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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 28 de setembro de 2024
 

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Mensagem: O futuro chegou Alberto Sena Ao ouvir, daqui, das dobras da Serra Geral os clamores dos conterrâneos montes-clarinos por água; ao ver as imagens de sequidão e de racionamento com rodízio; mesmo distante, mas, sofrendo com todos a situação, solidário e tudo mais, nem assim posso deixar de fazer reflexão importante diante do quadro deplorável apresentado. Gente culpada ou considerada inocente colhe hoje os frutos da imprevidência humana, queira ou não. Enquanto o cidadão encontrar água ao abrir a torneira, tudo bem, é considerado “normal”. Era normal, porque o problema passa a existir quando do cano sai só o ronco, como acontece agora, para infortúnio da população de uma cidade grande como Montes Claros. A região faz parte do Polígono das Secas. O problema é cíclico, nunca será corrigido, pelo visto, mas já podia ser atenuado com medidas sérias há muito tempo. Entretanto, os políticos responsáveis por encontrar saídas para o grave problema vieram se locupletando com o dinheiro público ao longo dos tempos e os problemas perduram. É a famosa “indústria da seca” instalada, faz parte do “mecanismo de corrupção”. Se o Norte de Minas fosse território israelense, a essa altura da existência, Montes Claros e região estariam exportando gêneros de todo tipo para o mundo há muito tempo. A partir da maneira respeitosa como os israelenses cuidam da água. E quem conhece sabe do tamanho da carência deles porque sempre contaram com um só rio, o Jordão. Eles já estão fazenda a dessalinização da água do mar. Instalaram a maior usina do mundo. A diferença é que lá, em Israel, as coisas funcionam. O dinheiro público não é expropriado, inda mais da forma a mais vergonhosa como acontece no Brasil, a partir de um presidente da República sem legitimidade e o tempo todo na corda bamba, querendo tampar o sol com a peneira. Insiste em ocupar o cargo para satisfação dos seus apaniguados. Como montes-clarino, fico me perguntando o que aconteceu com os rios de Montes Claros? Cadê os rios Melo, Carrapato, Laginha, Pai João. E o que foi feito do Ribeirão Vieira? Quem são os responsáveis pelo fim dos rios e pelos maus tratos ao ribeirão? Façamos, pois, um exame de consciência a fim de atirarmos em nós mesmos as primeiras pedras. O Rio Congonhas era uma das esperanças de salvação para Montes Claros. O Congonhas é tributário do Rio Itacambiraçu, de onde a Copasa retira água para abastecer a população de Grão Mogol. Por mal dos pecados, o Rio Congonhas secou. E com o rio seco se foi também o sonho de construção de uma barragem para abastecimento de água à população de Montes Claros. Que a questão da água é o principal problema do mundo, daqui para a frente, ninguém deve ter mais dúvida disso. Basta espiar ao redor e verificar o que se passa aqui e em outros lugares. O ponto crucial é o que fazer para correr aceleradamente contra o prejuízo. Estamos diante da fábula “A Cigarra e a Formiga”, de Esopo. O futuro chegou. E chegou muito mais cedo do que se podia imaginar. Mas ainda haverá de piorar mais daqui para a frente porque o País está mergulhado numa crise sob todos os aspectos e principalmente de caráter, governado por políticos envolvidos de alguma ou de várias formas na Operação Lava Jato. No momento em que o governo federal entrega o nosso solo às multinacionais negociando o Aquífero Guarani e a Hidrelétrica de São Simão, o que se depreende de um ato desnaturado deste é a mesma imprevidência geradora da atual escassez de água no Norte de Minas, região fadada à desertificação. Fosse o Brasil governado por gente dotada de espírito público, tendo em vista solucionar as questões políticas, econômicas e socioambientais da população brasileira, o Aquífero Guarani jamais seria negociado. Diante de tudo isso fica a sensação de viver em País eternamente em estágio de colonização. Assim como fez Pedro Álvares Cabral, ao invadir o Brasil, presenteando os índios com seus badulaques, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. No caso de Montes Claros, cabe à Copasa encontrar a melhor maneira de resolver a questão do abastecimento. Com a Prefeitura Municipal de olho. Se a empresa fosse mais previdente teria detectado a escassez com anos de antecedência. Agora, é correr contra o tempo. Sem energia, na pior das hipóteses, é possível viver, apesar dos transtornos porque tudo para. Mas sem água, não há a menor condição. Numa hora de escassez os seres chamados humanos dão à água o real valor dela. Décadas atrás ouvíamos dizer: “Chegará o dia” – e o dia já chegou – “em que trocaremos dois barris de petróleo por um de água”.

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