Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: CARROÇAS CIRCULAM NAS RUAS José Prates A última crônica do jornalista Oswaldo Antunes, publicada aqui, nos deixou surpresos ao referir-se às carroças de burros circulando nas ruas estreitas da cidade de Montes Claros. Quem, como nós, mora há muito tempo em outro lugar, o contacto que mantém com essa cidade é através de noticias divulgadas nos jornais locais que nos chegam pela internet. Por essas noticias e fotos estampadas, a visão que se tem e que nos orgulha a todos, é de uma cidade civilizada, com foros de metrópole que abriga uma universidade onde milhares de jovens preparam-se para a vida no mercado de trabalho. Dentro desse aspecto, não é possível a quem vive fora, imaginar carroças a burro circulando nas ruas, transportando carga ou coletando alguma coisa. No passado que ficou distante, era até necessária a carroça como meio de transporte. As ruas estreitas vazias de povo e de automoveis, não sentiam o trânsito de carroças e carros de bois, tidas como coisa natural na época. Hoje, em nossos dias, quando em tudo é exigido rapidez e comodidade, não se justifica esse meio de transporte nem como saudosismo. Aliás, nas Posturas Municipais que são a Constituição Municipal devem estar estabelecidas regras e disciplinas para o transporte público e privado na cidade e por certo, proíbem o transito desses veículos no centro. Nesse caso, diz o dr. Oswaldo, que “é de se estranhar que essa irregularidade esteja sendo permitida. E somente se pode culpar por esse desmazelo à fiscalização, os secretários. O prefeito não pode ser o responsável, embora adversários contumazes estejam dizendo que sim,” com o que concordamos quanto à culpa. Não há culpa do Sr. Prefeito por estarem carroças circulando no centro. Responsabilidade há porque amplas são as suas atribuições e grandes, portanto, suas responsabilidades, tanto do ponto de vista legal, quanto pelo fato de que é o principal depositário da confiança popular para a solução dos problemas da cidade ou do Município. A circulação de carroças com tração animal nas ruas estreitas, trazendo dificuldades ao transito normal de automóveis e caminhões, é um problema sério, não por culpa do Prefeito. Mas a ele cabe a responsabilidade de saná-lo. Como dissemos acima, o trânsito de veículos nas ruas da cidade é regulamentado pelo poder publico através de leis e códigos, cuja fiscalização do cumprimento e respeito pelos munícipes é de responsabilidade da Prefeitura, através dos seus fiscais a quem é delegado poderes para isto. Se não está havendo fiscalização é devido à negligência desses fiscais e ai está a responsabilidade do Prefeito na imposição do cumprimento da lei, apurando ou mandando apurar porque não há fiscalização. Continua o dr. Oswaldo dizendo que “há uma lei que proíbe comercio atacadista na zona residencial para evitar o trânsito central de caminhões. E, no entanto, ao passar pelos diversos bairros centrais se podem ver caminhões imensos, jamantas, carregando e descarregando toda espécie de mercadoria. E quando fazem isso, ocupam quase toda a pista de rolamento, estendem lonas imundas pelo chão, obstruem garagens, sujam as ruas, fazem algazarra, criam um pandemônio.” Obviamente, não é culpa do Prefeito que isto aconteça. Mas, em se tratando de um a acontecimento de conhecimento público que afeta parte da população, é, também, do seu conhecimento e lhe compete determinar providencia para coibir tais abusos. O Prefeito é um delegado dos munícipes para administrar o município e deve fazê-lo bem para satisfazer a confiança que lhe depositaram. Se isto não acontece. Alguma coisa está errada e deve ser corrigida pelo bem da cidade. (José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima