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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°37830
De: Nice Souza Data: Quarta 20/8/2008 15:38:38
Cidade: Montes Claros

As 15:37 hs da tarde e até agora nada. Merecemos pelo menos um parecer/previsão da empresa TIM quanto a quando talvez poderemos utilizar os nossos telefones, que com certeza no final do mês sem falta receberei a fatura em casa como se nada tivesse acontecido. (...)

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Mensagem N°37825
De: Fernanda Data: Quarta 20/8/2008 13:42:09
Cidade: Montes Claros

Bem...a previsão para o retorno dos serviços da TIM seria o fim da manhã, no entanto, meu relógio registra 13h35min e nada... Até quando teremos que esperar, pagando caro, para uma operadora que ultimamente, em especial nos horários de pico, como meio-dia e 18h, não tem suporte para o número de usuários? O serviço está digno de uma ação coletiva dos usuários.

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Mensagem N°37824
De: UAI Data: Quarta 20/8/2008 13:23:04
Cidade: Belo Horizonte/MG

Bebê prematuro sobrevive após mãe morrer baleada Karina Novy - TV Alterosa Um bebê prematuro de 7 meses de gestação foi salvo após a mãe dele, de 24 anos, morrer baleada . O crime aconteceu por volta das 22 horas dessa terça-feira, no bairro Vargem Grande II, em Montes Claros, quando a vítima Cristiane do Carmo Silva estava em casa.
Segundo a Polícia Militar, o estudante J.M.R.J, de 17 anos, foi até a casa da vítima para pegar um documento. Com medo de abrir a porta, a moça teria passado os papéis por baixo da porta, o que teria irritado o menor. “Ele quebrou a janela da sala e invadiu a casa. Cristiane correu para o banheiro e trancou a porta. Foi quando o adolescente efetuou o disparo que atravessou a porta e atingiu a cabeça dela”, detalha o militar.
Vizinhos teriam ouvido o tiro e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que chegou cerca de 10 minutos após o chamado. No local, a equipe constatou o óbito da mãe, mas percebeu sinais vitais do bebê. “Ele mexia na barriga. Foi então que decidimos realizar uma cesária no próprio local, já que havia chances de salvar a criança”, explica o médico e tenente militar Antônio Sérgio Barcala Jorge, que trabalha na equipe há pelo menos três anos.
“Se não fizéssemos a cirurgia, ele morreria em questão de minutos por falta de oxigênio. O bebê sofreu uma parada respiratória, foi reanimado e levado imediatamente para o hospital”. O médico se diz gratificado com o trabalho: “Conseguimos salvar a vida de um inocente”, conclui.
O bebê chegou bastante debilitado como qualquer prematuro, informa o médico Rilton Ribeiro Brandão Teles, responsável pelo plantão do Hospital Universitário de Montes Claros e o primeiro a atender ao recém nascido”. Ele chegou com insuficiência respiratória e o estado de saúde é grave”. O médico destaca o trabalho do colega de profissão. Ele tomou a melhor decisão naquela hora. Em muitos casos de cesária fora do hospital, os bebês não são salvos com vida”, afirma.
O recém-nascido, um menino com 1,10 kg, está sendo atendido numa das salas de emergência do hospital, onde foi improvisado todos os serviços de uma UTI neo-natal. Ainda não há previsão de alta já que a criança requer cuidados especiais. Os familiares de Cristiane do Carmo estão sendo contatados. Até o momento o suspeito de cometer o crime não foi localizado.
O suspeito de 17 anos acabou sendo preso pela PM no momento em que tentava fugir, de carona, pela BR 365, para o município de Coração de Jesus, no Norte de Minas. Ele foi levado para a delegacia de Montes Claros.

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Mensagem N°37819
De: Aender Data: Quarta 20/8/2008 12:06:08
Cidade: Montes Claros - mg  País: brasil

´Sou usuário dos telefones Tim e acompanheio hoje o drama de todo mundo que usa esta empresa.Todos estão fora do ar, desde a madrugada. Pessoas do sistema corporativo estão arrancando o cabelo, pois cessou toda a comunicação. Imagina isto numa empresa? Semana passada o problema ocorreu, por cerca de uma hora. Precisamos, com urgência, que a emprea venha aqui dizer, pelo menos, que hora o serviço será restabelecido.

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Mensagem N°37817
De: Lourdes Data: Quarta 20/8/2008 11:57:08
Cidade: São Paulo

Tenho uma sugestão para o Mural. Talvez já tenha mas não consegui encontrar.
Inserir uma pesquisa por techo, assim digitamos uma palavra e retornará todos os assuntos referentes a tal palavra."prefeitura de Moc" tudo relacionado virá desta busca.No mais está tudo ótimo! Parabéns e Boa Sorte

(N. da Redação: este sistema já existe, na primeira página, na coluna à esquerda, Buscar no Site)

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Mensagem N°37815
De: DANIELA Data: Quarta 20/8/2008 11:28:54
Cidade: moc

tim sem funcionar... Velox tambem....
è... Estamos feitos... Pagamos caro pelo "serviços" e não temos... (...)
!

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Mensagem N°37814
De: Josué Data: Quarta 20/8/2008 11:21:09
Cidade: Moc

20/08/08 - 9h09 - "...em virtude de ações de expansão da rede móvel para ampliar a prestação de serviço na região do DDD 38, detectou uma falha técnica imprevista em seus equipamentos às 02h30 de hoje, 20 de agosto, impactando os serviços de voz e dados da operadora. A TIM..."

Pelo menos, a TIM veio a público e deu uma explicação aos seus milhares de usuários em Montes Claros. Ponto para a empresa, neste ponto. E a OI, que nada fala sobre os graves problemas que acontecem há mais de dois meses sobre o seu produto Velox e permanece indiferente, distante, como se nada estivesse acontecendo? Apenas cala-se, e no fim do mês manda a conta, como se tudo estivesse bem. (...)

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Mensagem N°37810
De: José Simplício Data: Quarta 20/8/2008 10:51:51
Cidade: Montes Claros

Sim, Montes Claros tem mesmo abalos sísmicos, tremores de terra. Mas, nada que se compare ao arraso que os políticos promovem. O ex-prefeito Toninho Rebello dizia que, depois de suas duas administrações, uma ou no máximo duas saneariam os problemas graves de Montes Claros. Não pôde prever, não poderia, que os prefeitos seguintes, eles mesmos, patrocinariam o desastre, piorando aquilo que poderia ser resolvido com um pouco de boa vontade e honradez. Favelização, demagogia, oportunismo, empreguismo, nepotismo, populismo, obras eleitoreiras desnecessárias, presídios em áreas povoadas, destruição de símbolos da cidade, propaganda mentirosa, uma lista infinda, se fôssemos citar tudo. Toninho viu Montes Claros com alta qualidade de vida poucos anos depois dele, ainda no horizonte. Não viu o que seriam capazes os políticos, que fazem de tudo para subir na vida, enquanto empurram todo o resto para baixo, para servir de escora aos seus pés, ávidos de poder e de outras coisas e (...). No futuro, que fatalmente não demorará, os estudiosos se debruçarão sobre a tragédia que foi a última fornada de prefeitos de Montes Claros, quase todos, pensando mais em si do que no conjunto. A qualidade de vida despencou, há um virtual toque de recolher no começo de toda noite, a violência campeia, tudo em nome de arrancar votos de qualquer maneira, ao custo de todo tipo de mentira e tapeação (...)Não é sem razão que, hoje, todos os políticos, de todas as correntes, citam o nome de Toninho Rebello, muito embora o tenham combatido com acidez, e sem razão, por oportunismo. Carreiristas da traição - diria Carlos Lacerda. A imagem de Toninho cresce, a deles desaba. E a história, mestra da vida, revelará quem foi quem, e assim se fará justiça, ainda que tardia. Há coisas que só o tempo, senhor dos homens, é capaz de revelar com nitidez.

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Mensagem N°37808
De: Fernando Maia Data: Quarta 20/8/2008 10:31:23
Cidade: Montes Claros

No site da Tim nenhum esclarecimento sequer sobre a falta do sinal de rede que a horas vem se transformando em prejuízos para muitos..Absurdo isso!!.

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Mensagem N°37806
De: Morador Data: Quarta 20/8/2008 09:49:11
Cidade: Montes Claros

Briga por causa de mulher, acaba em tiroteio no Maracanã, 2 foram baleados e 1 pessoa levou uma facãozada na cabeça. Começa de novo em Montes Claros, as triste notícias .... Lamentável O mesmo pessoal do samu que fez o parto dessa mulher , foi quem salvou a vida desse rapaz baleado, fazendo a retirada das balas no meio da rua mesmo, estão de PARABÉNS, pela agilidade e competência.

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Mensagem N°37802
De: LUCILENE PORTO Data: Quarta 20/8/2008 09:04:53
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Samu faz parto de mulher assassinada em Montes Claros, no bairro Vargem Grande II. O fato aconteceu por volta das 23h dessa terça-feira. A criança está internada no hospital Universitário Clemente de Faria, e o corpo da mãe seria liberado para os familiares na manhã desta quarta-feira.

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Mensagem N°37801
De: SIMONE Data: Quarta 20/8/2008 08:51:38
Cidade: MONTES CLAROS/MG

A operadora TIM está sem serviço na cidade desde ontem a noite...cadê os responsáveis? O pior é que muitas empresas (como a que trabalho) está sem conseguir falar pois os planos corporativos e o tronco do PABX são TIM. Alguém sabe explicar o que está acontecendo?

(Nota da Redação: agora de manhã, às 8h52, a Tim prestou a seguinte informação à imprensa, através de e-mail: "A TIM informa que em virtude de ações de expansão da rede móvel para ampliar a prestação de serviço na região do DDD 38, detectou uma falha técnica imprevista em seus equipamentos às 02h30 de hoje, 20 de agosto, impactando os serviços de voz e dados da operadora. A TIM e seus fornecedores estão envidando todos os esforços para restabelecer a volta de seus serviços o mais prontamente possível, cuja previsão é até o final da manhã de hoje. Assessoria de Imprensa TIM")

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Mensagem N°37795
De: Hamilton Data: Terça 19/8/2008 20:48:03
Cidade: MONTES CLAROS

Realmente o velox voltou a ficar lento, acho uma falta de respeito.

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Mensagem N°37794
De: Gersier Data: Terça 19/8/2008 20:33:15
Cidade: Montes Claros

Hora: 20:26 Velocidade paga 1 giga,velocidade real 139,8 K.Download seria de 260,real 17,13.
É,tah difícil a convivência com o velox em Montes Claros.

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Mensagem N°37793
De: marisa Data: Terça 19/8/2008 19:57:06
Cidade: cruzilia mg

estava procurando uma reportagem e achei o sait amei parabens fiquei com vontade de conhecer a cidade

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Mensagem N°37781
De: Messias Data: Terça 19/8/2008 16:02:20
Cidade: Montes Claros

O serviço de internet rápida da Oi, chamado de Velox, voltou a ficar horrível em Montes Claros. Desde cedo a velocidade é mais para lentox do que para velox. O pior é que a empresa não dá a menor bola para a reclamação dos milhares de assinantes, que até agora não têm escolha de outro serviço. É preciso lembrar que isto já ocorre desde o mês de junho. É preciso que as autoridades intervenham em socorro da população, pois a empresa ignora os protestos. (...)

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Mensagem N°37778
De: RAFAEL N. Data: Terça 19/8/2008 15:44:18
Cidade: montes claros

Velox novamente lento. Para variar.

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Mensagem N°37775
De: Murilo Data: Terça 19/8/2008 14:49:42
Cidade: Montes Claros-MG

DESEMPENHO DO BRASIL NAS OLIMPÍADAS: Para o torcedor, sempre um apaixonado, o desempenho do Brasil nas Olimpíadas pode ser considerado pífio, muito aquém do esperado. Porém, se formos olhar mais acuradamente o desempenho está dentro do normal. Senão Vejamos: São mais de 200 paises competindo nas Olimpíadas em mais de 30 modalidades esportivas. A não ser os excelentes velocistas Jamaicanos e Africanos, que têm o “dom” nato para a velocidade ou algum Fenômeno em outro esporte, a maioria dos atletas de todos os países, ganhadores de medalhas em olimpíadas, são originários de faculdades e grandes clubes, tem apoio e treinam física, psicológica e emocionalmente com afinco durante anos para competir, seja na natação, na ginástica, no basquete, nos saltos, no atletismo, etc., etc., e aí sim ganham medalhas. Só para exemplificar podemos citar que no Norte e Noroeste de Minas, nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, provavelmente não existe uma Piscina Olímpica, uma Pista Oficial de Atletismo ou aparelhos para Ginástica Olímpica (em Montes Claros somente deve ter Piscina Olímpica e Pista de Atletismo no Quartel do Exército, ainda assim ociosas). Por aqui não existe esporte olímpico, apesar de contarmos com a Unimontes presente em todas estas regiões, que não deve ter apoio para o treinamento dos atletas. O César Cielo ganhador da única medalha de ouro para o Brasil até aqui (natação), mora, estuda e treina há mais de 03 (três) anos nos Estados Unidos e a maioria dos Brasileiros não o conhecem. De nada adianta a iniciativa pública e privada apoiar os atletas somente durante as competições, se não o apoiarem ao longo do tempo com os treinamentos, competições, intercâmbio de atletas. Por estas e outras é que o muralista da mensagem 37766 se considera “burro”, pois vendeu seu carro para ir às Olimpíadas ver somente a seleção olímpica de futebol masculino e saiu decepcionado com os Ronaldinhos, Patos, Diegos, Dungas e outros mais que levaram um vareio de bola dos “hermanos”. Estes atletas, técnicos e dirigentes não mais interessam pelo futebol, são riquíssimos e famosos e não nos merecem, existem outros esportes e atletas que merecem nosso apreço e apoio.

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Mensagem N°37769
De: Geogre Data: Terça 19/8/2008 13:26:11
Cidade: Montes Claros

É no mínimo curioso como as coisas se resolvem naturalmente. Agora que o Expedito (Mensagem 3776) ficou sem sua tração animal, é só ele lançar mão do "BURRO" do Arando Veloso(Mensagem 37765), que ficou sem seu Gol depois de levar tres gols em Beijing.

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Mensagem N°37766
De: Arando Veloso Data: Terça 19/8/2008 12:15:20
Cidade: Beijing - China  País: China

Eu moro em Montes Claros e vendi meu carro GOL -1.6 ano 1998 por R$18.000,00 para assistir aos jogos das olimpíadas na China. Queria ver o futebol brasileiro conquistar o primeira medalha de outro e saio decepcionado com uma selação jogando atrás. Afinal o futebol brasileiro é do povo ou de algumas pessoas já que colocam um técnico sem experiência no camando?FIQUEI SEM CARRO.Estarei de retorno ao Brasil e vou ter de trabalhar muito para comprar outro carro. Como fui burro!

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Mensagem N°37765
De: Raquel Data: Terça 19/8/2008 11:58:51
Cidade: Montes Claros

O carroceiro Expedito, chefe de um dos ternos de Catopê, ele mesmo o mais humilde, o mais simples, o mais cordato entre todos os catopês de agosto, vive um dilema. Seu burro, responsável pelo sustento da família, morreu. Ha burros de até 150 reais e ele, que recebeu a medalha de Montes Claros nos 150 anos, não tem o dinheiro para comprar o burro. Burro que, por extensão, mantém um dos três ternos dos heróicos catopês de Montes Claros.

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Mensagem N°37763
De: Alvaro Data: Terça 19/8/2008 10:44:00
Cidade: Montes Claros

O inferno para os moradores na proximidade do aeroporto parece não ter fim. A boate completamente irregular que se mudou para o local, depois de afugentada de praticamente toda a cidade, voltou a barulhar. Os moradores comemoraram uma faixa de "aluga-se" colocada na tal boate, mas a boate (ou sucursal do inferno) inexplicavelmente voltou a funcionar na última sexta-feira, incomodando muito. Dizem que há na prefeitura um esquema de natureza eleitoral garantindoo seu funcionamento ilegal, contra a lei, em troca de votos, o que não creio, pois o descontentamento que a boate patrocina é muito maior. O fato é que, contra toda a lei, ela voltou a barulhar muito. Para que serve a dispendiosa secretária do meio-ambiente? Apenas cabide de emprego? (...)

