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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: COISAS MONTES-CLARENSES

Estando no palanque como mestre de cerimônias em uma festa popular, o radialista Gelson Dias chamou ao palco o popular edil Conrado. Este informou ao pé do ouvido do velho GD que não sabia falar de improviso, mas mesmo assim falou e deu conta do recado.
Terminada a fala e já conversando à parte com o radialista e sem perceberem que o microfone ainda estava ligado, Conrado confidenciou: Ô Gelso! Eu tô até ficando bom nessa joça de fala! Noutra cena, Dácio Cabeludo encontra o seu filho afoito e o mesmo pede dinheiro para pagar um taxi e se apresentar a tempo no quartel do Exército, já que tinha perdido o lotação.
Dácio não se fez de rogado e estando liso meteu a mão no bolso tirou uma moeda de vinte centavos colocando-a teatralmente em cima da mesa e sentenciando: Taí, vintão!
Numa noite de sábado, o halterofilista e lutador Leônidas Lino, a mãe de Tico Lopes e Tone Tijolo foram a um circo mambembe recém instalado na cidade. A atração principal era a Mulher-onça, que se apresentou vestida à caráter.
O mestre de cerimônias fez a leitura do “curriculum” da amazona e em seguida desafiou qualquer homem da platéia a enfrentá-la numa luta de vale tudo no ringue montado, informando, de antemão, pelo megafone, que o lutador que se apresentasse “levaria o maior cacête da história”. Mal sabia ele que aquela era a noite de desdita da sua guerreira de palco...
Como caldo de galinha e prudência não faz mal a ninguém, Leônidas, bom de briga, se encolheu atrás do Tone Tijolo evitando ser identificado e ficou “na dele”, já que tinha como filosofia não bater em mulher.
Enquanto isso o holofote era projetado sobre a multidão na platéia. Sorrateiro, Tone Tijolo sabedor de que o gigante Leônidas tinha cócegas nos vazios apertou dois dedos nas laterais do mesmo.
Leônidas deu um pulo de gato e gritou: Aiii! Tone aproveitou e gritou em seguida: Aquiii!! A platéia aplaudiu em delírio e o oficiante anunciou o nosso lutador como adversário para o enfrentamento.
Como não tinha mais jeito de voltar atrás, Leônidas, o lutador, ficou embromando no palco tirando a sua roupa lentamente até ficar só de calção e esperando que algum imprevisto viesse a livrá-lo daquela situação prálá de inusitada e cancelar a briga.
A indefectível mulher onça, que já tinha tomado umas pingas curraleiras e estava com o guengo mole, notando o acabrunhamento do nosso herói o cobriu de pesadas, bofetes, catiripapos e tabefes! Correu o rodo e aplicou chaves voadoras à vontade enquanto o nosso lutador apenas se defendia e dava tempo ao tempo esperando o término do “round” evitando, assim, que o pior acontecesse.
A inocente platéia em delírio aplaudia a mulher onça e vaiava o nosso halterofilista lutador. Leônidas com a cabeça fervendo de vergonha pulou como uma fera e agarrou a lutadora pelos meios. Ergueu-a e ato seguinte lançou-a como um saco de batatas para se estatelar bem no meio da platéia!
Foi aí que Tone Tijolo sentenciou: “Leônidas a levantou tão alto que os pés dela bateram no trapézio!”

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