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Dois centros de convenções

Waldyr Senna Batista

Quem leu com assiduidade os textos publicados nesta coluna, que trataram do Centro de Convenções, informou-se de que: 1) a Fundetec (Fundação de pesquisa criada pela Sociedade Rural) vem há quatro/cinco anos trabalhando para viabilizar a construção do Centro; 2) do terreno que lhe foi doado pela empresa Eternit, de 300 mil metros quadrados, no Distrito industrial, ela doou 50 mil metros quadrados à Prefeitura, a fim de que o empreendimento pudesse receber recursos do governo federal; 3) R$ 2 milhões já foram liberados pelo Ministério do Turismo para a obra, que já tem projetos arquitetônicos e deveria receber da União mais de R$ 4 milhões; 4) que o Centro faz parte do projeto,de muito maior abrangência, do Parque Tecnológico; 5) que, ao tomar posse, o prefeito Luiz Tadeu Leite posicionou-se contra sua localização no DI, tendo optado por área próxima ao aeroporto(Interlagos); 6) que a decisão jogou por terra todo o trabalho até agora desenvolvido, tendo sido os recursos levados de volta pelo Governo, enquanto a escritura de doação do terreno seria cancelada pelo Ministério Público, que tutela o patrimônio das fundações.
Feito o retrospecto, em que caberia muitas outras informações, recomenda-se ao leitor atento considerar o dito pelo não dito. Voltou tudo ao ponto de partida. O prefeito, depois de acionar seu plano, que teria projeto de Oscar Niemeyer, informou à Fundetec que pode retomar seu trabalho, iniciando quando quiser a construção do Centro de Convenções no Distrito Industrial.
Isso não significa que ele tenha desistido do Interlagos. Este será executado tal como idealizado. O que equivale dizer que, em vez de um, Montes Claros terá dois centros de convenções. O prefeito justificou a reviravolta, afirmando que “não estou aqui para deixar o município perder recursos”.
Uma atitude inesperada, que encobre o motivo verdadeiro. É que, ao afastar a Fundetec do projeto, o prefeito imaginou que pudesse utilizar o terreno do DI, que foi por ela doado ao município, em permuta com o do Interlagos. E despachou para Brasília emissário qualificado para contatos visando a viabilidade da operação, além de avaliar a possibilidade de obtenção de novos recursos.
Em resposta, seu emissário trouxe a informação de que a troca não seria possível, uma vez que o dinheiro liberado, e outras parcelas que se seguiriam, são “carimbados”, com destinação específica e localização determinada.
E o que quase ninguém sabia é que, como parte integrante do projeto do Centro de Convenções, foi liberada verba para a conclusão da Av. Sidney Chaves, de acesso ao Distrito Industrial, obra parcialmente executada na administração anterior. Em razão disso, inexistindo o empreendimento projetado para o DI, não há como o Governo destinar dinheiro para a avenida. A Prefeitura, neste caso, não só não teria como concluir a via de acesso, como seria obrigada a devolver aos cofres públicos federais o dinheiro gasto ali, no ano passado. Para o Governo federal, a Av. Sidney Chaves compõe o projeto turístico do Centro de Convenções. Tanto assim é que os recursos saíram do Ministério do Turismo, ao tempo do ministro Walfrido Mares Guia.
Isso colocou o prefeito Luiz Tadeu Leite numa saia justa: se insistir no veto à área do Distrito Industrial, perderá recursos expressivos para a cidade, e também teria de abrir mão do seu projeto no Interlagos. Acabou optando pelo inesperado: a cidade, por incrível que pareça, vai ter dois centros de convenções.
Uma decisão, por assim dizer, salomônica, mas de altíssimo risco. Como os dois empreendimentos só se concretizarão com recursos oficiais, resta saber como o Governo federal irá encarar essa duplicidade, num momento de crise mundial em que tanto se recomenda racionalidade na aplicação de recursos públicos.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Com relação a Claro 3G, é totalmente uma falta de respeito com os usuários. Por ser a pioneria em MOC, assinei contrato pela maior velocidade, e pago caro para receber somente 10% da velocidade, ou seja, quase igual a internet discada " banda lerda". (...)

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Entre tantas más notícias que nos chegam diariamente pela mídia, alguns poucos fatos nos deixam mais esperançosos. As belas crônicas dos escritores montes-clarenses nos enchem de alegria e orgulho: Wanderlino Arruda, Raphael Reys, José Prates, Raquel Chaves, Manoel Hygino, Dário Teixeira Cotrim, Ruth Tupinambá, Augusto Vieira, Waldyr Senna, entre outros.
Na política, as decisões tomadas na reunião do G-20, principalmente a de acabar com os paraísos fiscais, vem nos deixar mais confiantes em novos e bons tempos na política e economia mundiais. E para coroar as boas notícias, o ótimo desempenho do nosso presidente Lula na cúpula dos países no G-20 teve o reconhecimento dos seus colegas, principalmente do mais poderoso deles, Barack Hussein Obama.

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PF fecha empresa clandestina em Moc - Girleno Alencar - Montes Claros - A Polícia Federal estourou, ontem de manhã, uma empresa clandestina de vigilância, em Montes Claros, Norte de Minas, identificada como Spaik Vigilância. A empresa funcionava na Rua Padre Augusto e seu proprietário era o ex-carcereiro José Geraldo Alves Ribeiro Damasceno. Ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma e levado para a Cadeia Pública de Montes Claros. Damasceno não foi beneficiado pelo pagamento de fiança, pois já é condenado em outros processos.
A operação foi realizada com base em mandado judicial expedido pelo juiz Frederico do Espírito Santo Araújo, da 2ª Vara Criminal de Montes Claros, a pedido da Polícia Federal. Há vários meses, os agentes da Polícia Federal monitoravam as ações da empresa, principalmente na vigilância das farmácias localizadas na área central de Montes Claros. O delegado Marcelo Eduardo Freitas, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros, explica que a competência de fiscalizar a atuação das empresas de vigilância é da instituição policial. A PF dá a licença, desde que os vigilantes façam curso de preparação e a empresa atenda algumas exigências, como guardar as armas em local apropriado.
Operação foi em área movimentada
A operação da Polícia Federal causou alvoroço em Montes Claros, pois foi realizada na área mais movimentada da cidade.Quatro viaturas da corporação chegaram ao imóvel onde funcionava a empresa de vigilância. Os policiais federais recolheram materiais e prenderam três vigilantes que estavam no local, além do proprietário. Segundo a Polícia Federal, a empresa de vigilância não tem registro contábil. A investigação constatou que a maioria dos seguranças que trabalhavam na empresa são policiais aposentados. Na busca e apreensão realizada na casa de Damasceno, no Bairro José Carlos de Lima, os policiais encontraram uma carabina calibre 38 e uma pistola 380, além de várias munições, inclusive de fuzil, e equipamentos como rádio-transmissores. De acordo com os policiais federais, o correto seria as armas ficarem na sede da empresa, e não na casa do proprietário.

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Minas fica sem recursos da Sudene - Girleno Alencar - Montes Claros - A Sudene devolveu todas as cartas-consultas de investimentos para Minas Gerais que requeriam o financiamento com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNE). Pela primeira vez, em 50 anos de história da autarquia, não haverá nenhum investimento empresarial para a área mineira da Sudene. De acordo com o empresário Marcos Antônio Zonta Melani, da Petróleo Verde do Vale do São Francisco (Petrovasf), que produz óleo de mamona e algodão, as exigências são muitas e, às vezes, descabidas, na sua avaliação, o que acaba inviabilizando a aprovação da carta-consulta e do projeto. Ele cita como exemplo, o pedido, pela Sudene, de uma garantia real de 200% do valor do financiamento, quando o comum é pedir 120%. Na manhã de ontem, a assessoria de imprensa da Sudene, em Recife, informou que a autarquia segue orientações aprovadas pelo Governo federal e de forma transparente.
O levantamento realizado pelo HOJE EM DIA mostra que das 162 cartas-consultas apresentadas para o órgão, apenas quatro são de Minas Gerais, o que representa uma participação de 2,46%. Do total recebido, 21 foram aprovadas pela Sudene e três estão em análise. As cartas mineiras, caso fossem aprovadas, representariam investimentos de R$ 465,9 milhões para o Norte de Minas, com contra-partida do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste de R$ 270,3 milhões. A primeira carta-consulta apresentada foi da Sada Bio Energia, para produzir energia no Jaíba, cujo projeto deu entrada em 27 de dezembro de 2006, no valor de R$ 183,6 milhões, sendo R$ 100 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE) e a outra parte, da empresa. A carta-consulta da Petrovasf deu entrada no dia 11 de fevereiro de 2008, no valor de R$ 8,983 milhões, sendo R$ 6,3 milhões do FNDE e R$ 2,6 milhões da empresa. A Sudene devolveu o material em 12 de março de 2008. A Serra Paracatu Transmissora de Energia, de Pirapora, entrou com carta-consulta no dia 6 de dezembro de 2007, no valor de R$ 171,8 milhões, sendo R$ 103,1 milhões do FNDE, R$ 34,3 milhões da empresa e outros R$ 34,3 milhões de outras parcerias. No dia 9 de janeiro do ano passado a Sudene devolveu a documentação. No dia 11 de fevereiro daquele ano a empresa voltou a apresentar a carta-consulta, mas no dia 12 de março de 2008 a Sudene voltou a devolver o projeto. A carta-consulta da Ibábio Energia, que pretende produzir energia em Matias Cardoso, deu entrada em 4 de março de 2008, com investimentos de R$ 101,4 milhões, onde a Sudene entraria com R$ 60,895 milhões, a empresa com R$ 20,2 milhões e outros parceiros com mais R$ 20,2 milhões. A carta foi devolvida em 31 de março de 2008. Segundo Zonta Melani, foi uma surpresa para a direção da Petrovasf a postura da Sudene, pois recebeu a documentação de volta, sem nenhum esclarecimento, mas apenas com uma série de exigências. “Meu projeto é para investir nas usinas de Itacarambi e na de Montes Claros, inclusive para atender à demanda de fornecimento de óleo diesel para a Petrobras”, ressalta. A assessoria de imprensa de Sudene informou que cartas e projetos são devolvidos por falta de documentação ou dados mais detalhados.