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Mensagem N°37762
De: Carlos Data: Terça 19/8/2008 10:37:14
Cidade: Montes Claros

Gostaria que o monteslaros.com divulgasse o numero de reclamações feitas sobre poluição sonora em Montes Claros e tambem o numero de reclamações feitas sobre a sujeira e a escuridão da Praça Dr. Carlos. Grato

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Mensagem N°37760
De: Gilmar Data: Terça 19/8/2008 10:14:35
Cidade: Moc

Um velho problema de Montes Claros está de volta. A falta crônica de água nas torneiras. Na década de 80, o então governador Francelino Pereira, muito ligado ao Norte de Minas, deu a Montes Claros o sistema de abastecimento de água de Juramento, uma grande represa. A promessa, de então, era que o problema estaria resolvido até o ano de 2020. Contudo, estamos em 2008, e já falta água em quase 90 dos bairros, de 6 da manhã às 10 horas da noite. A população já grita. A Copasa, como sempre, promete, e cobra caro. Há nova promessa de solução, para o ano de 2009. Enquanto não vem, está de volta, com toda pompa, a velha música "lata dágua na cabeça, lá vai Maria, lá vai Maria..."

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Mensagem N°37758
De: Raphael Reys Data: Terça 19/8/2008 09:00:28
Cidade: Moc - Mg  País: Br

O HIPNOTIZADOR

Nos anos 70, o nobre Joanir Maurício adquiriu pelo reembolso postal um livro que ensinava as artes do hipnotismo. Passou um bom tempo a estudar as técnicas sugeridas pelos mestres europeus e juntamente com o seu fiel escudeiro e caseiro Mário, que passou a ser seu ajudante de ordens, mergulharam fundo nas artes de Mesmer.
Mário, que além de caseiro era seu segurança e braço direito, se postou como cobaia do experimentador. Em conversação com Tico Lopes, Joanir lhe garantiu que em doze meses faria o Mário levitar.
Dia após dia a dupla se apresentava em praça pública em festas e eventos da família, nas fazendas de conhecidos Era um tal de : você está sob o meu domínio! Canta igual uma galinha! Ajoelha e reza de trás para frente! Levante o braço direito, abaixe a cabeça e cante uma música de Valdik Soriano!
Douta feita iniciava o show com o dizer: Você esta hipnotizado, faça tudo o que eu mandar. Aquilo era uma farsa combinada ensaiada pela dupla de notívagos, patrão e empregado, que se divertiam com a boa crença dos espectadores que fruíam a sua verve tupiniquim.
Joanir, quando inquirido pelo Tico Lopes sobre a veracidade dos movimentos apresentados, dizia: Quá Tico! Mário é um ajudante perfeito, qualquer dia desses boto ele levitando! Certa vez foram contratados para dar um show na oficina de Tio Landim. Na hora marcada para o espetáculo, a dupla chegou e se depararam com uma enorme platéia convidada composta de vizinhos e amigos do Tio Lanfim.
Todos vieram para conferir a verdadeira capacidade dos mágicos hipnotizadores e comprovarem, finalmente a validade da hipnose.Após a abertura e apresentação de praxe, Joanir iniciou a seção de hipnotismo descrevendo os experimentos a serem apresentados.
Iniciou o show: agora a página dois, Mário! Atenção, Levante o braço direito, feche os olhos e cante Boemia de trás para frente! Página 32 agora: Você esta remando uma canoa na correnteza brava do Rio São Francisco! Agora a página 44: Subindo o morro do Corcovado! Obedeça ao hipnotizador!
Prosseguiu: agora levante os braços, agache no salão e imite um jacaré! Feche os olhos ponha uma venda e sai andando e procure o hipnotizador. Levante o pé direito e mantenha levantado. Nesse instante o Tio Landim apanhou um maçarico, acendeu o bico e tomou o rumo do Mário.
Chegando perto, anunciou que chegaria o calor do bico na sola do pé do Mário, para comprovar se ele estava mesmo hipnotizado. Com o calor chegando perto, Mário abriu um dos olhos, localizou o Joanir hipnotizador e falou entre dentes: Joanir me desempenotiza logo se não esse Landim vai torrar a sola do meu pé!
Estava desmascarada a dupla de mágicos hipnotizadores tupiniquins!

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Mensagem N°37756
De: Luiz Data: Terça 19/8/2008 08:33:17
Cidade: Montes Claros

Em carta ao jornalista Noblat, o ministro Patrus anunciou que não participará da campanha eleitoral em Bocaiúva, sua terra. A carta é a seguinte:

"Li com atenção a sua coluna “Para que Patrus Ananias seja coerente”, publicada no último dia 13 de agosto, e esclareço minha posição.
Tenho muito orgulho de ser de Bocaiúva, cidade onde passei a infância, adolescência e despertei para os grandes problemas de Minas, do Brasil e da própria condição humana. Em Bocaiúva residem minha mãe e meus irmãos e irmãs, tenho meu pai e minha irmã Patrícia sepultados e guardo inúmeros vínculos familiares e afetivos.
O meu domicílio e, dentro do sentido mais amplo da palavra, o meu domicilio político eleitoral é Belo Horizonte, cidade que me acolheu em 1972, onde fui vereador, relator da lei orgânica do município, prefeito e onde construí minha vida familiar, afetiva e profissional como advogado trabalhista, professor de direito, funcionário público da Assembléia Legislativa de Minas, aprovado em concurso público, e onde está cadastrado meu título eleitoral.
Esclareço que não sou “comandante” do PT de Bocaiúva. Sou membro do diretório nacional, fui secretario-geral e presidente do PT em Minas, portanto tenho também atenção com o PT em todos os municípios, inclusive na minha terra onde, entretanto, não exerço uma militância maior.
Não obstante isso, comuniquei formalmente, em nome da minha coerência, especialmente considerando a situação de Belo Horizonte, que não participarei da campanha em Bocaiúva. Darei apoio formal aos candidatos a vereador, mas não apoiarei a chapa".

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Mensagem N°37754
De: Felisberto Data: Terça 19/8/2008 00:19:08
Cidade: New Jersey-USA

Para : Dr. Augusto Vieira Apesar de estar a milhares de quilometros de Moc, tenho o cuidado de todos os dias fazer a leitura deste site e hoje, lendo a sua cronica sobre os funcionarios do Banco do Brasil, me veio uma dor no peito, dor de saudade, do grande amigo, ELIAS RODRIGUES XAVIER, antigo funcionario do Banco do Brasil que nos deixou no dia 19.05.1990. Guardo na minha memoria e no meu coracao, a imagem deste valoroso amigo.Como disse o Dr. Luiz de Paula na ultima mensagem dele, se o Sr. me perguntasse agora, onde eu estava, eu te responderia : Estou chorando ! Choro de saudade, choro de emocao.Um grande abraco

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Mensagem N°37750
De: CLAYTON Data: Segunda 18/8/2008 20:15:35
Cidade: CORAÇÃO DE JESUS  País: brasil

Aqui em Coração de Jesus MG apareceu uma imagem numa pedra do sagrada coração de jesus durante as festividades, onde tem vindo varias pessoas de toda as partes para ver a imagem gostaria que voces divulgassem e viesse filmar e tirar fotas para mostra no jorna onde ja existe romarias vindo para aqui por favor pubçique esta mensagem obrigado

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Mensagem N°37745
De: Ruth Tupinambá Data: Segunda 18/8/2008 16:52:23
Cidade: Montes Claros

