Cientistas alertam para variedades do vírus da Aids resistentes a medicamentos

Pesquisa feita em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Salvador e Porto Alegre, por cientistas do Ministério da Saúde e de várias universidades e institutos de pesquisa, traz um alerta: nas quatro primeiras cidades, existe risco de transmissão de variedades do vírus da Aids resistentes a drogas antirretrovirais. Em números, de 210 indivíduos recém-infectados com o HIV no Brasil, 17 (8,1%) carregavam variedades do vírus já resistentes a pelo menos uma droga antirretroviral - classe de medicamento utilizado no tratamento da Aids. Segundo estudiosos, a resistência surge devido a não utilização ou utilização incorreta dos remédios. "Se hoje você toma no horário certo e amanhã você esquece, o nível de medicamento no sangue diminui e, como o HIV é um vírus muito mutante, você dá chance para que mutações resistentes comecem a se multiplicar", diz uma bióloga. No Brasil, mais de 200 mil pessoas tomam medicação contra a Aids.