte e um tiros saudou a cidade que nascia banhada pelo rio gorutuba e envolta nas fraldas da esperança e do amor de um grupo de amantes da terra.
Um Interventor nomeado pelo Governo do Estado assumiu e organizou a Prefeitura e eleições para Prefeito e vereadores foram marcadas. Candidataram-se para Prefeito Percles de Oliveira pelo PR com apoio de Antnino Catolé. Pela UDN candidatou-se Mauricio de Azevedo. A campanha foi desenvolvida com tranqüilidade, com os candidatos percorrendo o município, levando as suas propostas. Terminada a eleição, verificou-se a vitória de Mauricio de Azevedo, primeiro Prefeito eleito de Janaúba.
Como Janaúba. está hoje, não sei. Mais de meio século sem ir até lá. Bem que gostaria de saber. Mandem-me notícias. Leio todos os dias o “moc.com”

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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