Você também é culpado

Ruth Tupinambá Graça

Você minha querida Montes Claros parece uma “coroa” que envelheceu e ficou feia... e como toda mulher vaidosa você quer ser bonita e admirada. Os anos foram passando e você foi se envelhecendo cada vez mais...
Sua mocidade e alegria foram se desaparecendo e você quase se conformou ser velha triste e sem atrativos. Você sofre muito e nos sofremos também. Nós que somos seus filhos dedicados e que gostamos muito de você procuramos uma solução para o seu caso e um remédio para o seu mal.
Você cresceu muito minha querida Montes Claros. Largas ruas e avenidas rasgaram o seu coração como mananciais fecundos levando a seus filhos mais afastados e mais humildes , conforto alegria e segurança. Como grande prazer e uma felicidade enorme nós sentimos que dia a dia você cresce mais e dentro das suas vestes multicoloridas de suas praças, jardins e avenidas surgem novas residências numa arquitetura dos grandes centros urbanos.
Dia a dia surgem novos bairros requintados onde seus filhos se esforçam, se esmeram, numa disputa continua de ter a melhor, mais confortável e luxuosa residência.
Você minha querida Montes Claros, esta talhada para ser a grande Metrópole Norte-Mineira. Sua hospitalidade é famosa de norte a sul, por que você não conhece egoísmo por que haverá sempre um lugar para mais um em seu coração de sertaneja simples e pura. Entretanto eu sinto que você esta triste, calada, magoada...
Enquanto tudo se agita dentro de você, enquanto as chaminés das grandes Industrias se elevam comprovando seu sucesso econômico, sobrem novos edifícios, dia a dia inauguram-se grandes centros comerciais surgindo novos empregos. Carros e motos entopem suas ruas escolas em todos os bairros, faculdades surgindo (como num passe de mágica) crianças brincam em suas praças, namorados e seresteiros decantam seu luar. Mas enquanto tudo cresce assustadoramente você hora.
Você chora, querida Montes Claros, e eu sei porque:
Embora você cresça,
Embora você seja amada,
Embora você se desenvolva.
Você Chora por que você não é feliz. Você não é feliz porque se esqueceram que você tem alma. Esqueceram-se que você é vaidosa que você que você é a mulher e como tal, possui um coração muito sensível cheio de amor e esperança para seus filhos.
Que você quer beleza, conforto, civilização mas também quer limpeza e higiene. Que você sente desgastada, insultada cheia de rugas e sulcos, como uma mulher desprezada, maltratada... não percebem que seu coração se sangra vendo suas ruas, praças,avenidas tão sujas cobertas de papeis imundos jogados por mãos movidas pelo vil metal (que corre abundantemente em propagandas eleitorais) num movimento puramente egoísta e interesseiro. E também pela falta de educação de milhares de pessoas que transitam pelas ruas e não têm o mínimo de respeito pela cidade transformando suas ruas e praças num verdadeiro lixo.Que você não poderia ser feliz vendo a indiferença da comunidade em relação ao seu aspecto.
Sua comunidade também é culpada pela sua tristeza sua decepção. Ela se preocupa mais com as “cifras” com a política com o futebol “com o poder e o ter” código que existe exceção felizmente. A maioria corre numa euforia meio alucinada pelos lucros pelos grandes empregos pelas oportunidades. Não pensa em você que está se acabando e se tornando ridícula em seu aspecto físico.
Esquecem-se, tão atarefados, andam, que você precisa de mais atenção mais carinho mais cuidado.
E todos culpam a administração.
É uma maneira muito tranqüila e consoladora jogando toda a culpa na administração publica! Sejamos sinceros “dando César o que é de César”. A administração atual esta se desdobrando fazendo o possível para tornar a cidade limpa agradável sobretudo reparando erros que nossa cidade sofreu nesses últimos anos.
Sabemos que a união faz a força e que a administração jamais poderá fazer tudo sozinha, arcando com erros e galhas de administrações passadas. Portanto é necessário que a comunidade se desperte libertando-se do egoísmo doentio fomentado pela política errada, deixando de lado as paixões partidárias e se conscientize do seu dever como gente. Gente de coração e fibra como é nosso sertanejo. É só questão de sacudi-lo acordando-o para sentir sua responsabilidade dentro da nossa cidade.
Trabalhemos juntos, de mãos dadas com a nossa administração publica, formando uma corrente cujos elos se entrelacem numa cooperação constante com um grande propósito: Que a nossa Montes Claros cresça. Mas cresça maravilhosamente em todos os sentidos e aspectos para a alegria e felicidade sua e de seus filhos.
E para que, minha querida Montes Claros,
Você nunca mais chore!

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°37744
De: Luiz de Paula Data: Segunda 18/8/2008 16:48:37
Cidade: Montes Claros

AMIGOS E PESQUISADORES

Luiz de Paula

Giselle e Nahílson são casados. Nós somos amigos há muitos anos. E pesquisadores de nossa história.
Aconteceu ficarmos sem nos encontrar durante algum tempo. Ao nos reencontrarmos eu lhes disse que estava ficando velho. Transpusera a casa dos 90 anos. E estava perdendo a memória. Começava a caducar.
E lhes disse que era muito triste a vida de um pesquisador que está perdendo a memória.
Eles se calaram.
- Cadê você, Giselle? – Eu perguntei.
Ela respondeu
- Desculpe, doutor. Eu estou chorando...

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Mensagem N°37736
De: Fernando Lopes Data: Segunda 18/8/2008 12:35:59
Cidade: São Paulo - Capital

Na mensagem 37727 aparece uma foto com um grupo de pessoas vestidas de branco e tocando instrumentos musicais, identificado como catopês. Pergunto: os catopês não usam mais aquelas fitas coloridas nos chapéus ?
Pelo menos, há 35 anos quando eu morava aí, eles usavam.

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Mensagem N°37731
De: José Prates Data: Segunda 18/8/2008 11:07:18
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

MINHA INFÂNCIA EM JACARACI

José Prates

A lembrança do passado, principalmente da infância ou da juventude, acontece com freqüência quando atingimos a idade avançada, apresentando-nos imagens com tamanha fidelidade que são capazes de nos transportar para lugares onde estivemos e nos mostrar cenas que ali vivemos, nos permitindo revivê-las e sentir os seus momentos com a mesma intensidade que os sentimos naquele tempo remoto. Essa lembrança com imagens tão fieis, não vem com a mesma forma na idade jovem ou na meia idade, porque aí o presente é intenso e não cede lugar ao passado que “é coisa morta”. Na idade avançada, a lembrança desse passado, revivendo intensamente os momentos felizes da infância ou da juventude, é um artifício da alma que busca um lenitivo para as amarguras da velhice, um analgésico para a dor da inatividade que martiriza idoso.
Toda minha infância foi em Jacarací, cidade onde nasci. Dessa infância tenho gratas recordações que agora emergem do arquivo da memória e se projetam na mente, fazendo-me viver um passado distante e feliz, quando não conhecia problemas que nos envolvem no cotidiano, nem sabia o que eram dificuldades na condução da vida cheia de exigências. Sinto-me correndo pelas ruas, descalço e sem camisa, fazendo parelha com outros meninos, ou então pulando no areião da rua do fogo, brincando de circo. Não sentia o tempo passar criando ou destruindo ilusões, nem tomava conhecimento das agruras de quem lutava pela sobrevivência naquele mundo pequeno. Tinha amigos, colegas de escola com quem brincava nas ruas tranqüilas, vazias de povo, onde o barulho de um carro chamava todos à porta, curiosos pela novidade. Não havia muitas atrações que despertassem o interesse, salvo os bailes no salão da Prefeitura com o soalho encerado a vela, ao som fanhoso do gramofone. O domingo começava com a missa na Igreja lotada, para um desfile de roupa nova. Futebol havia à tarde. Começou no largo da Igreja, depois foi para um campo gramado, perto da ponte, ao lado da estrada para Areia Branca. Lembro-me das cores dos dois times: um azul outro vermelho. As “partidas” tinham boa assistência que chamava o goleiro de quiper; a defesa de beque, ralf e center ralf e o meio campo de center for. Naquele tempo, no futebol, não usava termos portugueses como hoje, usava-se a pronuncia do inglês.
Eu gostava de ir ao Cruzeiro assistir à missa quando o Padre resolvia celebrá-la ali. Esse Cruzeiro que, ainda, existe até hoje, como fui informado, é uma capelinha no alto do morro. Acesso dificil. Uma escada natural, formada por lages, num corredor formado por grandes pedras, leva ao topo, onde está num planalto, a pequena igreja, tendo à frente um grande cruzeiro, visto de longe. O campanário do lado de fora, era atração da meninada. Eu ia com minha avó, sempre vestida de preto, com um chale que lhe cobria a cabeça e os ombros. Andava devagar. E nessa vagareza, eu aproveitava para observar e admirar a natureza virgem e bela que nos cercava. Nos dias de missa, juntava-me aos outros meninos, acólitos da missa. Antes, porém, estendia o olhar pela mata que circundava o morro e contemplava maravilhado, a cidade aos nossos pés. Belo e poético o espetáculo da natureza, mostrando a mata verdejante abraçando a montanha.
Areia Branca, lugar misterioso, que só a natureza pode explicar. Um lençol de areia alva como o leite, estendido no sopé do morro. Quanto mais cavam, mais alva aparece. Não tenho conhecimento de nada igual em outro lugar Para chegar à areia branca, passávamos pelos gerais floresta rala, onde encontrávamos pés de pequi, cabeça-de-negro, cagaita. mandapuçá, araçá e algumas outras frutas da região, regalo de todos.. Era uma festa pra meninada que em algazarra subia nas árvores para apanhá-las. Essa areia branca, existente, apenas ali, pelo que sei, não tinha nenhuma utilidade a não ser enfeitar presépios que naquela época, eram armados em todas as casas da cidade. Visitá-los, a todos, não era uma simples diversão, mas, quase obrigação. Existiam os mais bonitos com figuras bíblicas, sem faltar a vaca, o carneirinho no ombro do pastor, o jumento e a manjedoura com o menino, ladeado por Maria e José. Dois presépios que eu me lembro, eram os mais bonitos: o de “sà” Maria de Albino e o de dona Dedé, mulher de “seu” Mulatinho, Agente do Correio.
Revivendo essas lembranças, nós a transmitimos àqueles que as viveram conosco e os faremos senti-las e vivê-las com o mesmo prazer e alegria que elas nos proporcionaram no passado.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°37730
De: Nelson Data: Segunda 18/8/2008 10:41:21
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