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Lula receberá família da primeira mulher - Girleno Alencar - Montes Claros - Os irmãos montes-clarenses Manoel Soares de Andrade e Henrique Soares dos Santos, tios de Maria de Lourdes Ribeiro Silva, primeira mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faleceu em 1971, serão recebidos por ele durante a visita que fará a Montes Claros na próxima segunda-feira, quando inaugura a Usina de Biodiesel da Petrobras e participa da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene e do Encontro dos Governadores do Nordeste. O encontro entre Lula e os familiares da sua primeira mulher deverá ocorrer na hora do almoço, no Portal de Eventos, ou então às 17 horas, durante a homenagem ao vice-presidente José Alencar. O cerimonial da Presidência da República ainda está ultimando os detalhes. Conforme o HOJE EM DIA publicou ontem, os irmãos e seus familiares manifestaram expectativa de verem o presidente Lula, com que tiveram convivência em São Paulo. O produtor rural Manoel Soares de Andrade, residente na comunidade rural de Furadinho, a 35 quilômetros de Montes Claros, nunca mais se encontrou com Lula desde 1971, quando a sobrinha morreu em São Paulo. Ele está na expectativa de revê-lo em Montes Claros e, se tiver oportunidade, pedir uma caixa d’água para abastecer os moradores da comunidade. A sua segunda esposa, Sebastiana Gonçalves Andrade, com 67 anos, sente orgulho do parentesco com Lula, mas lamenta que só o conhece por fotos e pela televisão. Ela disse que mesmo com o forte esquema de segurança, deixaria sua fazenda para vir a Montes Claros ver Lula. O filho mais velho de Manoel, Samuel, de 30 anos, também quer conhecer o primo famoso, mas revela que não tem nada a pedir a ele. Ediléia, de 23 anos, explica que no seu serviço, onde trabalha como caixa, fala que é prima do presidente Lula e é motivo de piadas, mas não se importa com isto. Os primos em segundo grau de Lula, Ramone Silva Lopes, de 16 anos, e Marcos Vinicius Silva Andrade, de 15 anos, netos de Manoel, estudam na escola no vilarejo de de Marcela, a 13 quilômetros de distância. Eles pedem a melhoria das estradas, pois, no final do ano passado, o ônibus não conseguia passar por ali e eles tiveram que caminhar cinco quilômetros para pegarem o veículo. Marcos ainda pede uma quadra polivalente para atender aos jovens. O aposentado Henrique Soares dos Santos, de 75 anos, teve mais sorte, pois em dezembro de 2005, quando Lula veio anunciar a Usina de Biodiesel em Montes Claros e ainda entregar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e a Farmácia Popular, se encontrou com seu sobrinho famoso. Henrique foi levado para dentro da Farmácia Popular e saudado com euforia por Lula, que o chamou de “Tio Henrique”. A sua filha mais velha, Heloisa de Fátima Andrade dos Santos, atualmente com 52 anos, guarda boas lembranças da casa de Lula em São Paulo, pois dormiu várias vezes lá.
Depois de publicação da reportagem do HOJE EM DIA, os primeiros resultados começaram a surgir: ainda ontem, a Prefeitura Municipal mandou consertar a estrada que dá acesso aos povoados de Lavaginha e Furadinho. Os assessores da Secretaria Municipal de Agricultura, Reinaldo Veloso e Heráclites Júnior, explicaram que a patrol está na localidade há vários dias fazendo reparos.
LOURDES, O 1º AMOR DE LULA
A história de Maria de Lourdes da Silva, a Lourdinha, primeira mulher de Lula, foi contada, com exclusividade, para o HOJE EM DIA, através de ampla reportagem especial do jornalista Paulo Narciso, com fotos de Leo Drumond, em 2003:
“O senhor é o senhor Luiz?”, perguntou o médico. “Sou”, respondeu o rapaz. O senhor precisa ser forte para ouvir o que vou dizer. “Seu filho nasceu morto. É preciso ser mais forte ainda, porque sua mulher também morreu”. Assim Lula recebeu a notícia da morte de Maria de Lourdes. Era manhã de segunda-feira, 7 de junho de 1971. Lourdes, nascida na zona rural de Montes Claros, foi, como Lula, retirante da mesma seca de 1952. Unidos pelo destino, se conheceram em um bairro pobre de São Paulo, onde eram vizinhos. Lula, até hoje, está convencido de que as mortes de sua primeira mulher e do filho foram causadas por negligência.

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Hoje, mais uma vez, foi praticamente inexistente o serviço de banda larga 3G da empresa Claro. Pago pela maior velocidade e sou enganado, assim como todos com quem reclamo. O serviço está péssimo, vergonhoso.

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A ATALIBA MACHADO
José Prates
É extraordinário, podemos dizer assim, o poder que tem o Montesclarosnoticias, de nos conduzir ao passado através das recordações que nos trazem as crônicas, artigos e mesmo noticias que ai são publicadas. Ruth Tupinambás, Rachel Chaves com seus passeios, Wanderlino e mais gente que não conheço, são mestras em arrancarem do poço da memória, fatos e pessoas que nos alegraram no passado, quando vivíamos na gostosa e saudosa Montes Claros dos anos cinqüenta. Agora, para acrescentar, aparece-nos Ivonne Silveira falando de Ataliba Machado e sua revista Montes Claros Em Foco.
Ataliba eu conheci quando a criação dessa revista ainda era um ideal que alimentava o sonho. Ele obstinadamente lutava para que o sonho tornasse realidade na concretização do ideal. Esse ideal como nos dizia, era uma revista com circulação em todo o Estado, tipo “O Cruzeiro”, revista semanal dos Diários Associados, com crônicas de Raquel de Queiroz e reportagens de David Nasser com fotos de Jean Mazon, que era lida e discutida como sucesso em todo o país. O sonho era grande, mas, nenhum idealista sonha pequeno. Maria sua esposa, a quem Yvonne dedicou sua crônica, conheci rapidamente, no dia em que fui à sua casa conhecer o projeto da revista. Não me lembro de tê-la visto em outras ocasiões, mas, posso avaliar a sua luta depois da morte de Ataliba, para criar e educar os filhos. A formatura deles em medicina, jornalismo e belas artes, são os louros da vitoria que compõem a coroa que hoje, lhe orna a cabeça.
No inicio da década de cinqüenta, embora Montes Claros fosse a cidade líder do norte de Minas, referencia em quase tudo, não tinha uma imprensa à altura de sua importância no cenário estadual. Existia a Gazeta do Norte, semanário mantido há longos anos por Jair de Oliveira, composta artesanalmente, que se dedicava a publicar artigos escritos por pessoas conhecidas, geralmente sobre temas de interesse da cidade. Só em setembro de cinqüenta e um, sob os auspícios do Capitão Eneas Mineiro de Souza, então Prefeito Municipal e iniciativa de Jose Monteiro Fonseca, nascia o Jornal de Montes Claros, com oficina moderna para a época: uma linotipo e uma rotoplana, com profissionais vindos do Rio de Janeiro, entre eles o ainda jovem Andrezzo, falecido há pouco em Montes Claros.
Recém vindo de Belo Horizonte onde atuei na imprensa, conheci o JMC no seu segundo mês de existência e a ele procurei incorporar-me. Meu primeiro trabalho foi uma reportagem sobre os terreiros de candomblé que escondidos, existiam na cidade. Foi manchete com grande repercução, principalmente na polícia que proibia a pratica desse culto, não sei por que. Com essa reportagem, procurei mostrar como o jornal deveria ser feito, fugindo ao estilo Gazeta. Foi ai que conheci Ataliba que tinha sobre o jornalismo local, a mesma opinião que eu: um jornal de verdade, capaz de formar a opinião pública. Nessa ocasião, ele já tinha em mente a revista e falava com entusiasmo sobre seu projeto. Passamos, então, a influenciar na formação do jornal, mostrando a Zezinho Fonseca a necessidade de reportagens e noticiário dos acontecimentos locais. Enquanto Ataliba escrevia artigos, mais pensando na sua revista que no jornal, eu ia para a rua buscar matéria. Visitava a Delegacia de Policia todos os dias; acompanhava as reuniões da Câmara de Vereadores e cobria os acontecimentos esportivos com ajuda do Dr. Mário Ribeiro. Assim fomos modificando o jornal que passou a ser conhecido mesmo fora de Moc., citado por jornais de Belo Horizonte na transcrição de noticias nele publicadas.
No inicio de cinqüenta e tres, não sei bem a data precisa, era impressa na gráfica da Gazeta, a primeira revista Montes Claros em Foco, para felicidade de Ataliba. Desde esse tempo, embora sofrendo toda sorte de dificuldades, ele foi mantendo a sua revista “aos trancos e barrancos” e cada edição era motivo de jubilo. Manter um jornal na Montes Claros daquela época era uma missão quase impossível, imaginem uma revista. Pois Ataliba não se deixava vencer pelas dificuldades e mantinha firme e quase regular a circulação da revista. Em 1958 fui removido para o Rio de Janeiro, afastando-me do jornalismo devido à falta de tempo. Quando regressei a Montes Claros, dois anos depois, para visitar a família e amigos, estive com Ataliba que, ainda, mantinha a revista. Anos depois tomei conhecimento de sua morte, parece-me que em 1967 e com ele findou, também, a revista. Agora, na crônica de Ivonne aparece-me Ataliba, fazendo-me voltar ao passado de lutas e vitorias. Eu espero que o filho jornalista siga as pegadas do pai. É só isso que eu desejo, para felicidade de Ataliba onde quer que ele esteja.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Foram furtados 3 notebooks no ônibus leito da (...) que saiu de Belo Horizonte esta noite. O autor do furto teria subtraído os equipamentos durante a viagem e descido em Paraopeba. Precisamos cobrar das empresas maior segurança em nossas viagens. Não existe qualquer segurança aos passageiros. quando seremos vítimas desta irresposabilidade?

