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Mensagem: O futuro nebuloso Manoel Hygino - Hoje em Dia Não era propósito deste redator falar da situação dramática do país em que nasceu. Ao homem que ama a terra, sua gente, sua cultura, suas tradições e seu passado, confiante no futuro, assistir aos fatos presentes dói profundamente. Quem é o culpado pelo que ora acontece, pela encrenca em que fomos metidos e que compromete a imagem externa do país e as atuais gerações? Os brasileiros conhecem a que ponto chegaram (ou chegamos), mas não sabem como dele sair. Eis a essência do problema. Na era Getúlio, no exercício do segundo mandato, quando o presidente descobriu que a nação se deixara carregar a um mar de lama (a expressão é dele), sentiu que não poderia deixar-se resvalar pela correnteza corrompida; assumiu a solução drástica, corajosa, trágica: suicidou-se com em tiro no coração. Era 24 de agosto de 1954. Transposta a barreira do século, longe do local do ato sinistro, a situação do Brasil não é melhor. A sede do governo não é mais no Rio de Janeiro, a residência oficial dos chefes de governo se transferiu ao Palácio da Alvorada que Juscelino inaugurou. Executivo, Legislativo e Judiciário ganharam, com traços de Niemeyer, sedes belas e amplas, mas não o suficiente para contemplar a desmedida ambição dos homens. Haja vista, a infinidade de processos e investigações que autoridades da República, por suas vias, responsáveis e conscientes, abriram, com toda a divulgação que a imprensa propicia aos remas de interesse pátrio. Esta é uma hora sumamente grave na vida deste país e desta nação. Evoluímos em muitos sentidos, mas, sobretudo na malversação de dinheiros do povo, no uso indevido e delituoso da máquina administrativa, na falta de sensibilidade aos mais caros anseios, demandas e reivindicações do cidadão. Pesquisa nacional do Data Folha, em novembro passado, apontou a corrupção como principal problema da atualidade. Seguem saúde, desemprego, educação e violência, embora – num plano amplo – a corrupção abranja todas as demais áreas, constituindo, em última instância, uma forma de violência contra o cidadão e a sociedade. Ela, contudo, ganhou maior força junto à opinião pública, a partir de junho de 2013, quando marcou recorde na série histórica entre nós. Por que? Bela pergunta. Muitas figuras eminentes da república (convém com r ou com R?) estão na mira das autoridades neste lúgubre ocaso de ano: Que futuro lhes é reservado? E para nossa gente? A abertura do processo de impeachment da presidente é iniciativa estritamente em consonância com o Estado em que vivemos e a legislação, embora motivos torpes e personagens altamente suspeitos tenham investido em sua aprovação. A despeito de numerosas investigações e da origem e natureza dos fatos delituosos estarem em apuração, verdade é que algo de podre persiste neste reino. Exige plena e aprofundada apuração, para que se resgate a confiança do cidadão e da sociedade nos homens que regem os destinos nacionais. Apuração. E punição, evidentemente. Caso contrário, todo esforço e sacrifício da população estarão frustrados de vez.
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