Governo prorroga para 2012 a demarcação de áreas rurais que também aflige no Norte de Minas
Sábado 12/12/09 - 13hA decisão do presidente Lula de assinar decreto adiando por mais dois anos o prazo para que agricultores demarquem suas terras causou polêmica entre produtores rurais e ambientalistas. A prorrogação do prazo vale, inclusive, para produtores rurais que já haviam sido notificados e que estavam para pagar suas multas. "Não é anistia. O governo está convertendo em serviços ambientais a multa que a pessoa recebeu e que ainda não pagou - desde que ela se adapte à nova legislação e aos novos prazos", disse o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Pela lei, cada propriedade rural do país precisa ter uma parcela de floresta, que varia de 20% a 80% do tamanho total da propriedade. Quem desmatou, precisa recuperar a área. Organizações de defesa do meio ambiente veem na decisão do governo uma "anistia" a desmatadores. O governo argumenta que os pequenos proprietários de terra, que são maioria, têm limitações para se adequarem e que, por isso, precisam de mais tempo. O assunto é especialmente delicado no Norte de Minas. Agricultores e pecuaristas dizem que a medida, rigorosa, pode provocar 250 mil desempregos.