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Acabo de ler a mensagem de n° 44940 de Raquel.Estou com o coração transbordando de saudade.vivi na parte velha da cidade e viajei cada pedacinho com ela.que memoria em Raquel.Parabens.

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Mais uma vez Raquel Chaves nos surpreende com um novo passeio pelas ruas de Montes Claros, com personagens que tive o prazer de conhecer e conviver.Aguardo para breve um novo percurso em MOC, nas suas belas cronicas,que me faz sentir uma grande saudade da nossa aldeia, como diz nosso querido Augustão bala doce.

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Perdemos o caminho

Manoel Hygino - Jornal "Hoje em Dia"

Quando vim residir em Belo Horizonte, procedente do interior, fui morar na Floresta com pais e irmãos. Antes, meninote, hospedara-me alguns dias no mesmo bairro, na Rua Floresta, que ora deixaria de ser a via modesta, tranquila, que acolhera gente de muitas cidades mineiras.
Depois dos anos iniciais, em que Belo Horizonte era tida como a cidade de funcionários, crescia a população estudantil, com rapazes e moças que não frequentavam curso médio na hinterlândia porque lá não existiam escolas de segundo grau. Processava-se uma transformação intensiva e incrementava-se a formação de vilas para abrigar pessoas de todas as regiões, mas sobretudo os que esperavam melhores oportunidades de vida e progresso na nova capital.
Até então, nos bairros, eram modestas residências, casas geminadas, bangalôs. Os de maior poder aquisitivo erguiam mansões e sobradões nas imediações da Praça da Liberdade, nos logradouros centrais, em quintas na Serra. Os que vieram com a transferência da sede do Governo, os funcionários, habitavam as construções que lhes tinham sido destinados pelos construtores.
Belo Horizonte ficaria circunscrita à Avenida do Contorno. Era o anel urbano, em torno do qual foi avançando a cidade cada vez mais livre das peias do poder público. Formavam-se loteamentos por iniciativa particular, por empreendedores que desejavam quase sempre aproveitar a onda migratória e tirar proveito financeiro.
Feita a distribuição dos terrenos, os empresários imobiliários se eximiam, na mais das vezes, dos deveres de abertura de ruas, extensões de rede de água e esgotos, urbanização e saneamento básico etc. A cidade cresceu, ou melhor, sofreu uma inchação de muitas causas, utilizando medicamentos paliativos.
A rede fluvial era pobre e o principal condutor de águas o Arrudas. De um tempo a outro, os pescadores, que se assentaram às suas margens para amáveis pescarias, deixavam de aparecer. O ribeirão recebia e carreava os esgotos, com a crescente e variada sujeira das ruas e avenidas. O Arrudas poluía-se mais do que a ganância de determinados empresários.
A anarquia imobiliária se generalizava, tornava-se impossível contra a malta dos saqueadores das esperanças das pessoas e das famílias. O poder público municipal se percebia impedido de agir, tantos, tão diversos e poderosos interesses.
Uma inchação turva, alteração pela qual a célula aumenta de tamanho e seu contorno se torna irregular, alterações que acarretam evidente tumefação do órgão e modificam seus aspectos habituais?
As grandes cidades detinham consigo supostamente, o segredo da Felicidade.
Populações crescendo, problemas crescendo mais do que os recursos públicos para conjurar ou resolver os desafios. As vias não comportavam mais os veículos, as galerias e redes de águas e esgotos não suportavam mais a incessante demanda, o Arrudas explodia em enchentes a céu aberto, destruindo e matando.
Coisa muito antiga. O engenheiro-chefe de obra de implementação da nova capital já dizia, no longínquo fim do século XIX: “A aglomeração de semelhante população, que não prima pelo amor à higiene, o acúmulo de detritos orgânicos de toda ordem, o solo largamente revolvido “... eram ameaças à saúde.
Depois, transformou-se em ameaça à vida. O que acontece em Belo Horizonte não é senão o que em São Paulo e Rio de Janeiro, cujo desmesurado crescimento fez as cidades grandes, megalópoles, mas inservíveis à fruição humana, inabitáveis.
Não falo hoje sobre trânsito.
Belo Horizonte cresceu para cima e para os lados, subiu as grimpas, expandiu-se horizontal e verticalmente, mas felicidade mesmo ficou lá atrás, muito longe, e não há saudosismo. Impossível retroagir no tempo.
Os que criticam os saudosistas, os que querem uma vida melhor sem saber como consegui-lo, reclamam de tudo e de todos, das autoridades, dos crimes contra o meio ambiente, a insegurança, a violência. Como li outro dia: “A cidade de hoje, material e falsamente agigantada e em espírito brutalmente atingido, nem de longe é a cidade dos nossos sonhos, nem dos patriarcas...
Perdemo-nos no caminho...”

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A Polícia Federal acaba de sair de um prédio (...) rua Padre Augusto. Muita movimentação, confusão, curiosos. Policiais com armamento pesado. Até o GATE estava presente. Saíram há pouco levando alguns homens dentro dos seus super-carros, entre eles, um AUDI TT, de luxo. Informações da imprensa que estava lá disseram que a Polícia entrou no prédio por causa de uma empressa de segurança. Um nome circulou na roda: (...)

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Independência pode desistir da "concordata" - Com dívida superior a US$ 1 bi, empresa deve negociar "por fora" com credores - São Paulo. O frigorífico Independência cogita desistir da recuperação judicial (antiga concordata) para tentar um acordo "por fora" com os bancos credores. A dívida é superior a US$ 1 bilhão. Embora o pedido tenha sido feito no dia 27 de fevereiro, ainda não foi homologado por falta de documentação. Esta semana, a companhia vai pedir à Justiça um novo prazo para apresentar a papelada. Enquanto isso, quer ganhar tempo para fechar um acordo extrajudicial com os bancos. "Há uma janela de oportunidades em razão da peculiaridade do processo. Mas o acordo tem de sair rápido", explica o advogado Luiz Fernando Paiva, do Pinheiro Neto, escritório que assessora o Independência. "A empresa pode desistir sem precisar convocar assembleia de credores. Se não houver acordo com os bancos, ela pode acelerar os prazos do processo de recuperação judicial."Demissões. Em nove dias, o Independência fechou oito frigoríficos e demitiu 6.200 funcionários, cerca de metade do total. O número se completou ontem, quando dispensou 1.400 e anunciou o fechamento de três unidades.

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Acaba de sobrevoar Montes Claros, o EMB-120 Brasília, da Air Minas.http://cdn-www.airliners.net/aviation-photos/photos/4/5/1/1392154.jpg Segue link com foto da Aeronave.

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Pesquisa frustrada – Montes Claros – As pesquisas sobre o pinhão-manso para a produção de oleaginosas no Norte de Minas não surtiram os efeitos desejados, pois a espécie vegetal apresentou baixos rendimentos e ainda sofreu os impactos do sol forte e do terreno arenoso que existe na região. Os dados são de Marco Antônio Viana Leite, coordenador Nacional de Biodiesel, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e ex-coordenador do Centro de Pesquisas do Norte de Minas da Epamig, que iniciou as pesquisas em 2005. Ele salienta que outras pesquisas estão sendo realizadas com o uso de novas tecnologias, visando descobrir qual a espécie é mais apropriada à região. Marco Antônio Leite esteve em Tocantins e verificou uma área com mais de 3.000 hectares plantados de pinhão-manso com grande produção, o que, segundo ele, não descarta a possibilidade de que esta cultura ainda possa ser viabilizada no Norte de Minas. O Ministério do Desenvolvimento Agrário criou quatro pólos de fomento à produção de oleaginosas na área mineira da Sudene, com o objetivo de produzir mamona, girassol e algodão, que fornecerão matéria-prima para a Usina de Biodiesel da Petrobras em Montes Claros. De acordo com Leite, os pólos serão criados nas microrregiões da Serra Geral de Minas e de Montes Claros, no Noroeste de Minas e no Vale do Jequitinhonha. (...) O Norte de Minas tem de plantar 120 mil hectares de oleaginosas para atender à demanda da Usina Biodiesel da Petrobras, que começou a funcionar em janeiro passado. A unidade está operando com matéria-prima adquirida em Goiás, Mato Grosso e no Triângulo Mineiro, pois a região não teve condições de fornecer os produtos. Neste ano, a Petrobras pretende aumentar para 40 mil hectares a área plantada de oleaginosas no Norte de Minas e, para isso, por meio dos escritórios da Emater, está recebendo o cadastro de agricultores que querem integrar a cadeia produtiva.

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É muito bom começar o dia lendo uma crônica tão bela como a escrita por "Raquel", me emocionei muito relembrando os tempos da pacata Montes Claros, bons tempos aqueles...Parabéns Raquel, continue nos emocionando com suas belas palavras.

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Missa da Ressurreição Olyntho Alves da Silveira A Academia Montesclarense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, solidários com a dor de nossa estimada companheira Yvonne Silveira e seus familiares, convidam para a Missa da Ressurreição que será celebrada no dia 3 de abril (sexta-feira), às 19 horas, na capela do Colégio Imaculada Conceição. Agradecem a presença dos associados e amigos.

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Para a msg da CLARO, solicito a esta empresa que verifique também as faturas que serão emitidas tendo em vista que não podemos pagar por uma serviço que não utilizamos. Tem mais de um mês que o quando tem sinal no bairro Morada da Serra é de 2G e não de 3G como contratei. Também sei que no bairro Jardim São Geraldo está apresentando o mesmo problema.

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PF fecha 15 rádios piratas em 3 cidades do Norte de Minas - Girleno Alencar - Taiobeiras - A Polícia Federal (PF) fechou 15 rádios piratas no Norte de Minas, na manhã de ontem, durante a Operação “Livre Frequência II”. A ação foi realizada em conjunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nas cidades de Taiobeiras, Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso, na microrregião do Alto Rio Pardo. E a expectativa é de que nos próximos dias mais 78 rádios clandestinas sejam fechadas em 35 municípios do Norte de Minas .
De acordo com o delegado Marcelo Eduardo de Freiras, chefe da Delegacia da PF em Montes Claros, foram fechadas sete unidades em São João do Paraíso, seis em Taiobeiras e duas em Rio Pardo de Minas. Ele calcula que a região, formada por 86 municípios, possa ter mais de cem emissoras piratas. Além disso, são 13 provedoras também irregulares de internet que serão fechadas.
Os proprietários das rádios piratas foram ouvidos em cartório e responderão a inquérito policial. Se condenados pela Justiça, a pena pode variar de seis meses a dois de anos de prisão. “Estamos fazendo o monitoramento e, nos casos onde descobrimos, vamos fazer o flagrante em operações da Polícia Federal. Nos outros, pedimos o mandado de busca e apreensão”, salienta o delegado.
É a segunda vez que a Polícia Federal realiza uma operação deste porte no Norte de Minas. Em janeiro do ano passado, foram fechadas 20 rádios clandestinas em Montes Claros e Pirapora. Em nota divulgada após a operação, a PF informa que o objetivo central da ação policial era cumprir, simultaneamente, 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara da Justiça Federal de Montes Claros.
O funcionamento do serviço de radiodifusão, de acordo com a PF, depende da outorga do órgão concedente, ou seja, do Ministério das Comunicações ou Anatel, à entidade ou pessoa interessada. O Ministério das Comunicações, em conformidade com o Decreto nº 2.615/98, regulamentador da Lei 9.612/98, é o órgão competente para a expedição de autorização para a exploração.
Todas as rádios fechadas ontem no Norte de Minas não possuem a autorização do órgão competente. Por essa razão, foram lacradas e os transmissores apreendidos.
Em Montes Claros, onde há sete emissoras FM e três AM regularizadas, a estimativa é de que mais de 20 rádios piratas estejam em funcionamento. Das 17 que foram fechadas em janeiro de 2008, cinco voltaram a funcionar normalmente.

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Tios vão tentar ver Lula na visita a Montes Claros - Girleno Alencar - Montes Claros - A simplicidade de Manoel Soares de Andrade, 70 anos, que reside na comunidade de Furadinho, na zona rural de Montes Claros, e de Henrique Soares dos Santos, 75 anos, morador no Cristo Rei, bairro montes-clarense de classe média-baixa, faz passar despercebido para diversas pessoas que ambos são tios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 24 de maio de 1969 se casou com a sobrinha deles, Maria de Lourdes da Silva.
“Muita gente não acredita e ainda fica desconfiado quando falo que sou tio do presidente. Porém, sei que ele é meu amigo e isso se evidencia quando me encontra, pois me chama de tio Henrique”, diz Henrique, que junto com a esposa Eva e a filha Heloisa guardam recordações da vida com Lula e Maria de Lourdes.
“Sei que existe muita dificuldade para ter acesso a ele, pois é muita gente e normas. Se tiver chance, quero me encontrar com ele”, disse Manoel. Na tarde de ontem, a secretária Elbe Brandão, de Desenvolvimento do Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que coordena a reunião com a presença de Lula, explicou que proporá ao cerimonial do Palácio do Planalto o acesso da família da primeira esposa dele.
Na comunidade rural de Furadinho, a 35 quilômetros de Montes Claros, Manoel Soares de Andrade divide os 35 hectares da fazenda que leva o nome do local com a esposa e dois filhos e dois netos, onde cria 45 cabeças de gado, cujo leite é usado para produzir queijo. Ele também planta feijão, milho e cana. O local fica a 700 metros da Fazenda Morro Agudo, onde nasceu Maria de Lourdes, a primeira esposa de Lula. A propriedade foi vendida para o ruralista Ataliba Proença e a casa onde nasceu Lurdinha está em avançado estado de degradação. Para chegar na fazenda, só de carro de tração, cavalo ou a pé, pois o acesso é precário.
“Bem que Lula poderia sobrevoar aqui para relembrar onde nasceu a sua esposa”, sugere o produtor rural. Ele espera que a Usina de Biodiesel da Petrobras, a ser inaugurada dia 6, atenda sua comunidade rural e quer saber como poderia plantar mamona. Manoel é presidente da Associação de Furadinho, que reúne 40 famílias. Se pudesse pedir alguma coisa ao sobrinho famoso, queria uma caixa d’água de alvenaria, bem no alto do morro, para abastecer os moradores, que consomem água do Rio Aguinha, que também atende à localidade de Lavaginha. A água seria para fazer irrigação para produzir verduras e vender o excedente em Montes Claros.
Família cobra mais emprego
Montes Claros - Com 75 anos, Henrique Soares dos Santos considera o seu sobrinho Lula um grande administrador, pois explica que ele já fez muito pelo povo e ainda tem alta aprovação, não outro nesta mesma situação.
Porém, se o encontrar de novo, pretende pedir que abra mais emprego para o povo, que melhore o salário e ainda invista na área de saúde. A sua esposa Eva Gonçalves da Silva, de 73 anos, realizou operação no braço e está em uma maca. Momentos antes de conversar com o HOJE EM DIA, Henrique a levaria para ser medicada.
“Quando morava em São Paulo e Lula era metalúrgico, constantemente eu pregava para ele, pois como sou evangélico, mostrava-lhe que tinha de receber Deus, pois quem não fizesse isto, vai para o inferno”, disse o tio. Ainda na sua carreira, Henrique tem o prazer de longo período de convivência com Lula, pois sua filha, Heloísa de Fátima, sempre dormia na casa do metalúrgico e da sua esposa Maria de Lourdes, em São Paulo. “Lula, quando me vê, até mesmo depois de eleito presidente, faz questão de vir ao meu encontro e me chama de tio Henrique”. Ele foi o primeiro a mudar para São Paulo, buscando melhores condições de vida.
Henrique voltou a Morro Agudo, onde se casou com Dona Eva. Mais tarde, retornou a São Paulo em abril de 1971, quando acabou assistindo a tragédia: em 7 de junho de 1971, Maria de Lourdes, primeira esposa de Lula, morreu quando estava em preparo de parto. Ele ficou acompanhando o velório da sobrinha e se aproximou mais de Lula. No dia 22 de dezembro de 2005, quando Lula veio a Montes Claros depois de empossado presidente, Henrique se aproximou dele, trazido por Jacinto, seu sobrinho, conhecido como Lambari, que faleceu em 2007. E perguntou ao presidente por Dona Hermínia, mãe de Maria de Lourdes. Lula lhe respondeu que fazia 40 dias que não se encontrava com ela, mas estava tudo bem.

(Veja na primeira página deste site - na coluna Menu, com fotos - a história completa do casamento de Lula com a montesclarense Lourdes)

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OLYNTHO ALVES DA SILVEIRA

Dário Teixeira Cotrim

O Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros está de luto. Também de luto está a nossa augusta Academia Montesclarense de Letras. Aliás, todos nós estamos de luto. Morreu o acadêmico das letras Olyntho Alves da Silveira. Quase centenário. Lúcido e falante e na medida do que podia ainda participava das reuniões histórico-literário nas entidades que ele pertencia. Montes Claros inteira hoje chora a despedida de Olyntho da Silveira. O nosso confrade, doutor Wanderlino Arruda, presidente do IHGMC, na sua oração de despedida não conteve, pronunciou as suas palavras de elogio fúnebre profundamente emocionado. Disse-nos que “evocar-lhe a memória é um grato dever de todos nós”.
A dor de perder um ente querido é dor dolorida. Recentemente perdi o meu saudoso e inesquecível Pai. Somente uma semana separou a viagem do meu querido Pai (Ezequias Manoel Cotrim) da viagem do ilustre escritor Olyntho da Silveira. Portanto, eu sei muito bem o que está sentindo, neste momento difícil, a nossa confreira Yvonne Silveira e todos os seus familiares e amigos.
O confrade Olyntho da Silveira nasceu no Brejo das Almas (cidade de Francisco Sá/MG) no dia 25 de agosto de 1909. Ele era filho de Jacinto Alves da Silveira e de dona Maria Luíza de Araújo Silveira. Foi fazendeiro, comerciante (uma farmácia que lhe deu mais de sessenta afilhados), funcionário público, delegado de Polícia e delegado do Censo de 1940. Também era um homem político. Chefe do gabinete da Prefeitura Municipal de Francisco Sá e vice-prefeito municipal. Casou-se com a professora Yvonne de Oliveira Silveira com que escreveu o livro “Brejo das Almas”. Ainda escreveu outros livros: “O Filho da Enfermeira”, “Minha Terra e a Nossa História”, “Velho Brejo das Almas”, “Cantos Chorados”. Também constam de sua bibliografia os seguintes livros: “Cantos e Desencantos”, “Postais Versificados”, “Francisco Sá – Cinquentão”. Olyntho colaborou nos jornais de Belo Horizonte: A Tribuna e o Diário (Católico). Do Rio de Janeiro ele publicou na Revista Excelsior. Em Montes Claros publicou na Gazeta do Norte, O Operário, O Jornal de Montes Claros, o Diário de Montes Claros, o Jornal de Notícias e a Revista Montes Claros em Foco.
Olyntho era membro do Elos Clube de Montes Claros e pertencia a Academia Municipalista de Letras do Estado de Minas Gerais. Em Montes Claros ele pertenceu a Academia Montesclarense de Letras, onde fundou a Cadeira número 15 que tem como patrono o doutor João José Alves. Eleito para o biênio de 1978/1980, exerceu com brilhantismo o cargo de presidente da entidade. Durante a sua gestão a Comissão Organizadora da Revista (Yvonne de Oliveira Silveira, Olyntho Alves da Silveira e José Prudêncio de Macedo) lança a primeira Antologia da Academia Montesclarense de Letras.
No Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros ele ocupou a cadeira de número 50, que tem como patrono o jornalista Jair Oliveira. Participou da primeira Revista do Instituto com o texto “Lágrimas pelo Comendador”. Ainda falou o seu conterrâneo Antônio Soares Dias sobre Olyntho da Silveira, traçando-lhe o perfil de grande cidadão, cujas virtudes cívicas, cujo caráter puro e cuja dignidade inquebrantável lhe deram, na história da literatura montesclarense, um lugar proeminente. Em toda a sua existência ele soube, sempre, ser um exemplo conspícuo de dignidade e de sabedoria. E, finalmente nos dizia ele: “quando cair a noite nos meus olhos/ e eu não puder ouvir-te o chamamento/ é que transpus já todos os escolhos/ do mar da vida, mar de sofrimento (...) meu passaporte não será de volta/ pois neste jogo não se ganha a vaza/ mas fica-se tranqüilo, sem revolta”.

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Em atenção aos clientes que enviaram mensagens ao site relatando problemas na rede 3G, a Claro informa que já enviou uma equipe técnica a Montes Claros e está realizando um mapeamento dos pontos onde estão ocorrendo as falhas no serviço. A partir desse levantamento, a operadora poderá tomar as providências necessárias para solução dessas falhas. (...)

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É prazeroso abrir esse mural e encontrar novamente uma crônica da saudosista Raquel.Ela consegui nos transportar, junto com ela, pelo delicioso passeio pelas ruas da nossa querida cidade.Os detalhes por ela narrados,como nomes de pessoas tão queridas nos deixam enebriadas.Parabéns(de novo)Raquel.

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P/ Raquel - Mens. 44.940 Raquel. Só posso dizer obrigado pela crônica. Você conseguiu fazer os sentimentos aflorarem. Fiz uma viagem no tempo. Cheguei até mesmo a ficar emocionado.Bons tempos. Conheci quase todos os personagens que você citou. Nos tempos das bagunças com Lay, João e Memeco. Tempo em eu ficava muita na sua casa, com seu Raimundo e Dona Terezinha, e te chamava de Catarina, e você chorava de raiva. Tempos em que se podia descer a rua viúva Fco. Ribeiro com carrinho de rolimã e sair correndo do "doido" Galinheiro. E gritar para João: "Terezinha é minha", e correr mais ainda. Tempos em que se podia andar à noite, brincar na praça da matriz sem mêdo, a não ser do seu Benjamim Rêgo, a quem chamávamos de Vovô Gordo, que não gostava que corréssemos na porta de sua casa. Continue nos brindando com suas crônicas. Fazem bem à alma. Escrever faz bem. Alegra os que viveram o narrado, e mostra aos outros como que era. Sua genética permite que você escreva muito;

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Um cachorro pit bull de sua própria criação dilacerou o braço de Marco Aurélio Rebello, filho do saudoso prefeito Toninho Rebello. O cão, furioso, iniciou o ataque e não largou do braço do dono enquanto não caiu morto a pancadas de barra de ferro na cabeça. Marco Aurélio está hospitalizado, depois de passar por cirurgia para reconstruir parte do braço. (No entanto, apesar dos reiterados avisos sobre o perigo desta raça de cachorro, a cidade está cheia deles, desfilando nas ruas, sem a focinheira exigida.) (...)

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Viagem pelas ruas de Montes Claros – Parte II

Raquel Souto Chaves

Estamos em abril. O calor está mais brando. Com a obrigação em dia, nos sentimos convidados a continuar o passeio pelas ruas da ainda pacata Montes Claros. Saindo da nossa casa na Avenida Coronel Prates, 102, entro na casa da minha avó Nininha para pedir a benção, tomar café com leite e comer uma boa fatia de bolo fresco preparado com manteiga e ovo caipira.
Até já vó! Um beijo, um abraço, uma bicota e sua benção.
Boa noite Dr. Luís Pires, acho que o senhor deixou a luz do seu consultório acessa. Ao lado da sala de “Abreugrafia” (retrato do pulmão) do Dr. Luís Pires fica o Restaurante Quintal de Ênio Farias. Dr. Mário Ribeiro, Dr. João Vale Maurício, Dr. Jason Teixeira, Tio Rey, Lourinho Alcântara e outros senhores passam por nós, vindo da rua Gonçalves Figueira. Tá na hora de tomar uma boa cana e tirar o gosto com o “sarapatel dos Deuses”. Eduardinho, filho de Félix Pimenta e Dona Dorinha nos aguarda na porta da sua casa. Dona Fernanda Ramos nos saúda da sacada do sobradinho rosa onde mora. Com ela estão as filhas Nininha e Lulu. O portão do depósito de vidros da Vidronorte de José das Neves Corrêa permanece aberto. A macife (madeira, cimento e ferro) também. Com os pés na praça Portugal, cumprimentamos Dona Marilene (costureira de mão cheia), seu Augusto e os filhos Joyce, Cléa Márcia e Ico. Aqui apressamos o passo para deixar a terrina de puro inóx no Restaurante Espeto de Ouro de Zé Amorim, para mais tarde buscar a canja encomendada por meu pai ao garçom Zezim beleza. Descendo a rua Doutor Veloso ouço de dentro do Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Ondina de Paula pronunciar fluentemente inglês dando aula de conversação para alguém. Virgínia de Dr.Hermes e Dona Fina trabalha aqui como secretária.O ronco do motor do caminhão de Betão ronca ferro (rum... rummm...) surge próximo à casa de seu Jaime Rebello, pai de Toninho Rebello, então prefeito. Assentados no murinho da varanda de casa esquinada Norbertão Prates, Lay e João dão gaitadas de se ouvir de longe. Julião (irmão de Norbertão) passa pito neles. No consultório de Dr Hermes na esquina com rua Lafetá chega uma senhora convalescente de Rubéola. Dona Inês ouve atentamente os acordes da flauta que o filho Joaquim de Paula faz ecoar. Com destino a Praça da Matriz, passamos em frente ao portão grande de madeira, estilo cancela do sobradinho dos Oliveira. O chafariz (cara de leão) jorra água fresquinha e sacia a nossa sede. No coreto da praça, “João Doido” avisa a quem passa que: Terezinha é minha! (e aí de quem ouzar dizer o contrário). Tia Joaninha Souto toca o sino da Matriz anunciando que a missa vai começar. Padre Dudu começa a celebração convocando as Mães Cristãs, de farda azul marinho, veú preto e fita azul a se acomodarem na primeira fila dos bancos. Conta com a colaboração para não deixar as crianças interrompe-ló. Nos bancos seguintes estão Benjamin Rêgo (que mora bem ao lado da igreja) com o filho José Rêgo, Dona Nair Machado e José Lafetá com a esposa Sãozinha (impecavéis). Depois de ouvirmos o “sermão” do Padre Dudu corremos para o centro da praça para apreciar a beleza da fonte luminosa (até então achava que isto só existia em cidade grande). No passeio onde funciona os correios, assentados na porta da casa estão Benedito e Nivaldo Maciel tocando violão e saudando o Céu de estrelas com canções de serenata. Mariana cabeleireira se aproxima para contemplar a lua cheia. Subindo a rua Simeão Ribeiro, encontramos seu Ducho com o inseparável bandolim debaixo do braço e o filho Miguel, fechando a Distribuidora Thaís, para daqui a pouco se apresentar com o Grupo de Seresta João Chaves no Restaurante Montes Claros, propriedade de um moreno bonachão apelidado de Baiano. Na parte inferior do restaurante, João Leopoldo França, na sua loja Cred Vest, solta a bela voz e confirma: “Creio em ti ao ver que a chuva cai e faz a flor nascer....”
Na esquina paramos para tomar o milk-shake da Cristal. Na rua Governador Valadares do lado direito está o Bazar São Geraldo. Seu Geraldo, sua esposa e Geraldim seu filho nos acompamham até a rua Dr. Veloso.
- Rua Dr Veloso, meu Deus! E a terrina de canja do meu pai que deveria buscar há horas no Espeto de Ouro? A esta hora, já deve estar gelada. Melhor passar sebo nas canelas. Hoje, o cipozinho de fedegoso funciona direitinho!

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A forte chuva que desabou sobre Montes Claros no início da tarde de hoje provocou inundações, principalmente por causa de bueiros entupidos pelo lixo produzido pela população. A pior situação conviveu o centro da cidade, quando o trânsito ficou caótico, por causa do apagão na rede de semáforos. Faltou energia elétrica em toda área comercial e as lojas e os bancos interromperam suas atividades. Todos os caixas eletrônicos ficaram fora do ar. O Corpo de Bombeiros atendeu a dez chamados em menos de uma hora.Montes Claros é assim. Infraestrutura deficiente, rede pluvial deficitária, energia balançando ao sabor dos vendavais outonais. Mas um copo com água a mais para cima, e tudo se apaga como se fosse a cidade vítima de uma catástrofe.

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policia procura homens que invadiram cadeia de monte azul. boa parte da polícia militar está procurando na região os assaltantes que invadiram nessa madrugada a cadeia pública de monte azul. homens armados renderam o agente penitenciário e libertaram 11 detentos. o objetivo dos invasores era a libertação de dois presos que chefiam o crime organizado e o tráfico em monte azul. segundo informações divulgadas pelas polícia, pelo um dos presos libertados tem ligações com facções criminosas em são paulo. dezenas de policiais d várias viaturas participam de uma grande varredura para localizar os presos. até o momento nenhum foi recapturado

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veja só o mundo em que vivemos, esta noite por volta das 4:00 da manhã bandidos renderam os agentes penetenciario da cadeia local e liberaram 11 presos, até quando temos que conviver com estas cadeias que não oferecem segurança, onde anda os politicos de nosso estado que não tomam providencia alguma.

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Panico agora no Bairro Jardim Palmeiras assaltantes acabam de assaltar uma casa loterica eo Supermercado Oceano na Avenida das Palmeiras com a ajuda do helicoptero a policia rastreia a area a procura dos assaltantes.

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Conversando hoje, no Hospital do Coração aqui no Rio, com o médico Paulo Sérgio, Chefe da Hemodinâmica, o mesmo ficou sabendo que eu era de Montes Claros. Ele declarou: Dona Tuburtina! Em seguida perguntou-me por Hermes de Paula, declarando que havia comprado um livro do mesmo a pedido de Vinicius de Morais.

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Técnicos da segunda empresa de telefonia celular a instalar o sistema 3G em M. Claros voltaram a garantir: o serviço vai começar em M. Claros dentro de poucos dias e será melhor,"muito melhor", do que o da empresa pioneira. "Vamos vender velocidade e estabilidade de 3G e entregar o serviço como foi vendido" - garantem os técnicos. Em Montes Claros, aumentam a cada dia as reclamações contra o único serviço atualmente existente. O anúncio foi de sinal de terceira geração (3G), mas o que está sendo servido, na realidade, é tecnologia ultrapassada - Edge. (...)

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Menina morre com espeto cravado no pescoço em Montes Claros - Aline Louise - A Polícia Civil de Montes Claros tem convicção de que foi um acidente que provocou a morte da adolescente de 13 anos, com um espeto de churrasco cravado no pescoço, dentro de casa, no bairro Canelas. Segundo o delegado Giovani Siervi, o acidente teria acontecido na noite do último sábado. Com a menina, estavam o irmão de 15 anos, a empregada da família de 29 anos e uma ex-empregada de 22. Conforme relato da empregada, os adolescentes resolveram fazer um churrasco e convidaram a ex-empregada. Quando todos ouviram um barulho na casa do vizinho, achando que era um ladrão, correram para se esconder em um quartinho.Ela disse que pegou o espeto para se defender e a menina teria tropeçado em um banquinho e caído sobre o espeto. A empregada disse ainda que o irmão da vítima alertou que ela estava sangrando. "Acreditamos que foi mesmo uma fatalidade. Fomos informados inclusive que a empregada está internada, com trauma psicológico, por causa do fato", disse o delegado. Contudo, a polícia abriu inquérito para apurar os fatos e a empregada deve ser indiciada por homicídio culposo, sem intenção de matar. Giovani Siervi explica que ela pode pegar de um a três anos de prisão. O corpo da menina foi sepultado na tarde do último domingo.

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Operação Pipa de volta – Montes Claros – O 55º Batalhão do Exército retomou ontem, a Operação Pipa, que fornece água para as comunidades rurais onde o abastecimento por causa da estiagem ou seca. O serviço foi paralisado no dia 19 de março por falta de repasse de recursos. Ontem, o tenente-coronel Paulo de Tarso Ramos, sub-comandante do batalhão, informou que além dos 32 municípios que estavam sendo atendidos por 92 caminhões-pipas, outros dois terão o fornecimento: Vargem Grande do Rio Pardo agora Pintópolis. O Exército conta com 500 pipeiros cadastrados no Norte de Minas para prestar os serviços na Operação Pipa, que é executada pelo Ministério da Defesa. Os militares do Exército fazem levantamentos da demanda.

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RESENHA DA OPERAÇÃO “LIVRE FREQUÊNCIA II” - POLÍCIA FEDERAL DE MONTES CLAROS CUMPRE 15 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS. Resenha
A POLÍCIA FEDERAL em Montes Claros/MG, em parceria com a ANATEL, desencadeou hoje (01/04/2009) a Operação "LIVRE FREQÜÊNCIA II".
O objetivo central da operação policial é o cumprimento simultâneo de 15 (quinze) mandados de busca e apreensão em desfavor de rádios não outorgadas nas cidades de Taiobeiras /MG, São João do Paraíso/MG e Rio Pardo de Minas/MG.
Para o funcionamento do serviço de radiodifusão sonora é necessária a outorga do Poder concedente à entidade ou pessoa interessada.
O Ministério das Comunicações, em conformidade com a legislação vigente (Decreto n. 2.615/98, regulamentador da Lei 9.612/98), é o órgão competente para a expedição do ato autorizativo para a exploração.
No caso, todas as rádios não possuem referido ato autorizativo. Por essa razão estão sendo lacradas, além de terem seus transmissores apreendidos.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal em Montes Claros/MG.
Os responsáveis pelas rádios não outorgadas, conhecidas popularmente como "rádio piratas”, estão sendo conduzidos para Delegacias de Polícia Federal itenerantes, instaladas nas mesmas cidades onde os mandados estão sendo cumpridos, onde responderão pelo crime previsto no art. 70, da L. 4.117/62.
Fonte: Comunicação Social - Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros/MG.

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Lula regulamenta ZPEs – Sidney Martins – Criadas em 1988, no Governo José Sarney (PMDB), as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) vão finalmente sair do papel. A regulamentação da lei das ZPEs deverá ser anunciada pelo presidente Lula no próximo dia 6, em Montes Claros (Norte de Minas), durante reunião do Conselho Deliberativo da Sudene e do Fórum dos Governadores do Nordeste. A medida abrange 17 ZPEs já aprovadas no Congresso Nacional, entre elas a de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. ZPEs são localidades espacialmente delimitadas, nas quais as indústrias instaladas recebem incentivos fiscais e cambiais, além de terem tratamento aduaneiro simplificado. O Objetivo é o desenvolvimento econômico e social de áreas específicas do país, com a redução de desequilíbrios regionais e investimento na indústria tecnológica, sendo que a produção das indústrias instaladas em ZPEs deve ser voltada para o mercado internacional. As ZPEs tiveram o processo de regulamentação interrompido no Governo Fernando Henrique (PSDB). Das 17 autorizadas a funcionar, 13 nem saíram do papel. A de Teófilo Otoni foi autorizada por decreto do ex-presidente Itamar Franco (PMDB), em 1994. Toda a infraestrutura foi construída, mas o processo ficou emperrado. Teófilo Otoni é mundialmente conhecida como importante polo produtor e exportador de pedras preciosas. (...)

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Todos nós mineiros, principalmente montesclarenses, sentimos a morte de Olyntho da Silveira. Grande perda para o Brasil que vê desaparecer um grande vulto da literatura nacional. À família, os nossos pesames.

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Grupo Sada anuncia novos investimentos na região Norte de Minas e em Sete Lagoas - JUVERCY JUNIOR Com o objetivo de expandir seus negócios no segmento de bioenergia, o presidente do Grupo Sada, Vittorio Medioli, assinou nesta terça-feira com o governador Aécio Neves um protocolo de intenções para investimentos de R$ 354 milhões em Minas Gerais.O grupo, que atua no ramo de transportes, irá ampliar seus negócios na região Norte de Minas Gerais e também irá implantar uma unidade industrial de fundição no município de Sete Lagoas, na região Central do Estado. (...)Do total de investimento previsto, R$ 177 milhões serão destinados à expansão da Sada Bio-Energia e Agricultura, no Jaíba, Norte de Minas, produtora de álcool e co-geração de energia a partir do bagaço de cana.Em Bocaiúva serão R$ 150 milhões para a construção de uma usina e geração de 500 empregos diretos. O projeto será concluído em 2013, com 15 mil hectares plantados. A usina vai produzir 85 milhões de litros de álcool e 24 MWh de energia elétrica.(...)

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Acaba de ocorrer neste instante um acidente na rua Grão Mogol. Várias viaturas  (veiculos e motos) subindo a rua, supostamente em perseguição. Duas motos chocram com outro veículo.

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Titulo da notícia: Policiais de BH assumem investigação sobre a morte de esposa de delegado regional
Nome: Denise Vidon
E-mail: denisevidon@hotmail.com
Cidade: Belo Horizonte/MG
Comentário: No dia 28 de março, minha irmã Mônica Vidon Alvarenga completaria 45 anos de vida, se a mesma não lhe fosse tirada por mãos sórdidas. Continuamos aguardando o pronunciamento final da Polícia Civil. É o mínimo que podemos ter diante de uma perda deste porte. Que se faça justiça! Que o criminoso vá pra cadeia! Se vc tem alguma informação a dar sobre o caso, ligue 190 - Denúncia anônima. Sua identidade é protegida. Viva a vida! Viva a dignidade!

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Polícia apreende 3 mil pedras de crack e armas em MG - Três homens foram presos na noite de segunda-feira (30), em Montes Claros (MG). Segundo a polícia, eles foram surpreendidos embalando drogas. Mais de 3 mil pedras de crack foram apreendidas. A polícia informa que os três suspeitos têm 19, 20 e 24 anos. Na casa em que eles estavam também foram encontradas três armas, sendo uma pistola de uso das Forças Armadas. Os policiais dizem que os presos têm passagem por tráfico de drogas e são investigados por suposto envolvimento em homicídios.

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BO 17.636/09: A Polícia Militar prendeu 03(três) pessoas ontem em um ponto de distribuição de substância entorpecente e apreendeu uma grande quantidade de drogas no local. O fato ocorreu às 20h00 desta segunda feira, após denuncia anônima, a Polícia Militar realizou abordagem na residência situada no bairro Vila Anália onde se encontravam as pessoas, André Felipe Veloso dos Santos, 20 anos, residente no bairro de Lourdes, Pablo Diego Rodrigues de Lima, 19 anos, residente na Vila Anália e Wallison de Jesus Tito, 24 anos, residente também na Vila Anália. Durante a abordagem, os autores tentaram fugir, escalando os muros, procurando se esconder nas casas vizinhas, porém, não conseguiram. A residência, conforme a denuncia, funciona como uma central de distribuições de drogas, que abastecia os pontos de drogas na região. Foram apreendidos no local 03(Três) armas de fogo, sendo uma Pistola Cal.380, capacidade 11(Onze) tiros, uma Pistola Cal.9mm, capacidade 12(Doze) tiros e uma carabina, Cal.44, 11(onze) cartuchos Cal.380 intactos; 12(doze) cartuchos Cal.9mm intactos; 02(dois) cartuchos Cal.44 intactos; aproximadamente 103(cento e três) gramas de maconha e 100(Cem) buchas de maconha; 1.650(Mil e seiscentos e cinquenta) pedras de crack e aproximadamente 338 (trezentos e trinta e oito) gramas de crack, uma balança de precisão, e vários outros objetos. Os autores foram presos e entregues na Delegacia de Polícia, juntamente com drogas e objetos apreendidos. Eles foram autuados em flagrante.

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Menina é atingida por espeto e morre - Luiz Ribeiro - A Polícia Civil de Montes Claros instaurou ontem inquérito para apurar a morte da estudante Maria Fernanda Freitas de Jesus, de 13 anos, atingida acidentalmente, no pescoço, por um espeto para churrasco, dentro de casa, no Bairro Canelas. O fato ocorreu na noite de sábado, mas só foi divulgado ontem pela polícia. A menina estava em companhia do irmão, B. F. J., de 15 anos, da empregada V.S. J., de 29, e uma ex-empregada, de 22. A mãe da estudante, Maria Jane Leite de Freitas, estava viajando. De acordo com a polícia, por volta das 21h os adolescentes e as empregadas decidiram fazer um churrasco. Uma das pessoas que estavam na casa disse à polícia que apareceu um vulto na janela, o que foi confundido com um ladrão. Na verdade, não passava da sombra da própria pessoa refletida no vidro. Depois, foi ouvido um barulho na casa ao lado. Conforme depoimentos, três das quatro pessoas decidiram segurar espetos nas mãos, para se defender de um suposto ladrão. Nesse instante, segundo investigações, Maria Fernanda teria saído correndo e, de forma acidental, foi atingida no pescoço. Parentes da estudante informaram que a perícia constatou que o espeto penetrou 33cm no corpo da menina, atingindo a veia aorta e provocando hemorragia. Ela foi socorrida pelo Serviço Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) e morreu pouco depois de dar entrada no pronto-socorro do Hospital Aroldo Tourinho. Até ontem à tarde, o laudo da necropsia não havia sido divulgado. O delegado Giovani Siervi disse que as investigações indicam que o espeto estava nas mãos da empregada da família, V. S. J. "Pelo que foi apurado, ela tirou o espeto de algum lugar e quando virou, sem querer, atingiu a menina, que vinha correndo", explicou o delegado.
INQUÉRITO O policial afirmou que, mesmo sendo um acidente doméstico, se for confirmado que a empregada era a pessoa que segurava o espeto, ela deverá ser denunciada por homicídio culposo (sem intenção de matar). O corpo de Maria Fernanda foi sepultado domingo à tarde, no Cemitério Parque Jardim da Esperança, em Montes Claros. Ontem, a mãe da garota, Maria Jane, recebia o apoio de familiares, ainda sob forte comoção. “Foi uma tragédia, uma catástrofe. Minha vida acabou. Não sei o que pensar”, disse. O pai da vítima, o auxiliar administrativo Luiz Carlos de Jesus, separado da mulher, também ficou inconsolável. “O que ocorreu foi uma fatalidade, uma coisa acidental”, afirmou. A adolescente cursava a 7ª série no Colégio Imaculada Conceição, em Montes Claros. “Era uma menina inteligente e alegre. Era líder da turma”, afirma Jéssica de Freitas, prima e colega de Maria Fernanda.