É impossível separar eventos culturais e comércio, mas, nas Festas de Agosto, os que fazem o espetáculo são os que menos ganham...

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Mensagem N°37729
De: Hudson Lopes Souto Data: Segunda 18/8/2008 10:18:14
Cidade: Montes Claros/MG

Em resposta a mensagem Nº37.726 de Veronica Souto, posso até concordar com você em sentido "cultural" que a volta das manifestações na Praça Porgutal figure o verdadeiro sentido da festa. Agora se verificarmos o lado "racional",fica claro que é uma péssima idéia nos dias de hoje fazer esta festa naquela local. Além de transforma o trâsinto muito complicado ( pois aquela avenida é uma via arterial da cidade), prejudica também diretamente os comerciantes daquele local. O local ideal para estas festas continua sendo a Praça da Matriz.

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Mensagem N°37728
De: Leocádio Pedro Data: Segunda 18/8/2008 10:10:08
Cidade: MONTES CLAROS  País: Brasil

Concordo que a festa de agosto deve ser realizado no seu lugar de origem, além de ser mais aconchegante é mais ampla, não deixa o povo apetado como na Praça da Matriz, parabens pela realizaçãoda festa e esperamos que no ano que vem ela aconteça no mesmo local.

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Mensagem N°37727
De: Paulo Narciso Data: Segunda 18/8/2008 10:06:05
Cidade: Montes Claros

Mestre Hygino:
Nunca se conhece bastante a própria cidade.
Na tarde deste domingo, o Reinado de Nossa Senhora, o Reinado de São Benedito e o Império do Divino despediam-se da velha cidade, quando – seguindo o cortejo, eu mesmo catopê, de araque - olhei para cima.

Vi a placa no segundo andar, que jamais havia visto.
E a fotografei.
E envio.

São recuerdos profundos,
que apenas uma procissão de Catopês pode revelar, numa tarde de domingo, de despedidas.
Abraços, pn

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Mensagem N°37726
De: Verônica Souto Data: Segunda 18/8/2008 09:30:11
Cidade: Montes Claros

Quero parabenizar a Prefeitura e a Secretaria de Cultura, pela volta das Festas de Agosto para a Avenida Cel. Prates. Dava pra notar a satisfação dos moradores quanto a alegria de ver a festa realizada em seu local de origem. Era muito triste, nos anos anteriores, ver os marujos e caboclinhos, levantatando seus mastros sozinhos, em frente a bela Igrejnha do Rosário, enquanto os visitantes, comiam e bebiam na Praça da Matriz. Com certeza, um imenso resgate a cultura de Montes Claros

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Mensagem N°37724
De: Maria Aparecida Data: Segunda 18/8/2008 09:08:13
Cidade: Montes Claros-Mg  País: Brasil

Realmente,Concordo com a reclamação da msg no.37675.A falta de água está realmente um absurdo não está satisfazendo nenhum de nós moradores de moc.Faltando água o tempo todo e olha que nem chegou a"seca ainda",e quando chegar então?como ficaremos nós? Precisamos de água o suficiente para satisfazer as nossas necessidades e não é justo pagarmos tão caro por algo que não estamos consumindo a nosso gosto.Isso é uma verdadeira vergonha da COPASA em nossa região.

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Mensagem N°37723
De: Web Outros Data: Segunda 18/8/2008 08:52:59
Cidade: Belo Horizonte

Os que escrevem

Manoel Hygino

Sublime e insidiosa patologia: escrever. Enfermidade congênita, de que não se consegue fugir. Meu amigo Abílio Machado Filho lia sempre, todos os dias, os livros eram seus amigos, como sugerira Eduardo Frieiro. Olhar distante, assistia o alvorecer, volume ao lado.
Há pouco, li aqui o artigo de Emanuel Medeiros Vieira, o excelente autor da Santa Catarina: ‘Começamos escrevendo para viver e acabamos escrevendo para não morrer. Para quem edifica palavras, mal rompe a autora, escrever é inadiável e urgente, mesmo que nada externamente nos obrigue. Mas a necessidade interna é visceral, orgânica, chama e fogo, flecha, algo colado à pele. A literatura é um apelo de fogo, onde mora meu desespero, a minha inquietação e o meu paraíso, escreveu alguém‘.
Escrever é preciso. Duas vezes Prêmio Esso, Paulo Narciso ama a profissão de repórter: ‘Gosto muito. Há notícia por toda parte, esperando quem as colha, feito margaridas‘. Enquanto não é repórter de tempo integral viaja.
Outro dia, foi ver um rio, que saindo da terra de Ayres e Edgar da Matta Machado irriga uma propriedade sua, com seus 100 metros de largura e areias brancas, de presépio. Fica em Augusto de Lima e se chama Pardo Grande. Ilustre desconhecido de nossa civilização, mas soberbo. ‘É nossa maravilha escondida. Caso contrário, acham um jeito de matá-lo‘.
Os que escrevem, por isto nascem. Os poetas nascem poetas, afirmava-se no tempo de Bilac, Alberto de Oliveira e outros fazedores de versos que enterneceram a elite do século XIX. Prosadores são assim também, qualquer que o gênero.
Henrique Chagas, que residiu em Belo Horizonte e edita um excelente site cultural no estado de São Paulo, me envia notícias de si: ‘Acordei cedo, ainda estava na cama quando desejei caminhar pelo deserto, como faz diariamente o escritor Amós Oz, apenas para captar as vozes. Diz ele que as vozes do deserto são pratos regalados para a sua escrita.‘
Medito, como concluiu a vida terrena Abílio, ao amanhecer do sábado, que o levou consigo: ‘Gostaria, mas eu não ouço as vozes do deserto, nunca as ouvi; mas procuro ouvir as vozes do vento, aprecio dias de ventania, pois o vento carrega o som do primeiro dia da existência. Procuro ouvir aquele vento que pairou sobre as águas no momento da criação do mundo.”
Quase sempre os que escrevemos, mesmo os menos aptos e tangidos por forças misteriosas, tentamos pretensiosamente talvez compor um hino à palavra, como observou, Emanuel Medeiros Vieira. Não sem razão, Samuel Titan Jr., lembrando Borges, comentou: ‘Se o mundo dos objetos palpáveis e vida prática não é mais real que o mundo das ficções, dos sonhos e dos labirintos, e então pode ser que o autor de artifícios verbais tenha mais direito à condição de demiurgo que qualquer outro candidato.‘
Comento seguidamente sobre o poder das palavras, que servem ao bem e ao mal. A repetição em Shakespeare adverte para sua importância: Palavras, palavras, palavras. A do sacerdote no altar, a dos parlamentares na tribuna, a dos candidatos nos comícios. Toda a humanidade passa por ela. No princípio, era o verbo.
Tudo pode depender dela. Na declaração de guerra ou nos acordos de paz. Paz? Uma simples palavras de três letras, de suma significância. Precisamos fazê-la valer. No livro que se lê, no rádio que se ouve, na televisão a cuja novela se assiste ou com cujo noticiário se tem o mundo à mão: Palavra.
A verdade, a mentira, o engodo, estão nas palavras. Mas a humanidade precisa de paz, e ela decorre também da palavra, do diálogo, da confiança.

