Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, também teve tarifas dobradas, de 25 para 50%, desde esta quarta-feira. Medida pode desencadear retaliações no mercado internacional
Quarta 04/06/25 - 6h09Desde esta quarta-feira (4), entra em vigor nos Estados Unidos o aumento das tarifas de importação sobre aço, alumínio e seus derivados.
As tarifas passaram de 25% para 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Donald Trump.
A medida, justificada pelo governo americano como necessária para proteger a indústria nacional contra práticas comerciais desleais e garantir a segurança nacional, afeta diretamente o Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA.
Em 2024, o Brasil exportou cerca de 3,8 milhões de toneladas de aço para o mercado americano, representando aproximadamente 16% das importações totais dos EUA nesse setor.
O Reino Unido é o único país isento do novo aumento tarifário, mantendo a alíquota anterior de 25%, devido a acordo comercial bilateral recente.
Analistas apontam que a elevação das tarifas pode resultar em aumento dos preços internos nos EUA, afetando setores como construção civil, automotivo e de eletrodomésticos.
Há receio de que a medida vá desencadear retaliações comerciais por parte dos países afetados, aumentando a tensão no comércio internacional.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão americana.
Representantes da indústria siderúrgica nacional expressaram preocupação com os possíveis impactos nas exportações e na competitividade do setor.