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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Obra na 135 começa e será investigada - Girleno Alencar Da Sucursal - Montes Claros - A reforma do trecho da BR-135 entre Montes Claros e Engenheiro Navarro, de 103 quilômetros, começou na manhã de ontem, com o Consórcio Conserva/Egesa. A previsão é a de que as obras sejam concluídas em dois anos, apesar de o contrato estabelecer o prazo de três anos. O trecho total a ser restaurado é de 300 quilômetros e foi dividido em três lotes - os serviços nos outros dois iniciaram no mês passado. A reforma da rodovia, no entanto, está causando polêmica. O procurador da República em Montes Claros, André de Vasconcelos Dias, instaurou inquérito civil público para investigar a licitação. O chefe do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) em Montes Claros, Antônio Péricles Ferreira Lobo, afirma que o contrato do terceiro lote foi assinado em abril, e o consórcio de construtoras realizou os estudos técnicos e topográficos, em maio, para começar as obras neste mês. “A frente de serviço será iniciada a partir de Montes Claros. A empresa tem três anos para executar as obras, mas sua diretoria informou que pretende realizá-las em dois anos, antecipando o prazo limite”, alega. A ordem de serviço foi assinada no dia 6 de abril, pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em solenidade pública realizada em Montes Claros. Em maio, começaram as obras dos dois primeiros lotes, do Trevo da BR 040 até Curvelo e de Curvelo ao Trevo de Engenheiro Navarro. Uma das pistas da rodovia foi interditada, para que as máquinas começassem a retirada do piso asfáltico, cuja base será substituída. No caso da investigação sobre o processo licitatório, o procurador André de Vasconcelos alega que está na fase inicial, aguardando os laudos de vistorias realizadas pela Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União e Polícia Rodoviária Federal, para avaliar os valores da reforma da BR-135. “A licitação foi feita para refazer integralmente a rodovia. Porém, em 2003 e 2004, foram realizadas várias obras, além de tapa-buracos, com alguns trechos inclusive sendo reconstruídos. Há trechos em bom estado de conservação. Queremos saber por qual motivo será retirado esse asfalto, e não será usada a base que já foi feita. Queremos saber também, caso seja comprovada a necessidade de troca total, se houve omissão do Dnit nos últimos anos. Foram obras vultosas e, agora, querem fazer o empreendimento sem aproveitar nada”, alega o procurador. Ele descarta a possibilidade de as obras serem paralisadas por causa da investigação, alegando que somente começou o inquérito civil, sem ter decisão formada. “Posso garantir à comunidade do Norte de Minas que não haverá paralisação das obras. Sabemos da importância desta rodovia para a região. Depois de concluída a investigação, se comprovada alguma irregularidade, pediremos a adequação do projeto, para preservar o dinheiro público. O Ministério Público Federal tem contribuído para a reforma da rodovia e não permitirá a paralisação das obras”, afirma o procurador.

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