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Mensagem N°37722
De: Raphael Reys Data: Segunda 18/8/2008 08:23:17
Cidade: Moc - Mg  País: Br

Ref. Mens. 37699 - João Afonso Maurício- Beleza que recordamos de uma figuira tão animada como bem era o seu pai. Alegre sempre, representava a boa alma de um sertanejo puro, inteligente e de grande coração. Dava gosta dar dois dedos de prosa com ele! A bem da verdade muito embora contamos muito `causo" um para o outro a crônica foi escrita a pedido do nosso Tico Lopes, o homem show, um grande alma tupiniquim! Comedor de pequí! Logo em sequida publicarei O HIPNOTIZADOR, escrita também em homenagem a Joanir! Agradeço a leitura e feliz por ter provocado a saudade desse nobre montes-clarense.

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Mensagem N°37721
De: Marcos Fabiano Santos Data: Segunda 18/8/2008 07:48:36
Cidade: Mamonas/MG

Telefone: (38) 32216166

Prezados candidatos da região é proibido utilizar rádios piratas para fazer programas políticos eleitorais. Somente rádios legalizadas pela Anatel, são autorizadas pela justiça eleitoral.

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Mensagem N°37720
De: Augusto Vieira Data: Segunda 18/8/2008 04:20:35
Cidade: Belo Horizonte

O PESSOAL DO BANCO DO BRASIL

Gostaria imensamente, neste Brasil meio sem memória, que as pessoas nunca se esquecessem da importância cultural do Banco do Brasil, especialmente no século XIX, para as comunidades interioranas. Costumo dizer que pertenço a uma confederação de tribos chamada Brasil, a uma tribo chamada Minas Gerais e a uma de suas aldeias, chamada Montes Claros. Quando nasci, em 1945, minha aldeia tinha pouco mais de trinta mil habitantes. Não havia uma rua calçada. Era um poeirão danado. Diziam que poeira era vitamina de baiano. E o calorão? Causticante, mas bem menos intenso do que o das almas dos nativos. Minha aldeia era e ainda é muito pobre. Na região a riqueza era bem mais concentrada. Os melhores salários da época eram os das professoras e os dos servidores do Banco do Brasil, esses últimos, provindos dos mais variados rincões deste nosso vasto território brasileiro. Suponho que, embriagados pela beleza de nossas moças, pelos harmoniosos sons das cordas de nossos violões e por nosso arroz com pequi e carne de sol, mal chegavam já iam deitando raízes em nosso solo e nem pensavam em promoções para as comunidades mais prósperas da época. Afinal, minha aldeia era e ainda é a pátria do aconchego. Naquele tempo, casar-se com funcionário do Banco do Brasil (quase não havia mulheres dentre eles) era certeza de bom marido, sobrevivência digna e futuro promissor. Os que chegavam solteiros, considerados bons partidos, logo se enamoravam por nossas lindas donzelas vestais. Muitos se casaram com filhas dos fazendeiros mais ricos da região e até impediram, bem informados em matéria econômica, que muitos sogros e sogras trocassem os pés pelas mãos e perdessem ou diminuíssem suas fortunas.
Em meu livro de memórias relembro um fato ocorrido com um deles. Era meu vizinho. Chamava-se “seu” Caçulo. Tinha por sobrenome Leão. Leão Caçulo (não me recordo se com c cedilha ou com dois esses). O grande pinguço da cidade era “Bem Pau Véio”, de estatura elevada e traços finos, irmão de Santim Amorim. Quando parava, por uns tempos, de beber, a abastada família, dona do prédio onde funcionava a agência do banco, o produzia com um belo terno de linho branco, gravata vermelha, camisa de seda e sapatos caros. Inesperadamente, dava uma recaída e virava um molambo. Vendia as roupas e os sapatos para golear. Bêbado, tinha o hábito de aproximar-se das pessoas e ir, logo, dizendo:
— Morreu, leão, eh, tigrão! Cheguei ontem, cê num ouviu o Constellation roncando no céu?
No primeiro dia de trabalho do zeloso servidor, quando ele se dirigia à agência, imaginem só, cruzou logo com “Bem Pau Véio”, que o encarou e exclamou:
— Morreu, Leão!
O homem quis deixar a cidade, na hora, não fossem os convincentes esclarecimentos dos risonhos colegas.
Dos dignos servidores do Banco do Brasil de minha época, alguns já partiram, mas muitos dos que conheci, para minha alegria, ainda estão entre nós, semeando saber e esbanjando cidadania. E nas pessoas desses últimos, quero prestar esta singela homenagem a todos eles, na certeza de que sempre serão bem-vindos a minha aldeia, à minha Vila de Formigas, esses valorosos brasileiros que, sobre cuidarem muito bem de nossa grana, ainda prestaram e vêm prestando relevantes serviços à nossa cultura. Devemos muito a eles. Que Deus os abençoe!

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Mensagem N°37719
De: Márcia Vieira Data: Domingo 17/8/2008 22:24:21
Cidade: Montes Claros- MG  País: Brasil

Domingo chega e com ele, o fim das “Festas de Agosto”, que encheram nossos olhos e nossa alma por cinco dias. Cinco dias de beleza, de encantamento, de emoção. Todas as cores presentes, desde o branco puro e imaculado dos catopês até o preto, que surgia nos lacinhos colocados nas roupas dos caboclinhos, que ainda choram a morte do seu chefe Joaquim Pólo. É apaixonante ver desfilar pelas ruas as crianças (uma delas inclusive usando um andador), os jovens, meninos e meninas, e senhores de cabelos brancos que em nenhum momento dão sinal de cansaço. A pureza do mestre João Faria, que foge das entrevistas, o Mestre Zanza, que de bravo só tem a aparência e perguntado sobre a origem do seu apelido responde a uma criança “é porque eu só fico zanzando!”. Tem ainda o semblante terno e acolhedor de dona Fina de Paula, viúva de Dr. Hermes, acomodada numa cadeira de rodas, mas presente todos os dias na avenida, o dinamismo de Raquel Chaves, empenhada e sempre solícita com os participantes da festa, finalizado com um sorriso e a pergunta: “foi lindo, não foi?”. Tem o menino Paulo Estevão explicando que há 13 anos participa da festa e dando uma aula sobre a florescência dos ipês, o seu Zezinho do Sesc, que aos 99 anos aparece todo alegre e afoito, assoviando para as moças que passam pelo caminho. Tem o Tonhão (ou Tonão), que Paulinho Narciso aponta como uma das grandes figuras dos catopês, tem crianças que passeiam segurando suas fitas à cata de padrinhos e oferecendo ainda três desejos mediante o batismo, como o gênio da lâmpada. Tem Gabriel Guedes, neto de Godofredo, que vem especialmente para homenagear o avô e participar com os filhos da maior festa de sua terra natal. Tem a filha de Joaquim Pólo que vem à frente dos caboclinhos, empunhando uma bandeira e dançando com um entusiasmo sem igual, bonito de se ver. Tem gente pequena no corpo e grande no coração, tem filho da terra e tem estrangeiro apreciando a festa, tem gente que ri e tem gente que chora. Ao longo do percurso, aparecem também os fotógrafos, os escritores, os cinegrafistas, os estudantes que fazem pesquisas sobre a festa, os historiadores, os curiosos. Durante o desfile matutino o comércio pára, pois patrões e funcionários correm à porta de suas lojas para respeitosamente assistir à passagem dos grupos. A Igrejinha do Rosário, ponto final do desfile e inicial de uma bela cerimônia, é pequena para conter a multidão, que se espalha por toda a Avenida Coronel Prates, onde agora acontece a festa. O colorido toma conta daquela parte da cidade. Existem problemas, sabemos nós. Nem tudo são flores, mas é válida a luta dessas pessoas que não deixam a festa morrer. Espero apreciá-la ainda, por muitos e muitos anos. Agosto já deixa saudade. Deus te salve, festa santa!

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Mensagem N°37718
De: Mauro Data: Domingo 17/8/2008 21:41:01
Cidade: Montes Claros

fiquem espertos os donos de carros ao deixar seus carros nas aragens(estacionamentos)que ficam com a chave dos seus carros. neste final de semana foi roubado de dentro de uma garagem no centro,na parte da manhã em fiat uno placa de são francisco (...)

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Mensagem N°37717
De: César Data: Domingo 17/8/2008 21:37:33
Cidade: M. Claros

Foi com boa intenção, mas desapontador resultado, a idéia da marujada de Miguel, que este ano apareceu com uma farda... irreconhecível. De "padioleiros", anotou alguém. Miguel, muito zeloso com o que faz, viajou bastante com o seu grupo e foi aconselhado por outros a mudar a farda tradicional, para uma mais, digamos, consentânea, com as vestimentas marítimas. É o costume de lá, mas não é o costume de cá, dos nossos olhos embriagados com os costumes só nossos. E as pessoas longamente acostumadas a aplaudir os marujos indígenas desta vez não os acharam, ou acharam apenas a metade. Estavam irreconhecíveis, opacos, sem brilho, sem alma. Tanto que o padre, na missa, falou assim - "Palmas para a marujada. (palmas) Palmas para a outra marujada. (palmas)". Viramos a outra... Acontece, Miguel, que para nós, sertanejos, marujada é assim mesmo, nas cores azul e vermelha. Guimarães Rosa, sempre ele, soprou ao nosso ouvido - "quem nasce no Sertão, nunca sabe direito o que é o mar...". Não sabemos, em definitivo não sabemos. Mas marujo nosso, marujo que "faz fogo de arrasar", tem bizarrice também nas cores. Devolva-nos, as cores que nos são caras, e que sabedoria nenhuma de outras terras pode mudar. Aguardaremos, já com as mãos vermelhas de tanta vontade de aplaudir, de novo.
Aliás, seria muito bom que o conservatório ou algum curso letrado da Unimontes, de graça, com simpatia e graça, se oferecesse para dar uma assessoria informal e graciosa aos nossos cantantes. Amável, sem interferência, muito lhana, a explicar que boné de fanqueiro não combina com caboclada. Estes, já foi dito aqui mesmo, estão amplamente perdoados, pois acabam de perder o chefe, e que chefe!
Se soubermos agir com tato, e bom coração, esta nossa Festa pode se transformar numa festa nacional como faz a cidade portuária de Parintins. Pode-se até pensar em criar, no momento do desfile dos Reinados e do Império, uma "folgança" no comércio próximo, momentânea, de duas horas no máximo, para que todos assistam uma festa que caminha para os 200 anos. É um patrimônio que vale mais que o ouro. Tornou-se, ao longo do tempo, uma data em que montesclarenses ausentes marcam o seu retorno a Montes Claros, para distribuir abraços e chorar muito pelo caminho, o caminho dos catopês. Ao poder público, é preciso pensar uma maneira de compensar estes pedreiros, serventes de pedreiros, carroceiros, etc., com um incentivo pessoal, para que mais e mais se dediquem ao que fazem. Um desconto no imposto, um tratamento preferencial por sustentarem uma tradição que esteve muito próxima da morte e reagiu. É também preciso que mais e mais escolas levem os alunos a entender aquilo, que apenas à primeira vista é uma chibança.

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Mensagem N°37715
De: Fagundes Data: Domingo 17/8/2008 21:05:30
Cidade: Montes Claros

Não adiantou o povo pedir. Não haverá retorno nas duas pistas da avenida Magalhães Pinto, entre a entrada do bairro Planalto e o trevo do aeroporto. A avenida duplicada, naquele trecho, vai se transformar em pista de corrida - anotem aí. Não custava ter deixado uma entrada na altura da Coteminas e deste atacadista que acaba de ser inaugurado, ao lado. Quem sair do clube AABB obrigatoriamente terá que fazer o retorno na entrada do aeroporto. Não seria muito fazer um retorno no local pedido... Culpa do DER, que faz a obra, ou da prefeitura?

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Mensagem N°37713
De: Ruth de O. N. Rodrigues Data: Domingo 17/8/2008 20:57:38
Cidade: Montes Claros - MG

“Boi, boi, boi...
Boi da cara preta,
Pega este menino
Que tem medo de careta!...”

Tudo que posso fazer, neste momento, é cantar para você uma canção de ninar. Diante da dor de alguém que perde um filho, as palavras se tornam excessivas e dispensáveis. Como pode a Natureza, tão perfeita em tantos detalhes, permitir que um filho se vá antes do pai ou da mãe? Por quê?
Quantas vezes terão sido feitas essas indagações, desde que o mundo é mundo, sem nunca haver uma resposta... Porque resposta não há. O jeito, José, é voltar para dentro de você mesmo, para dentro de sua alma, e tentar encontrar aquela força que você nunca terá imaginado que existisse. E fazer dessa força um caminho encantado que o levará de volta aos braços de sua mãe, aconchegar-se neles, e ouvi-la, outra vez, cantar uma canção de ninar.

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Mensagem N°37712
De: Jurandir Data: Domingo 17/8/2008 20:50:26
Cidade: Montes Claros

Repararam? É o Catopê, são os Catopês que primeiro anunciam a chegada da Primavera a Montes Claros, com antecedência de um mês. Vede os Ipês floridos, reparai nas Espirradeiras, nas Bouganvílias, nas Paineiras em flor; vieram todas florir com e para os Catopês, a mais elevada expressão de nossa cultura. É a própria natureza que veste Galas para receber os dançantes imemoriais.
Por sinal, está belíssimo este artigo do ex-prefeito de Montes Claros, Geraldo Atayde, o prefeito do centenário, muito precocemente falecido. Era menino na época da sua partida,a cujo enterro compareci, de terno e gravata, e não sabia que escrevia tão bem, com tanto apuro e sentimentos. Esperamos que os próximos prefeitos de Montes Claros tenham esta mesma sensibilidade.
(Aliás, ocorre-me uma profunda curiosidade, que não sou capaz de refrear, e penso que vocês também não farão: o que diria o ex-prefeito Geraldo Atayde sobre o seu parente e sucessor na prefeitura, Jairo Atayde, que deu vigoroso ponta-pé, e não o inicial, para a destruição, agora física, da Praça de Esportes, construindo no lugar da cerca viva aqueles horríveis quiosques de camelô. Ele desconhece a história da cidade, não tem informação, ou foi deliberado no erro que cometeu? Foi um atentado, um tiro contra a história. Creio, penso, que os dois prefeitos de sobrenome Ataíde se desentenderiam asperamente, pois pelo texto que acabo de ler Geraldo Atayde tinha grande sensibilidade para as coisas da cultura, o que não demonstrou, depois, o seu parente. Mas, ainda é tempo de corrigir o grave atentado e salvar a nossa Praça de Esportes). (...)

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Mensagem N°37711
De: Virginia Abreu de Paula Data: Domingo 17/8/2008 19:51:46
Cidade: Montes Claros, MG

Alguém sabe quando aconteceu a última cavalhada numa festa de agosto em Montes Claros? Foi no primeiro ano sem ela que Geraldo Athayde escreveu o artigo que transcrevo abaixo. Vejam que os problemas naquele tempo, eram: a falta de interesse das pessoas chamadas "civilizadas", a falta de apoio das autoridades e o descaso da igreja. Muito bom ver que a festa continua, que a ajuda necessária veio e permanece. Apesar de algumas coisinhas lamentáveis. Ah...Miguel! Largue a marinha e volte a ser marujo!

