Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: A mineira YaraManoel Hygino - Jornal ´Hoje em Dia´O que surpreende em Yara Tupynambá não é a artista, suficientemente reconhecida, dentro e fora de nossos rincões. Nem mais a sua incrível capacidade de produzir, sem perder a qualidade.Yara se revela em cada criação, mas também a empreendedora que se tornou, participando de todos os atos, comparecendo a reuniões, apresentando projetos, discutindo o papel do artista na sociedade, a sua importância, material e imaterial.Não concordo com Darcy Ribeiro, conterrâneo e primo de Yara, quando diz que é “a pintora da nostalgia da mineiridade”. De fato, ela capta, extrai, assimila, a beleza colorida da terra mineira e de suas gentes, em sua autenticidade, em sua originalidade, em sua tradicionalidade, e sabe transmiti-las em grandeza.Só concordo com Darcy quando diz que sua obra se fez importantíssima para os mineiros que vivem exilados de nossa terra e certamente sentirão como é bela e como são belas as gentes que ocupam os vales e montanhas das Minas e das Gerais. Há Guignard, sim, em sua arte, porque também o mestre foi esplendoroso na sua criação.A nossa querida Maza de Palermo, jornalista e poeta, também empreendedora, se identifica comigo no sentimento da obra de Yara: só mesmo Minas, seus homens de barro e seus homens de ferro, os rios entrando montanha a dentro, vencendo a rijeza da pedra, e as mulheres de campana nas janelas cercadas de flores ou espinhos.Tais imagens, que Yara trouxe dos cafundós sertanejos, de gente muito especial no ser, no falar, no afirmar-se, estão em sua produção, extensa e admirável. E ela tem atelier, instituto, site e tudo mais que a máquina moderna espera e exige.Luís Giffoni, escritor já reconhecido, também mineiro, diz o que tem a dizer sobre a pintura de Yara. Que “herdou a garra natal para, com olhar exclusivo, gerar simbiose entre a terra e a arte, encerrando dentro de suas obras o efêmero e o permanente da vida. Felizmente para nós, como no verso apaixonado de Gonzaga, ela “tomou de Minas a estrada”.Agora, sob patrocínio d o Governo de Minas e em promoção do Centro de Artesanato Mineiro e do Instituto que tem seu nome, Yara lançou bela publicação com o título “Artesanato Mineiro”. E o fez ao ensejo do 19 de março, dia de São José, mestre carpinteiro, protetor da família dos trabalhadores, institucionalizado como Dia do Artesão.É guia utilíssimo para quem se dedica ou quer se dedicar a tão delicada forma de expressão humana. Orienta, esclarece, ensina, inclusive quanto ao valor agregado das peças, quantidade e qualidade do que se produz, como se comportar no comércio, comunicar e divulgar. Enfim, um volume que muito há de servir ao artesão.No prefácio, a justificativa: aqui em Minas se encontra o artesanato mais diversificado e rico do país, por sua originalidade, qualidade e variedade de matérias-primas, algumas só encontradas nestas muitas Minas Gerais.Lembro de minha terra, com peças confeccionadas pelas artesãs em barro e em palha, junto ao velho Mercado, destruído pela voracidade do progresso e, às vezes, pela insensibilidade das autoridades. Mesmo assim, com esse material e mais ouro, ferro, madeira, pedras, vidro e outros objetos, Minas supera dificuldades e obstáculos e vence.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima