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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 29 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Leonardo Álvares da Silva Campos

A Paleoantropologia, ciência que estuda o homem primitivo é o tema do primeiro livro de Leonardo Álvares da Silva Campos - ´O Homem na Pré-história´, constituindo-se o campo de estudos de sua preferência.
Leio na Resenha do Rê, de Reginauro Silva: “Lançado de mão em mão, faz sucesso intramuros, com tendência a ganhar o mundo, o livro ‘A Inacabada Família Humana’, do estudioso e pesquisador Leonardo Álvares da Silva Campos. Entre os temas abordados pelo advogado e paleontólogo estão filosofia, política, costumes, amor, história, atualidade... Nosso exemplar não sai da cabeceira, até que consigamos degustar todo o seu conteúdo”.
Das mãos de Leonardo Campos recebi um exemplar de seu livro “A Inacabada Família Humana” que veio a lume com selo do Armazém de Ideias, de Belo Horizonte. Como se extrata do Prefácio, trata-se de um livro diferente subdividido em dez atos. Mas não é essa necessariamente a dessemelhança, ela sobressai do texto, do conteúdo que nos faz serpear em sinuosos raciocínios de contradições espirituais. Em um ato primeiro, Leonardo Campos veleja em abstrações existentes no domínio das ideias, desenvolvendo informações em busca de uma afirmação ideológica. Devaneia destemido, e nos faz vaguear em análises de um racionalismo lógico entre o agnóstico e o ateu, buscando definir-se em espaço limitado entre a ciência e a fé. Ele, nessa linha, com intensidade de saber, nos conduz pela mão ao encontro de informações de fundamental importância, que nos levam da aurora da humanidade aos primeiros passos do cristianismo. Aprofunda-se em identificações renovadoras. Ele cuida da análise objetiva do cristianismo primitivo, com suas contradições bíblicas mercê do Concílio de Nicéia, enfocando muito o patriarca bíblico Enoque (autor de tantas colocações atribuídas, tempos depois, a Cristo) e os achados na Tumba de Talpot, na velha Jerusalém, dos restos mortais de Jesus, de um seu filho, de sua mãe Maria e outros seus familiares. Conclui o primeiro ato dizendo que se não fosse o ministério de Paulo de Tarso (São Paulo), o apóstolo da diáspora do cristianismo, este hoje provavelmente não existiria.
Através de diálogos entre interlocutores indefinidos, pertencentes à imperfeita família humana, em dias de torpor da vida modorrenta, somos levados a ver o mundo pelo prisma da Divina Comédia, a declamar o poema “Vou-me Embora pra Pasárgada” de Manoel Bandeira e reler “Minha Luta” de Adolf Hitler. Ou, ainda, identificarmos os males das relações entre os primatas evoluídos, o desvio de personalidades dos adoradores de Mamom e estabelecermos uma nova visão do mito teogônico sobre a origem das divindades femininas, na ambiguidade da psique humana. Homem de cultura, Leonardo Campos tece críticas à falsa cultura, à visão turva dos que julgam os outros como eles, os julgadores, efetivamente se apresentam.
Sempre assentados, ora em um bar, ora em uma praça, os interlocutores divagam entre verdades e inverdades, sobre “opressões do sistema em suas noites soturnas, sobre o homem funéreo travestido de cordeiro, sobre deuses nórdicos ou sobre a sabedoria eterna das nossas origens na poeira de estrelas”. Em um terceiro momento os colocutores analisam as relações entre o público e o privado, que eles identificam como um momento catártico pela necessidade de purificação e nos levam, por esta via, a Aristóteles em presença de um drama emocional. Estaríamos vivendo em um País de Tropicana, de mera ficção, tão bom quanto desejamos que fosse? É possível que sim, pois a cada período eleitoral, como lembra Leonardo Campos, “os políticos aparecem pedindo votos”. Eles nesse período conseguem ser convincentes, mas “somem após, como num passe de mágica, e nós só voltamos a vê-los no período eleitoral subsequente.”
Com objetividade, os indefinidos personagens analisam a eterna dicotomia entre o bem e o mal e, através deles, Leonardo Campos nos faz cientes de que a Inquisição suplantou os horrores perpetrados por Hitler. Observa ele que “se Hitler planejou o seu Terceiro Reich para durar mil anos, o mesmo se revelou afinal o mais curto de todos, desintegrando-se em apenas doze anos. A seu turno, a Inquisição triunfou por mil anos.” De ser apontado, por oportuno, que um dos interlocutores, cita palavras de Hitler, que ainda se fazem presentes no contexto da humanidade: “Logo que aparecer um homem que conheça profundamente as misérias do seu povo e que procure enxergar claramente a natureza dos seus males, tentando remediar tudo, logo que ele visar a um fim e traçar o caminho a seguir, imediatamente os espíritos mais mesquinhos ficam atentos, seguindo com ansiedade os passos desse homem que chamou para si a atenção geral.”

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