A Festa de Agosto é Necessária.

Geraldo Athayde.

Meia noite, o côro entoado de uma cantiga sem forma quebra o silêncio da hora final. O rufar das caixas, com qualquer coisa de místico e bárbaro, o tilintar dos pandeiros, o côro lamentoso das violas, rabecas e gatinhas de bambu, formam ao lado da cantiga sem forma um som profundo, uníssono, soturno, expressando bem a alma simples do sertanejo semi-civilizado.
É da despedida dos catopês, marujos e caboclinhos que me refiro. O último dia da tradicional festa, a última hora de uma voz saudosa que sente o desaparecimento desta folgança. Faz pena!
Este ano já não houve cavalhada e deslocaram um dia de festejos. As bombas foram poucas, foguetes quase nenhum. O elemento rural não compareceu. Não houve propaganda. O “civilizado” se rebela contra esta coisa de dançantes e cavaleiros fantasiados. Isto depõe contra Montes Claros, dizem com empáfia. O clero, por sua vez, recebe o “cobre” do rei, da rainha, dos juízes, etc. e condena a “palhaçada”.
Agora vejamos: o que podem estes homens fazer mais do que fazem? Onde receberam eles cultura, instrução e educação artística para se exibirem melhor em palcos e cenários diferentes? Que dia o poder público auxiliou esta gente e lhes aperfeiçoou o gosto? O Clero também, porque não protege a festa, já que o povo a quer? Ela não é profana e dá à Igreja alguma renda. Não, não acabem com a “Festa de Agosto”. Ela é a única festa popular de Montes Claros. Dancem, catopês, teçam cipós, caboclinhos; naveguem, marujos; corram, cavaleiros! A diversão não é privilégio de uma só classe – aquela que detém o dinheiro.
O povo, o operário, o trabalhador rural e urbano precisam se expandir, necessitam descarregar a libido ao menos nessas reuniões, cujo móvel é culto do catolicismo, onde reina a paz, a amizade.
Onde não se vê a faca de ponta, a garrucha, nem a pinga. Onde por alguns momentos se esquecem a rudeza brutal da natureza do sertão. Ademais, o homem é animal social por excelência, e numa zona como esta, de população pequena e espalhada, é mistér que haja mesmo um ponto de reunião dos indivíduos. Um contato direto destes com o meio civilizado, a fim de que não amorteça (como acontece com o homem isolado) o espírito de solidariedade humana, de cortesia, de arte, de educação.
É dever, como se faz nos centros civilizados, é dever dos poderes públicos, incentivar as festas populares, subvencioná-las até, dar-lhes um cunho original, para atração do elemento de fora.
Que se improvisem coretos, que se enfeitem as ruas, que haja música, que queimem girândolas e façam as belíssimas demonstrações de fotos de artifício, que muito agrada a todos. Busquemos o exemplo disso em São Paulo, Rio, São Salvador, e, se quisermos, na Europa.
A cidade não é somente um entreposto de compra e venda. Lugar onde se busca o café, o sal, o querosene e o remédio. Na cidade, deve-se buscar algo de nuevo, de alegre, de bom. Coisas enfim que façam o homem mais amigo e sincero, menos desconfiado, menos ganancioso e materializado. Deixar a “Festa de Agosto” com sua parcela de função social. Auxiliem-na, porque além do povo, muita gente boa e civilizada gosta dela. Não diz, mas gosta...

AS FOTOS

No meio das fotos, das festas que ontem tiveram fim, o laço de luto dos Caboclinhos. A nova geração pôs luto no braço, e sustentou a herança cultural do mestre Joaquim Poló. Grande parte do grupo é de filhos e netos. Os mais velhos vão ensinando aos mais novos, pela mão e pelo pão.

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Mensagem N°37704
De: Wanderlino Arruda Data: Domingo 17/8/2008 08:47:22
Cidade: Montes Claros

DOUTOR SANTOS VISTA DE PERTO
Wanderlino Arruda


A Rua Dr. Santos começava no Bar de Manoel Cândido e Hotel São Luiz (agora Copasa) e no Banco Crédito Real de Minas Gerais (hoje Farmácia Real). Depois era o barzinho de Adail Sarmento, mais café do que qualquer outra coisa, pois, lugar pacato, sério, onde nem viajante hospedado no Hotel podia fazer barulho e conversar alto. Tudo ali era de muito respeito, principalmente no mini-restaurante em que alguns estudantes mais bem postos na vida – Ivan Guedes e Raimundo Sant`Ana, por exemplo – podiam tomar semanalmente um pequeno lanche, com gorjeta para o garçom. Pensando bem, o bar ou café de Adail Sarmento era um quase sucesso, com tiras de bilhetes de loteria e açúcar refinado, tudo bem ao olho do dono reclamador dos exageros. Quando um dia um viajante encheu a xícara todinha de açúcar, Adail perguntou, ironicamente, a ele por que gostava de café tão amargo... De lá saíam muitas estórias para a portaria do hotel no outro lado, onde muitos anos depois, ainda falavam de saudades do bom Sebastião Sobreira, que de tão bom, no dia em que morrera, os pobres choraram nas ruas no meio de muitos lamentos pela perda do amigo e protetor.
Era no Hotel São Luiz, nas quintas-feiras, à noite, a reunião do Rotary Clube, a mais fina nata da aristocracia montes-clarense, lugar em que pontificavam inteligências e interesse pelo bem público, como João Souto, Nozinho Figueiredo, Moreira César, Niquinho Teixeira , Cel. Coelho, Gentil Gonzaga, Chico Tófani, Nathércio França, Antônio Augusto Athayde, João Valle Maurício, Lezinho, Fontes, Levy Peres, Baendel, Gerardo Guerra entre os que se foram, e Luiz Pires, Luiz de Paula, Hélio de Morais e Josias Loyola entre os poucos que ainda estão muito vivos. Luiz de Paula, no meu acompanhamento de jovem repórter, foi o melhor presidente que conheci, quando uma noite no Rotary dava tanto assunto que, no dia seguinte, eu escrevia todo o JMC, com exceção da página de polícia. Até para crônica social do A. R. Peixoto, e, mais tarde, dos J. e J., eu fornecia dados para fazer sucesso. Era uma festa e tanto, e nenhum assunto importante poderia ser sugerido ou resolvido sem passar por lá.
Um pouco acima ficava a farmácia de Juca de Chichico, ele muito falante, bem vestido, alegre fazendo trocadilhos, mexendo com um e com outro que passava, já não muito novo, mas bastante saudável para viver intensamente como gostava. Dele me lembro muito bem nos dois extremos da rua, porque encontrávamos também várias vezes por dia no Hotel São José (praça Cel. Ribeiro), onde eu era hóspede. A farmácia São José (agora, Minas Brasil), era a única da Rua Doutor Santos antes de Montes Claros ser o maior paraíso de farmácias da face do planeta. À frente, o Banco Hypothecário e Agrícola, de Mauro Moreira e Lidehir, com placa ainda escrita com "y" e com "th", contrastando já com a modernidade do Bancomércio, onde trabalhava o jovem alto e elegante Theodomiro Paulino.
O barulho ficava por conta da loja de rádios, eletrolas, geladeiras e discos 78, de Dizinho Bessa, precursora das modernas lojas de muita propaganda, aonde muitas vezes fui buscar anúncios para o Jornal. Era um contraste com a linha de elegância e silêncio da "Renner", loja de camisas com colarinhos trubenizados e ternos vindos de Porto Alegre. Lá, a gente conversava com João Leopoldo, jovem cantor da jovem D-7, testes na Rádio Nacional do Rio, e com Nathércio França, o melhor e mais ponderado papo de tudo que cheirava ao atual da cidade e do país. Lá, além de ternos e passagens de avião, a gente comprava coletes, lenços e gravatas. E cuecas samba-canção, em grande evidência naquele tempo.
Como vêem, não chegamos ainda nem ao JMC (agora, Caixa Econômica Federal), que ficava em frente à Padaria Santo Antônio, onde o cheirinho de pão quente era uma gostosura...

Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

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