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Independência. Frigorífico cortará mais da metade dos funcionários
Em Janaúba, 450 pessoas vão ficar sem emprego - Mais da metade dos 840 funcionários do frigorífico Independência, em Janaúba, Norte de Minas, serão dispensados. Segundo Manoel Aroldo dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação em Montes Claros e Região, uma equipe de oito funcionários da entidade fará cerca de 450 homologações entre os dias 6 e 7 de abril, no início da próxima semana, na própria unidade do frigorífico. "Além dos 450, há a expectativa de que mais 30 pessoas sejam dispensadas. Tentamos vários acordos, até para preservar benefícios como plano de saúde e cesta básica, mas não houve saída", disse, ao lamentar o aumento do número de desempregados na região. As dispensas em Janaúba fazem parte do programa de ajuste das operações do frigorífico, que está em processo de recuperação judicial (antiga concordata). Na semana passada, o Independência havia comunicado que iria demitir cerca de 2.800 funcionários em suas unidades em todo o Brasil. No entanto, não detalhou o contingente de desempregados em cada unidade. Em Janaúba, segundo Aroldo dos Santos, apenas a área de abate será mantida. "Os setores de desossa e embalagens vão desaparecer", completou. Procurada pela reportagem, a empresa preferiu não se pronunciar. O sindicalista disse ainda que foi informado que o frigorífico retomará os abates em Janaúba na próxima semana. Porém, ele admite que essa possibilidade é "pouco provável". Apenas com os pecuaristas da região, a empresa mantém dívida superior a R$ 20 milhões. Estima-se que a empresa injetava todo mês de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões na economia da cidade. "Era a maior empresa do setor", conclui.

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Niemeyer quer criar concha acústica para MOC - Girleno Alencar - Montes Claros - O arquiteto Oscar Niemeyer propôs a criação de um teatro municipal dentro do Centro de Convenções de Montes Claros, que será construído. O arquiteto sugere que o teatro se chame Casa de Darcy Ribeiro e tenha dupla utilização: um auditório com capacidade para 1.500 pessoas e outro, cujo palco seria uma concha acústica, com capacidade para 5.000 espectadores.
Niemeyer recebeu uma comitiva de Montes Claros, ontem de manhã, no Rio de Janeiro, e aceitou elaborar o projeto arquitetônico da obra, em homenagem ao montes-clarense Darcy Ribeiro. O prefeito Luiz Tadeu Leite comandou a comitiva municipal e entregou ao arquiteto o quadro com a carta assinada pelo antropólogo Darcy Ribeiro, em 1991, pedindo ao arquiteto para fazer o projeto de uma obra para a cidade. O Centro de Convenções será construído com recursos do Estado, conforme compromisso assumido pelo governador Aécio Neves.
O secretário municipal de Governo, Sérgio Amaral, que também participou da reunião, no Rio de Janeiro, disse que Oscar Niemeyer fez questão de receber os montes-clarenses na sua residência e lembrou vários casos da sua convivência com Darcy Ribeiro e José Aparecido Oliveira. Segundo o secretário, o arquiteto afirmou que teria o maior prazer em elaborar um projeto que homenageasse seu amigo, já falecido. Ao receber a planta e fotos do terreno escolhido, com 45 mil metros quadrados, Niemeyer imediatamente propôs que fosse construído o teatro, com duas entradas. Um auditório com capacidade para 1.500 pessoas que abrigaria, nos fundos, uma concha acústica, para os grandes eventos, permitindo melhor aproveitamento da área.
Niemeyer decidiu que dois arquitetos da sua equipe estarão em Montes Claros dentro de 20 dias, com uma proposta de projeto a ser discutida com a comunidade e lideranças. Ainda ontem, a Prefeitura de Montes Claros encaminhou o levantamento topográfico do terreno, visando antecipar os estudos arquitetônicos sobre a obra. Niemeyer entende ser possível conciliar o projeto do Centro de Convenções com a Lagoa do Interlagos, para fortalecer ainda mais a atração turística e diminuir o impacto do calor que ocorre em Montes Claros.

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Estou ausente,em viagem ao Rio de Janeiro, e acabo de saber do falecimento de Olyntho Silveira. Meus sentimentos a todos os familiares e a todos os membros da Academia Montesclarense de Letras.

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(...) meu pesar pelo falecimento de Olyntho (Silveira). Perdem os seus um excelente pater familias e todos nós uma figura emblemática das letras no Norte de Minas; escritor dedicado, pesquisador, humilde, incansável operário do labor cultural.Que as futuras gerações nele se mirem e sigam exemplo!

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O 55º Batalhão de Infantaria - “Batalhão Dionísio Cerqueira” esclarece que a Operação de Distribuição de Água, conhecida como “Operação Pipa”, que é realizada sob coordenação desta Organização Militar, foi interrompida tendo em vista a falta de repasse de recursos pelo Ministério da Integração Nacional. Esclarece, também, que assim que os recursos forem repassados, o 55º Batalhão de Infantaria continuará a executar esta importante operação, que tem como principal finalidade atender à população necessitada do Norte de Minas. Atenciosamente, MARCOS ANTONIO CARPEGIANI – Tenente-Coronel
Comandante do 55º Batalhão de Infantaria

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FIM DOS ANOS 60

Raphael Reys, Sindô, o coroinha e sacristão, o instrumentista e músico Waldemar Euzébio e o ator e estudante Agnaldo Rocha faziam teatro na casa paroquial do padre Tadeu, a galera sintonizava nas rádios piratas com o seu Disk Jockey, Rodrigo Lucas, dirigia Dreyfus e as meninas eram dondocas. Um francês argelino dono de um restaurante em Niterói matava Kennedy a serviço do FBI e da máfia, havia a fracassada guerra do Vietnã com soldados sendo drogados para agüentarem o tranco da guerrilha.
Aqui no Brasil, a CIA implantava o AI5 e Beto Guedes ainda garoto usava camiseta de vidrilhos e soltava papagaios na Praça da Catedral. O glamour era as moças usarem sapato salto plataforma alta e roqueiros pintavam o rosto ao bom estilo dos Mutantes e de Alice Cooper.
Apareciam as saias calças e os rapazes sarados eram chamados de Pães e as meninas de geração Pão com Cocada ou Doce de Leite... Tudo era bacana, bárbaro. A rapaziada aprendia Kama-Sutra tupiniquim com as revistas de Carlos Zéfiro.
Rapazes com cintos de couro com fivela de prata ou de alpaca estilo cowboy tomavam Urupol para limpar a bexiga após curarem a blenorragia tropical. O sonho ainda não havia acabado e aqui nos Montes Claros dançavam bolero na casa de Roxa sob as luzes do abajur lilás. Sob o manto da luxúria havia as tardes na casa de Leobina e dançávamos o Sirtaki nas praças.
Zoca Gontijo inaugurava o coquetel Teresa Cristina, Josias Loyola vendia blusas buclê importada e umas cabeças ocas cheiravam teracloretileno-etil (um vermífugo) e diziam que estavam doidos e flutuando...
Não mais havia as fitas de Roy Rogers de Roque Lane e nem o cavalo Silver do Zorro. Sarita Montiel e Miguel Acheves Mejia cantavam e usavam sombreros e disputava os palcos com Mário Moreno, o Cantinflas.
Fidel Castro fazia pose com o seu charuto Havana, Che ganhava o mundo com sua foto de artista romântico. Os nossos militares treinados pelo exército norte americano tomavam o poder, por absoluta falta de que fazer nos quartéis.
Na época, escrevia o maravilhoso e corajoso Rubem Braga, que: militar não faz nada, mas começa cedo prá burro: às 7 da manhã estão todos lá...
A máfia tirava Kennedy e impunha Jonshon, um cego moral.
Pelas ruas de Montes Claros, andavam Tuia, Maria Babona, Geraldo Pascovira, Seu Manoel Cego, Requeijão, João Doido, Galinheiro e Zarur montado na sua bicicleta sueca vestido num uniforme de combate. Didi bancava o jogo do bicho dentro do Mercado Municipal. Leonel Beirão promovia festas dançantes no logradouro regadas à fubuia muita animação e palavrões
A rapaziada fumava cigarros Capri com filtro, tomava Cuba Libre, comia canapés e usava camisa Macgregor abertas no sovaco. Os Condons não eram lubrificados e muito menos musicados. A tralha de pescaria era levada de Rural Willes. Havia as garruchas Rabo de Égua, calibres 320 e 380
Bala 44 para caçar de carabina Winchester era vendida livremente na porta do mercado, dentro de uma cesta de vine por Emanuel Pinto.
As meninas assistiam ao filme O Mágico de Oz e cantavam a música tema.

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